Capítulo 149 :

698 82 59
                                    


O resto da semana Carla passou praticamente deitada na cama ou no sofá o dia inteiro, olhando a televisão e sem a mínima vontade de fazer alguma coisa.

Sarah estava com ela, pronta para qualquer enjoo, crise de choro ou carência de Carla, sabia que a amiga estava mais que confusa com a gravidez, mas também sabia o quanto ela estava feliz com o bebê. Carla era um tanto infantil quanto a sua relação com o bebê que crescia dentro dela, ou talvez ainda não tivesse realmente caído a ficha que estava grávida e que em meses teria uma criança para cuidar e dar amor.

Quanto à Arthur, Carla não fazia questão alguma de falar com ele, Arthur vivia ligando para casa, para o celular dela, para o celular de Sarah e lotando de mensagens tudo o que ele podia. Sarah já tinha até desistido de fazer Carla falar com ele, sabia que ela estava chateada com Arthur.

Era sexta feira a noite e Carla como sempre estava largada no sofá vendo uma novela tão melodramática que chegava a ser ridícula.

Sarah tinha saído para comprar algumas coisas no mercado, aproveitando a boa vontade de Carla de lhe emprestar sua Ferrari. O telefone começou a tocar e Carla olhava para o aparelho, morrendo de preguiça de esticar o braço e atender. Esperou até que parasse de tocar, mas não parou. Vencida levantou do sofá, bufou e atendeu.

Carla: Quem é? — atendeu mal humorada.

Arthur: Carla, amor! Por favor não desligue, fala comigo só um pouco. Me desculpa, por favor! Eu não fiz por mal, estava todo apressado e... — respirou fundo e tomou fôlego novamente. — Carla? Ainda está ai?

Carla: Estou. — e voltou a ficar em silêncio.

Arthur: Você está grávida amor?

Carla: Boa sorte na corrida, tchau. — desligou na cara dele e jogou o telefone longe. Mais cedo ou mais tarde ele iria descobrir o que não falou, que sim estava grávida.

Arthur ainda estava com a maior cara de taxo dentro do Box da Ferrari. Carla estava muito estranha, nem mesmo quando brigavam com coisas bobinhas ela ficava tão fria como estava com ele. Se nem mesmo sabia se estava grávida não era justo ter de ficar daquele jeito com ele, não tinha feito por mal, apenas estava atrasado demais e acabou não prestando muito atenção no que ela disse, mas sabia que não adiantaria absolutamente nada falar com ela pelo telefone, só iria piorar ainda mais as coisas.

Luan: Tudo bem ai? — perguntou à Arthur vendo-o sentado pra fora do Box, todo desanimado. Arthur olhou para cima e ficou parado, meio que sem fala.

Arthur: Cai fora Luan, de verdade, não estou a fim de começar a discutir contigo. — e voltou a olhar para o chão contando quantas listras vermelhas e brancas estavam pintadas no chão.

Luan: Esqueceu que agora somos quase da mesma família? — deu um risinho e sentou no chão, um metro longe de Arthur. — Olha, já passou da hora de acabar com essa idiotice nossa, você não percebe o quanto as meninas sofrem por o que fazemos?

Arthur: Você veio aqui para perguntar o que eu tenho ou resolver nosso caso mal entendido? — olhou para ele entediado e Luan começou a rir de novo.

Luan: Que gay foi isso, Picoli. — começou a gargalhar.

Arthur: Dá para fazer o favor de sair daqui?

Luan: Começou a dar patada já está ótimo, tchau. — levantou do chão.

Arthur: O que você faria se tivesse feito uma burrada quando uma pessoa fala que está grávida de você? — perguntou rápido vendo Luan se afastar.

Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora