Arthur: O Piloto 🏎

Capítulo 153 ;

Na segunda feira, logo pela manhã Carla e Arthur embarcaram de volta á Milão. Carla com os olhos totalmente inchados e vermelhos, com a desculpa que estava com alergia da maquiagem disse  para Arthur.

A raiva que sentia de quem fez tudo aquilo com ela era enorme, nunca tinha se sentindo assim. Nunca tinha feito absolutamente nada para aquelas pessoas, porque fazer isso com ela? Apesar de tudo sabia a resposta, por dinheiro. Ela daria um belo dinheiro para aquela revista decadente. No aeroporto puxava Arthur de todas as revistarias presentes ali, receosa quanto à reação dele à revista.

Arthur: Amor vou no balcão de informações perguntar se o avião já está preparado ok? Fica um pouco aqui. — apontou para uma cadeira ao lado deles.

Carla: Vou ao banheiro então. — deu um selinho nele e seguiram em direção opostas.

Carla foi ao banheiro, fez uma maquiagem rápida em seu olho, tentando amenizar mais ainda aquele inchaço e então voltou com o óculos no rosto. E então voltou para o lugar a onde Arthur tinha pedido para o esperar, sentou na cadeira e colocou seus fones de ouvido.

Arthur: Carla. — parou em frente dela sério e então ela olhou para cima, dando um sorriso ao vê-lo.

Carla: Já podemos ir? — levantou da cadeira e se colocou à frente dele.

Arthur: Não antes de você me explicar o que significa isso. — mostrou a revista que ela era capa para Carla, está que ficou pálida na hora.

Tantas horas tentando esconder para ele descobrir em menos de dez minutos.

Arthur: Você tem ideia do que estava fazendo?

Carla: Eu posso explicar!

Arthur: Tudo eu podia esperar de você, menos isso. Você já posou semi-nua, fez esse ensaio fotográfico enrolada em um lençol e ainda falou mal dos meus amigos, as pessoas que eu convivo, meu chefe, Carla! Você só pode estar ficando louca. — falou um pouco alto com ela, se controlando para não chamar a atenção do aeroporto lotado.

Carla: Eu não fiz isso... Quer dizer! Arthur me deixa eu te explicar.

Arthur: Vamos embora daqui ok? — pegou o carrinho com as malas dos dois e saiu empurrando, deixando ela para trás.

Carla não sabia nem mais o que pensar, apesar de saber que Arthur não iria acabar com essa discussão assim. Saiu correndo atrás dele e logo embarcaram, sozinhos no avião particular dele. Sentou-se em uma poltrona ao lado dele e viu que ele olhava com um ódio imenso para a capa da revista que estava ao lado dele.

Carla: Arthú... — levantou assim que decolaram, caminhou até ele e abaixou-se. — Me deixa explicar.

Arthur: Eu quero dormir, me deixa. — virou de costas para ela, a deixando completamente isolada.

Pousaram em Milão algumas horas depois e Arthur ainda ignorava completamente Carla. Esta que o entendia muito bem, mesmo sem ter feito nada, somente com as mentiras que ele pensava que fosse ela que tinha falado, o tinha machucado muito, além daquelas fotos, é claro.

Pegaram o carro que ficou no estacionamento do aeroporto e então voltaram para casa, totalmente em silêncio. Carla não sabia nem como falar alguma coisa para quem sabe explicar todas as mentiras publicadas e sabia que ele não iria dar o braço a torcer e começar uma conversa civilizada. O silêncio ainda pairava até que entraram na rua do prédio, dando de encontro com uma multidão parada bem em frente ao prédio onde moravam.

Carla: O que é isso? — olhou para Arthur assustada, vendo a multidão que cercava o prédio e a portaria.

Junto deles tinham até mesmo alguns policias, tentando em vão levá-los todos dali. Em meio à tudo isso era possível ver milhares de flashes em cima do carro.