Arthur: O Piloto 🏎

Capítulo 13 :

Adriana chamou a Carla e avisou que logo mais a noite as modelos teriam que acompanhar Arthur em uma boate, aonde teria uma festa de comemoração pela vitória dele. Carla revirou os olhos, estava morta de cansaço e ainda teria que ir para uma boate comemorar a vitória de Arthur? Era tudo o que ela queria mesmo, pensou ironicamente.

Adriana liberou as modelos e Carla ligou para sua mãe pedindo para esperá- la para irem todos para casa.

Carla chegou na boate junto com as modelos às onze horas da noite vestindo uma calça de couro preta bem colada ao corpo, blusa preta de alça estilo cropped e uma sandália de salto alto e bem fino preto.

Sarah ao seu lado vestiu um vestido curto vermelho e uma sandália de salto alto prata.

As modelos chegaram chamando a atenção de todos, eram muito lindas e bem vestidas. A primeira coisa que Carla viu foi Arthur olhando para ela, ou melhor, para todas as modelos. Ele estava em uma área vip com algumas presenças importantes, como o Presidente do Brasil o Lula, que parecia não estar gostando muito de toda aquela badalação. Ele apertava a mão de Arthur, o parabenizando pela excelente corrida há algumas horas atrás.

Sarah: Temos que ir falar com seu amor, Carlinha. — abraçou a amiga, já com um copo de bebida na mão. Carla revirou os olhos.

Carla: Cala a boca, Sarah! — gritou com ela que começou a rir.

Sarah: Bem, eu vou lá. Porque quero curtir essa balada, até o amanhecer.

Carla: Boa sorte, porque eu vou me divertir muito mais com a minha cama.

Sarah: Que pensamento de velha, Carla. — revirou os olhos e deu as costas para a amiga e subiu as escadas que dava na área vip onde Arthur estava.

Carla foi até o banheiro fazer um pouco de hora, retocou a maquiagem, arrumou os cabelos. Olhou-se no espelho e deu risada dela mesma. Estava se arrumando para Arthur ou era impressão dela? Bateu na própria cabeça ao ver que estava fazendo isso, tentava ficar bonita para ele, mesmo que não o desejasse.

Depois de mais cinco minutinhos enrolando, saiu do banheiro e olhou para a pista de dança. A boate estava cheia de pessoas, viu Sarah dançando com um carinha que conhecia de algum lugar, mas não fazia ideia de quem seria. Olhou para a área vip e respirou fundo. Era hora de falar com Arthur, teria que falar com ele! Pela primeira vez... Pedia a Deus para que não cometesse nenhuma gafe, já que era a rainha das gafes, principalmente estando perto dele. Subiu as escadas que levavam até lá e dois seguranças fortes e enormes olharam para ela, Boninho que estava ali perto falou para a deixarem passar. 

Boninho: Menininha! Até que enfim subiu aqui, pensei que iria fugir de Arthur. — passou o braço em torno do pescoço dela e segurando um copo de whisky na outra mão.

Carla: Seja lá qual for seu nome, não lhe devo satisfações. — respondeu bravinha e tirou o braço dele de seu pescoço, saiu batendo o salto até onde Arthur estava.

Queria falar logo com ele, pois se não, seria uma tremenda falta de educação com o 'Campeão do dia'. Ele conversava com uma morena muito bonita, os dois estavam debruçados na grade da área vip e olhavam a multidão na pista de dança. A morena viu a Carla e cutucou Arthur que olhou para o lado e quase que deixou o copo que segurava cair ao ver Carla ali, ao seu lado.

Xxx: Vou buscar algo para beber, tchau Thur! — a morena sorriu gentilmente para Arthur que acenou — Tchau. — Deu Tchau para Carla que deu um sorriso e respondeu educadamente. 

Arthur: Olá. — O sorriso que ele deu fez Carla estremecer, que tipo de homem era aquele meu Deus? Era lindo! Lindo e Lindo novamente!

Carla: Er... Oi... Bom... Bom... Vim... Te dar... — parou de falar, pois sabia que ele não estava entendendo nada. Arthur deu um sorriso malicioso e ela corou percebendo o que acabou de falar — Os parabéns é claro! — ela sorriu e ele gargalhou.

Arthur: Obrigado. Carla, não é? — ele a olhava de um modo, que Carla estava completamente sem ação.

Carla: Isso. — sorriu, meio encantada ao ver que ele lembrava de seu nome. Sentia-se patética! — Sua corrida foi incrível, parabéns novamente.

Arthur: Bem que você disse que meu carro era o melhor mesmo. — riu ao se lembrar da gafe dela no dia anterior. Carla riu e arrumou uma mecha de cabelo que caia em seu olho.

Carla: Você já sabia disso, mas nunca mais me lembre disso. — disse toda vermelha, o que fez Arthur rir ainda mais. Além de linda, ela era muito fofa. Adorava mulheres tímidas.

Arthur: Quer beber algo? — mostrou seu copo que continha provavelmente Whisky.

Carla: Não obrigada. Eu não bebo. — recusou educadamente e olhou para o andar de baixo da boate. A música era boa e as pessoas se divertiam, enquanto ela estava ali tremendo.

Arthur: Isso é legal. — olhou para ela que estava vermelha — Você é linda, sabia? — aproximou-se dela e sussurrou no ouvido dela.

Carla se sentiu fervendo, suas bochechas devem estar ficando pink de tanta vergonha e ela estava com uma séria vontade de agarrar Arthur, o que mostrava que mesmo não bebendo, ela estava perdendo a sanidade. Ela virou de frente para ele e sorriu.

Carla: Tenho que ir. — disse cortando o clima que ela sentia estar se formando. Ele olhou para ela incrédulo. Como além de não gostar de corridas ela ainda o deixaria plantado ali?

Arthur: Agora? — perguntou, decepcionado.

Carla: Amanhã acordo cedo e só vim aqui para te dar os parabéns, mesmo. — explicou-se.

Arthur: Está bem, obrigado de qualquer forma. — deu de ombros e Carla começou a se afastar dele.

Carla: Tchau... — virou de costas para ele até que sentiu ele a puxando novamente pelo braço. Com o impulso, ela acabou ficando muito mais perto dele, sentiu a mão dele segurando sua cintura e um arrepio percorrer sua coluna.

Arthur: Minha irmã tem razão, você é incrível. — sorriu e a soltou. Carla não teve reação, nem entendeu o que ele quis dizer com aquilo.

Carla: Obrigada. — sorriu sem graça, acariciou a barba dele e olhou para ele novamente. Era impossível deixar Arthur ali, com a cara que ele fazia, mas respirou fundo e virou novamente de costas e começou a andar em direção da saída da área vip.

Boninho: Tchau menininha! — gritou para ela, o que fez com que Carla revirasse os olhos.

Quando entrou em seu carro, sua mão tremia pelo nervosismo. Ela fechou os olhos, lembrando-se do sorriso e dos olhos de Arthur naquele ambiente escuro. Ela sentia-se uma idiota, pois era óbvio o que aconteceria se ela continuasse ali e ela tinha fugido como uma donzela honrando sua virtude. Com certeza Arthur nunca mais a olharia.

Comentem