Capítulo 88 :

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Arthur: Descobriu tudo o que queria saber? — perguntou e então segurou a mão dela, começando a brincar com a aliança dela.

Carla: Você é um safado! — bufou e ele a olhou.

Arthur: Eu era solteiro! — ergueu os ombros e Carla espirou fundo.

Carla: Mas justo a sua assistente, seu safado? Não podia ser menos clichê?

Arthur: Você queria um namorado virgem, Carla? — olhou para ela que ficou séria, pensando nas possibilidades. Arthur começou a rir e a abraçou.

Carla: Assim não, mas realmente não estou preparada para cenas como essa. Poderia ter sido menos galinha, não é?

Arthur: Eu não sou galinha!

Carla: Ah não? — debochou.

Arthur: E você também.

Carla: Hey, me respeita. — deu um tapa no braço dele, que obviamente não fez nem cosquinhas.

Arthur: Eu nunca fiquei com nenhuma prima minha. — cantarolou irritantemente e Carla o fuzilou. — Vamos parar com essa história? — a abraçou que ainda estava com um bico enorme.

Carla: Eu queria muito ir com você. — disse com a cabeça apoiada no ombro dele.

Arthur abriu um sorriso e acariciou a bochecha dela. Ele sabia que ela queria ir para ficar segura que nada aconteceria e que ele não aprontaria nada.

Arthur: Seu passaporte não está renovado, amor. Pode até embarcar, mas vão te mandar para trás quando chegar lá. — falou calmamente e ela ficou quietinha, abraçando o braço dele como uma criancinha.

Carla: Ela fica no mesmo hotel que você?

Arthur: Você não confia em mim?

Carla: Confio.

Arthur: Então segunda feira eu estou de volta. — deu um sorriso fofo para ela que pulou em cima dele, abraçando--o.

Eram duas e meia da manhã quando Boninho veio chamar Arthur para embarcar. Carla foi com ele até a sala reservada para ele, onde estava além de Boninho e Manuelle, o segundo engenheiro de Arthur, aquele que ficou com a Sarah, o Rodolfo.

Arthur: Toma. — colocou na mão de Carla um chaveiro. Ela arregalou os olhos ao ver que ele estava esticando em sua direção o chaveiro com o símbolo da Ferrari.

Carla: Está brincando? — um sorriso começou a aparecer em seu rosto, mas ele continuava com um rosto como se estivesse enfiando agulhas debaixo de sua unha.

Arthur: Não quero você andando por aí de táxi, ainda mais a essas horas. Vai com o meu carro. Pega logo antes que eu me arrependa.

Carla: Você é tão bipolar Arthur. — revirou os olhos.

Arthur: Tenta não se matar ok?

Carla: Vou tentar. — piscou para ele, que fez uma cara de dor. — Eu e sua Ferrari vamos nos divertir muito. — começou a rir vendo a cara engraçada que ele fez.

Arthur: Ah meu Deus! Eu devo ter esquecido meus remédios hoje. — puxou Carla pela cintura e a beijou. — Te amo.

Carla: Eu também! — sorriu.

Boninho: Desculpa atrapalhar o casal 20, mas temos que ir. — olhou para os dois que fizeram uma carinha de cachorro que caiu da mudança um para o outro. — Vamos, vamos. Vocês tem a vida inteira para ficar juntos, uns dias não vão acabar com a vida.

Arthur: Já está tudo pronto?

Boninho: Já sim. Bom, menininha até mais ver.

Carla: Tchau Boninho. — acenou para ele que foi chamar o outro engenheiro. Carla olhou para Arthur, ainda de bico. — Tchau.

Arthur: Tchau, Carlinha.

Carla: Você também é? — sorriu.

Arthur: Peguei mania da Thaís. — abraçou ela pela cintura.

Carla: Eu te amo.

Arthur: E eu também. — beijou Carla já prevendo a saudade que iria sentir daquela louca ciumenta. Ficaram ali por quase cinco minutos se beijando até Boninho chama--ló novamente, pois já estavam atrasados.

Carla: Arthur? — chamou--o quando já estava quase entregando o passaporte para a aeromoça. Ele olhou para ela meio confuso. — Volta pra mim, tá? — sorriu. Arthur também sorriu e assim embarcou sabendo que essa viagem seria a mais difícil do que todas as outras, já que passaria quase uma semana sem Carla.

Carla após ver o avião decolar foi para o estacionamento do aeroporto, procurando o amado carro de Arthur. Chegava a ser cômico essa paixão dele e todo aquele drama em torno de um carro. Isso que dava se apaixonar por um piloto. Abriu a porta e sentou no banco do motorista, olhando para o painel meio assustada.

Carla: Inspira, expira, inspira, expira. — soltou o ar pela última vez e ligou o carro. — Seja lá o que Deus quiser. — Se benzeu e foi com muita calma de 40 km por hora para casa.

Quem olhasse para o carro, no mínimo iria falar que quem estava ali estava aprendendo a dirigir, para andar com uma Ferrari, numa lerdeza absurda. Quase uma hora depois, Carla estacionou o carro na garagem de sua casa e encostou exausta e toda suada por tanto nervoso, no banco.

Carla: Ai meu Deus, eu estou viva!

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Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora