Capítulo 139 :

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Alonso e Raquel foram embora pela manhã, deixando Carla e Arthur sozinhos para enfim começar a nova vida deles.

Após levar o casal ao aeroporto foram direito para uma concessionária de automóveis há alguns minutos do prédio, aproveitaram para ir a pé mesmo já que era perto e queriam curtir cada momento juntos naquela cidade maravilhosa, nem mesmo os paparazzis de sempre atrapalhavam a alegria e a sintonia que estavam por aquelas ruas tumultuadas.

Pararam em um café e aproveitaram para tomar o famoso cappuccino do Gucci Café e logo seguiram novamente para a concessionária, agora sendo barrados pelos mínimos ataques de Carla a cada vitrine e alguns fãs de Arthur. Enfim chegaram à concessionária e Carla teve que ser obrigada a ficar chocada com os carros presentes lá. Nada de carros urbanos ou normais, como em qualquer lojas de carros que vamos. Ferrari, Mercedes, Porsche, Lamborghinni. Se já não bastava Mônaco, agora Milão também? Era algo meio assustador não para Arthur o modo como aqueles carros eram tão normais. E o pior é que sabia que não teria escapatória agora, teria que ter um carro. Um carro de Arthur Picoli.

Arthur: E então? Gostou de algum? — perguntou à Carla enquanto caminhavam em meio dos carros que eram apresentados por um vendedor que não parava de falar sobre suas qualidades.

Carla: Thur... — fez uma cara de piedade para ele.

Arthur: Não vou deixar você ficar andando por aqui a pé, é perigoso amor.

Carla: Mas precisa ser um carro desses? — olhou para os carros em sua volta e começou a ficar mais desesperada ainda.

Arthur: O que tem de mal? Quer seu fusquinha de volta?

Carla: Quero sim. — deu um tapinha no braço dele.

Arthur: Escolhe, por favor. Um presente de boas vindas! — olhou para ela pidão, esta que suspirou vencida e logo depois bufou.

Carla: Tudo bem. — revirou os olhos. — E o seu? Não vai escolher?

Arthur: Meu presente de boas vindas para vir para a Itália está chegando hoje ou amanhã diretamente de Maranello. — piscou para ela que foi obrigada a rir, Arthur parecia uma criança. — E então, não gostou de nenhum?

Carla: Eu queria um carro normal, não tão assim. — observou os carros à sua volta. — Uma coisa mais discreta. Manda trazer aquele carro que você comprou, pronto. — fez uma cara feliz para ele, que cruzou o braço e ficou parado.

Arthur: Há.

Carla: Ai Arthur escolhe você vai, não sei nem a diferença entre uma Ferrari e uma Mercedes.

Arthur: Mercedes é ruim, eca. — fez cara de nojo e Carla começou a rir, já sabendo onde iria parar aquela provocação dele. — McLaren Mercedes. Não, não. Acho que você nem pode ter uma Mercedes, a Ferrari me despede.

Carla: Então está sugerindo que eu deva escolher uma Ferrari? — cruzou os braços já começando a ficar com medo, lembrando de quando dirigiu a Ferrari de Arthur, Deus!

Arthur: Que tal aquela? Não é chamativa, não é vermelha e é discreta. — apontou para uma Ferrari preta quase ao meio da loja, escondida entre as outras chamativas irmãs dela.

Carla olhou para o carro e teve vontade de chorar, tanta gente passando fome no mundo!

Carla: Você tem ideia de quantos mil euros vale o carrinho bonitinho? — cruzou os braços e esperou uma ação dele, só veio a gargalhada.

Arthur: Alguns...

Carla: Tenho vontade de te socar. — bufou e simplesmente cruzou os braços.

Arthur: Vamos ver ela. — puxou Carla pela mão.

Arthur falou com o vendedor que Carla tinha gostado daquela lá. O vendedor nem precisou abrir a boca para falar do carro, Arthur já tinha ocupado o cargo.

