Capítulo 172 :

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Nas quase três semanas que se passaram Mara e Boninho marcaram a data do casamento. Não seria nada exagerado, apenas um final de semana na casa de praia de Arthur, onde seria realizada uma cerimônia pequena e para poucas pessoas.

Carla gostou e não gostou ao mesmo tempo. Estava feliz por sua mãe e por Boninho, por se casarem naquela casa que era tão especial para ela e além do mais que poderia ficar mais perto de Arthur, este que mantinham uma relação até que amigável. Desde a noite do restaurante se falaram mais duas vezes por telefone, mas procuravam não se encontrar ainda. Carla era confusa por natureza e Arthur resolveu dar um tempo para ela pensar e colocar suas ideias no lugar.

A única coisa que desagradava Carla no casamento da mãe com Boninho naquele final de semana, era porque os dois iriam se casar justamente no dia de seu aniversário, este que já estava muito bem planejado com uma viagem para Londres, para ficar alguns dias com Sarah e Luan, curtindo a barriguinha de grávida daquela maluca. Bom, estaria com Sarah, Luan e seu afilhado do mesmo jeito.

Mara: Você vai com Arthur, Thaís e os pais dele de helicóptero. Ok? — olhou para Carla que descia as escadas com sua mala. Carla olhou para a mãe e ela estava ao lado de Boninho e atrás estava Arthur com Isabella no colo.

Carla: Mas eu combinei de ir com a Sarah e o Luan no helicóptero dele. Daqui a pouco os dois chegam. — desviou o olhar de Mara para Arthur, ele sorriu e Carla sentiu seu coração acelerar.

Podia sentir tudo se repetindo novamente, estavam começando do zero e do mesmo modo. Ligações, viagem à Arraial do Cabo... Apenas não queria o mesmo final.

Arthur: Vai me fazer essa desfeita, loirinha? — olhou para ela sorridente e Carla corou.

Carla: Arthú. Coloca o Fernando no meu lugar. — piscou para ele e tirou Bella do colo dele.

Mara e Boninho começaram a rir enquanto Arthur fuzilava Carla com o olhar.

Mara: Bom, estamos indo para o aeroporto, vocês que se entendam ai. — pegou Bella do colo de Carla e deu um beijo na testa da filha e saiu da casa com Boninho.

Alguns parentes e amigos de ambos iriam junto com eles no avião particular que Arthur emprestou até Arraial do Cabo. Carla bocejou e sentou no sofá, começando a folhear uma revista.

Carla: Não vai embora? — olhou para ele que sentou- se na mesinha de centro, em frente dela.

Arthur: Não, ainda estão preparando o helicóptero. — tirou a revista das mãos dela e a jogou para trás. Carla olhou para ele assustada e ele começou a rir. — Amanhã é seu aniversário...

Carla: Pois é. Estou ficando velha. — bocejou mais uma vez e começou a olhar para suas unhas, já que não tinha mais revista.

Arthur: Você vai ter uma surpresa. — piscou para ela que o olhou curiosa. Ele riu e deu um beijo na testa dela e então a campainha tocou e logo Sarah e Luan estavam dentro da casa.

Sarah: Opa, atrapalhamos? — deu um sorrisinho malicioso e olhou para Arthur que já estava de pé, sorrindo.

Arthur: Claro que não, já estava indo. — beijou o rosto de Sarah e passou a mão na barriga dela.

Luan: Vai conosco? — olhou para Arthur que deu um tapinha no ombro dele.

Arthur: Não, vou com minha família. Até mais tarde. — abriu a porta e saiu da casa.

No mesmo segundo Sarah só faltou pular em cima de Carla em busca de novas informações!

Era muito bom e um tanto estranho voltar à arraial do cabo depois de tanto tempo e tantas mudanças. Era ótimo ver o mar cristalino e límpido à frente daquela casa de tirar o fôlego. Era mais que maravilhoso voltar àquela casa que lhe trouxe o começo de sua felicidade e agora no casamento de sua mãe. E era já comum ter de fugir de Maya que não esperou Carla nem descer do carro quase, já foi pulando em cima dela. Garantindo os risos de todos os presentes.

Carla: Sai Maya! Sai! — gritava enquanto corria pelo gramado em frente da casa. Arthur e Boninho corriam atrás de Maya tentando segurá-la.

Arthur: Para de correr Carla. — gritou.

Carla continuava correndo, fazendo a cachorra também correr e assim ninguém conseguir segurar ela. Arrancando muitas gargalhadas de outras pessoas, enfim conseguiram prender Maya .

Carla: Estou em casa. — caiu sentada na grama, ofegante. Arthur aproximou-se dela as gargalhadas e estendeu a mão para ela.

Arthur: Vem. — puxou ela para cima e assim entraram em casa.

Carla continuou esperando na sala alguém vir chamá-la para ir para seu quarto. Mas muito diferente da primeira vez que foi ali, dessa vez não tinha nem quarto para ela. As empregadas da casa se encarregaram de levar as pessoas até os quartos e vinte minutos depois todos já estavam instalados.

Sarah: O que está fazendo ai? — perguntou para Carla enquanto descia as escadas, já de biquíni embaixo de uma vestido soltinho.

Carla: Acho que não tenho quarto. — deu de ombros e Sarah aproximou-se dela maliciosa.

Sarah: Aposto que há um lugar vago na cama do dono na casa. — piscou para Carla que jogou uma almofada no rosto dela.

Carla: Idiota.

Após mais alguns minutos uma mulher veio chamá-la e a levou até um quarto no último andar da casa e abriu uma porta três depois do quarto de Arthur. Carla sabia que naquele andar ficava a família de Arthur e mais dois quartos um desses que estariam sendo usados para os noivos. No segundo andar, estavam os quartos das visitas, em que estavam todos os convidados para o casamento.

Acabou ficando no quarto com Thaís e mais seus sobrinhos. Como a casa estava super lotada, teria um cantinho ao lado da cama, num colchão duro. Belíssima viagem!

Arthur: Meu Deus... — abriu a porta de Thaís e assustou-se um pouco ao ver a irmã, com mais três crianças e Carla já deitada em seu colchão. Realmente a casa estava lotada.

Thaís: Quarto lotado, não cabe mais ninguém. — começou a rir e Arthur aproximou- se de Carla.

Arthur: Tenho um lugar melhor que dormir no chão para você. — sentou no chão e ficou brincando com uma mecha do cabelo dela.

Carla: No seu quarto? Não obrigada, já conheço esse truque. — piscou para ele e os dois começaram a rir.

Arthur: Garanto que é bem melhor que dormir no chão.

Carla: Obrigada, estou feliz aqui. — deu um sorriso e levantou do colchão, puxando sua mala até o closet.

Arthur: Ô mulher difícil. — revirou os olhos e Thaís começou a rir e logo expulsou o irmão do quarto, pois queria se trocar.

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