Capítulo 109 :

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Carla: Vamos embora daqui ok? Vai logo! — bufou.

Arthur fez uma careta e saiu com o carro da garagem, rapidamente adentrando pelas ruas movimentadas tanto de pedestres quanto de automóveis e iluminadas de Monte Carlo. Era impressionante ver que ali, um pouco mais cedo, os carros de Fórmula 1 estavam passando e agora eram ruas abarrotadas de ricaços e lojas de grife. Todo o caminho era cercado pelo mar, iluminado pelos navios e iates. Carla apesar da raiva momentânea que estava há pouco, agora estava totalmente deslumbrada com aquele lugar paradisíaco! Era como se fosse um sonho, nada ali parecia real. Foi só perceber onde estavam parados quando Arthur lhe chamou. Este já estava fora do carro, esperando ela sair para entregar o carro ao manobrista que assim como ela, olhava para tudo admirada.

Arthur: Vamos? — abriu a porta para ela, que sorriu e desceu de mãos dadas com ele.

Esqueceu-se por um momento como se respirava ao ver o que estava em sua frente. Olhou para Arthur que também sorria. Era uma das visões mais lindas que já tinha visto em sua vida! Estavam na praça do Cassino, em frente ao hotel Di Paris e todos aqueles carros luxuosos e pessoas que ela achou que nem existiam na vida real. Elas existiam. E agora de uma forma assustadora, acenavam para ela e lhe distribuíam sorrisos. Aquilo era inacreditável.

Carla: Isso é... Eu não sei nem o que falar. — disse para Arthur enquanto andavam rumo ao belíssimo prédio totalmente iluminado, dando a visão mais bela da obra de arte que era.

Arthur: Seja bem vinda ao Cassino dos Grimaldi. — sorriu para Carla, esta que continuava deslumbrada com o lugar.

O interior do cassino não deixava a desejar também, mulheres elegantemente vestidas, com vestidos de festa, que deixaram Carla mais uma vez em uma saia justa por conta da sua roupa, homens sentados em mesas jogando cartas no meio da fumaça tóxica de charutos enquanto se embriagavam com bebidas caras.

Arthur tinha vontade de rir da cara que Carla fez pelos homens e a nuvem de fumaça e antes que ela reclamasse, a puxou pela mão pela escada que dava acesso ao segundo andar do cassino. Lá era tudo um pouco mais calmo, uma música irritantemente lenta demais tocada por um pianista que parecia mais morto do que vivo segundo Carla e mesas com pessoas bonitas bebendo e comendo felizes. Era como ver um filme, com aquelas pessoas ricas mostrando que não tem problemas nenhum e estão ali apenas para curtir toda a sorte que elas têm. Uma mulher aproximou-se de Arthur e começou a falar uma língua bonita, Arthur respondia a altura e Carla não entendia nada. Parecia ser francês ou algo do tipo. Logo a mulher levou os dois a uma mesa em um canto tranquilo.

Arthur: Carlinha você está quase dormindo. — começou a rir dela que estava olhando para ele com os olhos quase fechando. Carla olhou para ele e deu um sorriso.

Carla: Sua culpa.

Arthur: Minha culpa. — deu risada. Carla não falou nada, apenas fechou os olhos novamente enquanto esperavam o jantar chegar.

Xxx: Arthur! — alguém o chamou e Arthur virou para trás e logo levantou da cadeira, indo falar com um homem que estava junto de uma mulher e duas meninas.

Carla abriu os olhos e respirou fundo, sorrindo para as duas meninas que olhavam para ela. Levantou da mesa e foi atrás de Arthur, sendo apresentada para o dono da fábrica de pneus que patrocinava a Fórmula 1. Em menos de dez minutos, mais de quinze pessoas já tinham se juntado ao que era antes o jantar de duas pessoas. As mesas foram juntadas e os amigos de Arthur, junto de suas esposas, filhos, sócios. Carla olhava para todas aquelas pessoas abismada, Arthur parecia estar feliz, achando graça da cara de assustada que Carla estava.

Xxx: Vamos jogar! — disse um senhor velho e gordo que estava ao lado de Arthur. Todos concordaram e após o fim do jantar desceram para o primeiro andar, onde ficava o belo cassino.

Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora