Capítulo 135 :

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Carla: Obrigada por tudo, por tudo mesmo. — olhou para as duas já cansada de tentar salvar sua maquiagem.

Mara: Meu amor, já falamos tanto esses dias que acho que nem tenho mais o que falar para você. Quero que saiba que mesmo do outro lado do Atlântico, você sempre vai estar aqui comigo. — colocou a mão em seu coração e Carla sorriu. — Sempre vai ser a minha criança, minha princesa. E eu quero que você seja muito feliz com o Arthur e eu sei que isso vai acontecer porque você merece meu amor.

Carla: Obrigada mãe. — abraçou ela novamente e ficaram assim por algum tempo, apenas chorando. — Me promete que você vai ficar bem, vai ser feliz, vai arrumar um namorado e construir sua vida mãe. — falou rápido antes que ela falasse alguma coisa. Na lata. Ela arregalou os olhos e quase gritou. — Você é nova mãe, merece ser feliz novamente. Papai iria gostar disso.

Mara: Já te falei para não beber a essa hora da manhã meu amor. — abraçou Carla ternamente e ela começou a resmungar.

Carla: Não adianta mudar de assunto.

Sarah: Concordo com a Carlinha, tia. Ela já está criada, está indo morar com o neném dela, agora é a sua vez de ser feliz. — piscou para Mara e todos começaram a rir.

Mara: Vocês duas literalmente estão ficando loucas. — revirou os olhos e virou para Carla novamente. — Liga quando chegar.

Carla: Tá bom mãe. — sorriu e abraçou a mãe. — Eu te amo.

Mara: Eu também meu amor e você nem imagina o quanto. — beijou a testa de Carla e logo a soltou, deixando Carla ir até a avó que muito antes de Carla hegar perto dela já chorava.

Helena: Ai minha vida. — abraçou Carla e ela sorriu, não fazendo questão alguma de limpar as lágrimas que escorriam por seu rosto. — Vamos parar de chorar, ok? — limpou seu rosto e viu Carla fazer o mesmo. — Não é um dia de tristeza hoje. — sorriu e Carla a abraçou.

Carla: Eu te amo vovó.

Helena: Eu também meu amor e você sabe disso. — pegou as duas mãos de Carla e olhou para a neta. — Tem que me prometer que vai ter cuidado com tudo, não vai ser teimosa se ficar doente e dar ataques para ir ao médico, qualquer coisa vai ligar para cá e por favor, por favor, por favor, não desapareça meu amor. Venha visitar essa velha aqui de vez em quando.

Carla: Não precisa nem falar dona Helena. — deu um sorriso e beijou as mãos de sua avó. — E eu prometo.

Helena: Ouviu Arthur? Ela prometeu. Se caso ela ficar doente não ouça quando ela falar que está bem e não precisa ir ao medico, leve- a e...

Carla: Vó, não estou indo para um acampamento da escola e além do mais eu vou me cuidar. — revirou os olhos e Helena fez uma cara desconfiada.

Manuelle chegou perto de Arthur e Carla prestou atenção, mas ela apenas dizia que tudo já estava preparado e eles poderiam embarcar. O frio na espinha que sentou foi meio que assustador. Arthur olhou para Carla sorrindo e ela também sorriu, começando a sentir suas pernas bambas.

Helena: Vai meu amor. Não se esqueça, eu te amo e todos aqui te amamos. — beijou o rosto de Carla que acenou com a cabeça.

Carla olhou para cada pessoa que estava ali e então pegou sua bolsa que estava com Sarah, sorriu para a loira e entrelaçou sua mão na de Arthur.

Sarah: Até sábado. — deu um sorriso sapeca para Carla que também sorriu, apesar das lágrimas que insistiam em rolar por seu rosto.

Bianca: Exibida. — mostrou a língua para Sarah que deu sua gargalhada alta.

Carla riu baixo e sentiu Arthur passando um braço por sua cintura, olhou e ele estava com aquele sorriso lindo e confortante que a acalmava não sabia como. As duas pessoas que estavam passando pelo mesmo portão de embarque não demoraram, somente o tempo de Carla olhar para trás e ver todos olhando para os dois e acenando. Fechou os olhos, deixando duas lágrimas rolaram por seu rosto e sorriu.

"A ação nem sempre traz felicidade, mas não há felicidade sem ação".

(Benjamin Disraeli)

Teve que admitir que dormiu praticamente a viagem toda, se recorda pelo menos da primeira hora no avião. Somente ela e Arthur, o piloto o co-piloto e uma aeromoça, está que por muito – muito – pouco não se jogou em cima de Arthur com seus seios falsos quase que pulando para fora daquele uniforme nada discreto. Isto rendeu alguns hematomas na perna de Arthur.

Recusou os biscoitinhos ou o refrigerante que a aeromoça exibida e após ela se dar conta que ninguém precisava dela ali, finalmente Carla dormiu. Não antes de rir do nervosismo de Arthur, ele morreria de medo de andar de avião, parecia até ironia.

Quando acordou viu que Arthur estava dormindo tranquilamente ao seu lado, não quis acordá-lo. Começou a observar pela janela do avião as nuvens e o dia que já estava indo embora. Não era possível que tivesse dormido tanto assim.

A aeromoça assanhada logo veio e perguntou se desejava alguma coisa, pediu algum lanche e coca cola e foi informada que em vinte minutos estariam pousando. Arthur não tardou a acordar e assim que terminou seu lanche pousaram enfim, em sua nova cidade e casa. Milão.

Arthur: Benvenuto! — levantou os braços e falou para Carla animado, está que bocejava e se preocupava em não tropeçar naquelas escadas traiçoeiras do avião.

Carla: Grazie. — respondeu sorrindo e ele começou a rir.

Arthur: Quase uma italiana. — abraçou Carla de lado e os dois riram, entrando no aeroporto.

Após a parte burocrática pegaram as poucas malas que vieram com eles, já que tudo já tinha sido mandado para o apartamento há dias atrás e então saíram do aeroporto.

Carla: Posso sentir o cheiro de roupa nova. — disse como uma alucinada. Arthur gargalhou e a puxou pela cintura.

Arthur: Eu te amo. — colocou a franja dela para trás e ficou sorrindo feito um bobo, ignorando as pessoas que quase trombavam neles.

Carla: Se eu não te amasse sinto em te dizer, mas não estaria aqui. — fez um bico e ele lhe deu um selinho. — E então, quem vem nos buscar?

Arthur: Vida nova, tudo novo. — fez uma carinha decepcionado.

Carla: Isso deve ser perturbador para você não? — começou a rir e o acompanhou até onde ele pediu um táxi e logo estavam a caminho de casa.

Demoraram quase vinte minutos. Se julgava o trânsito do Rio de Janeirocaótico, Milão então era enlouquecedor. Mas valeu a pena aqueles minutos dentro do carro, pode apreciar novamente o movimento e o luxo de Milão. Já tinha ido para Milão uns três anos para um compromisso profissional, coisas de modelo e podia dizer que Milão para ela ou para uma pessoa parecida com ela, era o céu na terra.

Talvez fosse este um motivo de Arthur escolher Milão ao invés de qualquer outro lugar da Itália, até mesmo Maranello, onde é a sede da Ferrari, sentia- se culpado por trazer Carla para outro país, então que pelo menos fosse um lugar que a agrade. Sabia que seria torturante para ela ir morar em um lugar pacato e calmo como Maranello, onde a única ocupação são carros, carros e carros e o ponto turístico a fábrica da Ferrari. Ela iria enlouquecer.

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