Arthur: Carlinha, essa é a Ferrari 612 Sclaglietti, motor V12 e 48 válvulas! Direção hidráulica do tipo pinhão e freios ABS e CST, é diferente de todas as outras Ferrari, pode chegar até 320 KM por hora, sabe o que é isso né? Quase igual ao carro de Fórmula 1. — parou de se empolgar ao perceber a cara que ela estava fazendo, não entendendo absolutamente nada. — E o que é melhor e inovador, diferente de todas as outras tem capacidade para quatro pessoas, não somente duas! E tem um sistema ótimo chamado Isofix para cadeirinhas de bebê. — piscou para Carla que começou a rir e lhe deu mais um tapinha no braço.

Carla: Ótimo, ela anda e freia? Está ótima! Não vou passar mesmo dos oitenta por hora. — deu de ombros ao ver a cara que ele fez.

Arthur: Ha scelto questo. — falou com o vendedor que acenou com a cabeça e deu um sorriso para Carla, a felicitando pela escolha.

Arthur deixou Carla perto do novo carro dela e seguiu o vendedor, sabendo que se a levasse ela faria um escândalo pelo preço do carro. Nem vinte minutos depois voltou para perto dela com o vendedor sorridente e colocou uma chave na frente de Carla.

Arthur: Test Drive.

Carla: Não, obrigada.

Arthur: Para de graça. — revirou os olhos. — Está com sua nova carteira de habilitação?

Carla: Estou. — revirou os olhos e pegou na bolsa, entregando para Arthur que passou ao vendedor, que começou a anotar algumas coisas em uma folha.

Arthur: Vamos, entre. — abriu a porta para Carla que desejou que um buraco abrisse sobre seus pés para não ter que estar ali naquele momento. — Entra Carla.

Carla: Ai Deus. Se eu bater em um poste não coloque a culpa em mim. — bufou e sentou no banco de couro macio e arfou.

Antes mesmo de ligar o carro estava hiperventilando. Ao seu lado estava Arthur e no banco de trás o vendedor sorridente que esperava o começo do test drive. Carla olhava para o painel e segurava a chave que não era uma chave, pensando como iria ligar aquele carro.

Arthur: Coloca a chave no painel e aperta o botão ali.

Carla: Não enche. — mostrou a língua para ele que começou a rir e logo fez o que ele disse, saindo da loja e dando a volta no quarteirão.

Arthur bufava por Carla não passar nem dos sessenta, o vendedor também não parecia animado por não estar aproveitando a velocidade do carro. Carla ria dos dois e aproveitava o carro, realmente uma Ferrari era uma Ferrari, não tinha nem o que falar por estar guiando aquele carro dos sonhos. Voltaram à loja vinte minutos depois e Arthur foi novamente para o escritório com o vendedor, dessa vez Carla ficou tomando coca-cola na sala de espera, junto de uma recepcionista simpática que até mesmo colocou em um filme para ela.

Arthur ficou lá dentro mais de uma hora ao fim da conversa com o vendedor e o dono da loja, os papéis já estavam impressos e a esperavam para assinar. Tremeu um pouco mais assinou, sob os olhares orgulhosos de Arthur, que colocou a chave em frente aos seus olhos assim que passou os papéis para o dono da loja.

Vendedor: Congratulazioni! — sorriu para Carla que acenou com a cabeça.

Carla: Grazie. — abraçou Arthur pela cintura e logo saíram do escritório, indo para onde estava seu mais novo carro. Quando um dia imaginou-se dona de uma Ferrari?

Arthur: É toda sua. — apertou Carla e lhe deu um beijo na testa, ainda achando graça de todo deslumbramento dela.

Carla: Obrigada Thur, pelo carro e por tudo que você faz por mim. Obrigada mesmo. — puxou ele pelo braço e fez ele a olhar. Arthur sorriu e deu um beijo no rosto dela.

Arthur: Isso não vale nem um pouco de todas as coisas que você é para mim. — deu um sorriso tímido e Carla o beijou, ouvindo o falatório dos vendedores da loja atrás dela.

Carla: Mas eu ainda acho que esse carro vale um ano de comida para as criancinhas da África.

Arthur: Depois ajudamos as criancinhas da África, agora vamos para casa, motorista. — entrou no banco do passageiro ainda rindo pelas coisas que Carla dizia.

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Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora