Capítulo 3 : 🏁

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— Arthur Picoli vence mais uma corrida! — o narrador gritava tanto na televisão, quanto para as pessoas do autódromo, que vibrava com a vitória de Arthur.

Arthur dentro de seu carro vibrava, tinha sido uma prova muito, muito difícil! Ficou sessenta e sete voltas com Luan colado nele. Mas tinha conseguido vencer e deixar todas as pessoas orgulhosas. Enquanto dava a volta pela pista com o carro, ele ouvia Boninho gritar e um barulho infernal vindo de dentro dos boxes.

Boninho: Conseguimos! Conseguimos! — gritava pelo rádio, Arthur agradeceu pela bela corrida que tinham feito e continuou acenando para as pessoas que vibravam na arquibancada.

Após deixar o carro Arthur saiu correndo para abraçar os mecânicos e engenheiros que estavam amontoados na grade de ferro, eles quase o engoliram até os seguranças puxarem ele de lá e o levarem para uma sala onde os três primeiros ficavam antes de ir para o pódio. Passou pela pesagem obrigatório e logo após recebeu uma garrafinha de água.

Luan entrou na sala fez o mesmo procedimento que ele, os dois se olharam e Arthur virou as costas para o rival e foi dar os parabéns para o terceiro colocado. E então foram encaminhados para o pódio, onde receberam os troféus, ouviram os Hino do Brasil o Hino Italiano, já que a escuderia de Arthur a Ferrari era uma escuderia italiana.

Não havia uma vez que não subisse no pódio, que Arthur não agradecesse, ele sabia a importância que era um piloto estar no alto do pódio com o macacão vermelho, era o sonho de todos o que ele vivia. Receberam a champanhe da vitória e Arthur e Fernando Alonso, o terceiro colocado, começaram a comemorar um com o outro.

Fernando era um espanhol muito simpático e amigo de Arthur, talvez fosse o único amigo verdadeiro que Arthur tinha ali na Fórmula 1. Luan ficou do outro lado bebendo sozinho e logo depois jogou a bebida para o povo de sua equipe que pedia, colocou seu troféu debaixo do braço e foi embora. Arthur e Fernando ainda comemoraram um pouco e também jogaram a champanhe para sua equipe, logo depois saíram do pódio.

Arthur foi direito para o box da Ferrari, dando apertos de mão em algumas pessoas que encontrava pelo caminho e também tirando fotos e dando autógrafos para fãs assanhadas, que em sua maioria o apertavam tanto, que ele ficava quase sempre sem ar no meio delas.

Chegou no Box e logo viu a festa que todos faziam com a vitória, tinha gente pulando para todos os lados. Quando o viram veio uma manada em cima dele, o abraçando. Depois de muito custo para se livrar daquela multidão ele saiu correndo para onde estavam Boninho, José, seu chefe e sua mãe.

Piero Ferrari: Questo è il mio ragazzo! — abraçou Arthur que sorriu ao ser abraçado pelo seu chefe. – Congratulazioni! — abraçou novamente e Arthur percebeu a animação dele. Era um orgulho ver a Ferrari ser tão bem representada por Arthur.

Arthur: Grazie Piero! — sorriu para o senhor.

Piero: Licenza! — foi para o outro lado do box, falar com um engenheiro.

Em questão de segundos Arthur foi praticamente engolido por José e Boninho, que o abraçavam e davam tapas em suas costas que faziam com que ele risse, ao vê-los falando tudo várias coisas ao mesmo tempo.

Beatriz: Chega vocês dois! Vão machucar meu bebê! — deu tapinhas em Boninho e José para tentar fazer com que eles soltassem Arthur. — Soltem ele— deu um grito fino e os dois largaram Arthur pois sabiam que não se contrariava o gênio forte de Beatriz. — Ai meu bebê! — abraçou o filho — Estou tão orgulhosa de você! — deu um beijo na testa do filho. — Meu Deus! Você está todo suado! Vá tomar um banho garoto. — ordenou e deu um tapa no traseiro de Arthur.

Arthur: Mãe! Para de me chamar de bebê. — a repreendeu, vendo os olhares estranhos dos mecânicos ao seu lado.

Beatriz: Não! Você sempre será o meu bebezinho. — apertou as bochechas do filho, que respirou fundo, ficando com mais vergonha ainda.

Arthur: Você está acabando com a minha reputação. — tirou as mãos dela de sua bochecha e viu a cara feia que Beatriz fez.

Beatriz: Menino mal agradecido! — disse, fazendo um bico.

Arthur: Mãe sem drama! — abraçou a mãe que respirou fundo.

Beatriz: Ai menino, eu já disse, vai tomar um banho! — enjoada.

José: Para de ser chata mulher! — disse o que fez com que Beatriz o olhasse com cara feia.

Arthur: E lá vamos para outra discussão da família Picoli. — revirou os olhos. — Cadê a Thaís? — ao se dar conta da falta da irmã, começou a procurar a garota pelos lados.

Beatriz: Ah, essa menina não tem mais jeito! — fez sua cena dramática novamente.

Arthur: Por que mãe? — perguntou assustado. O que uma menina de treze anos estava aprontando tanto para sua mãe falar aquilo?

José: Ela também quer correr e sua mãe acha isso a ideia mais absurda do mundo! — revirou os olhos ao explicar a coisa mais simples do mundo, mas que fazia Beatriz ficar possessa.

Arthur: Que mal tem isso mãe? A Thaís sempre gostou de ir comigo andar de kart.

Beatriz: Arthur, ela é uma menina! Acorda! Ela sempre fez ballet a vida inteira e agora quer virar pilota? Ela vai manchar o nome da família. — revirou os olhos e cruzou os braços, nem olhando para o olhar de repreensão de José.

Boninho: Falando nela... — apontou para Thaís que tirava fotos perto do carro do irmão. Arthur olhou para a menina e sorriu, ele sabia que ela não mancharia o nome da família, era muito talentosa.

Beatriz: Eu não vou aguentar meus dois bebês em corridas. — fez uma voz de choro e todos reviraram os olhos.

Arthur: Thaís! — gritou pela irmã, que ao ouvir seu nome, saiu correndo e pulou em cima de Arthur.

Thaís: Que saudades Thur! — deu um beijo no rosto do irmão. — Você foi incrível!

Arthur: Obrigado Thaís! Vamos conversar, vem. — puxou a irmã para outro lugar do box, que era bem longe da mãe.

Arthur sabia que Beatriz torturava a cabeça de Thaís e fazia ela viver uma vida que não a agradava em nada. O que ele podia fazer na condição de irmão, era tentar proteger a menina e dar um pouco de alegria, nos momentos que estava perto dela.

Beatriz: Ele vai colocar mais minhocas na cabecinha da minha filha. — começou seu drama novamente, que fez José suspirar.

José: Quando vai deixar a menina ser feliz? — perguntou e a viu dando de ombros.

Os três foram procurar Arthur para irem almoçar, este que após um banho foi com a família para um restaurante. Logo pela noite, viajaram de volta ao Brasil, terra natal de Arthur e onde seria realizada a próxima corrida. Era uma emoção correr em casa, embora sempre a pressão em cima dele fosse muito maior por ter que representar todo um país dentro da pista.

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