Capítulo 92 :

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Carla: Temos bastante coisas para conversar quando você chegar. Agora não é hora de se preocupar.


Arthur: Tudo bem, você quem manda.


Carla: E a Manuelle, seu safado? — disse toda enciumada.


Arthur: Não começa Carla!


Carla: Ai de você e do seu Júnior se eu souber que você aprontou alguma Picoli.


Arthur: Eu adoro esses seus ataques de ciúmes.


Carla: Você é insensível, isso sim!


Arthur: Não sou não, eu sou é apaixonado por você.


Carla: Safado!


Arthur: Não!


Carla: Eu te amo.


Arthur: Você não resiste aos meus encantos. — disse convencido.


Carla: Humildade mil, hein colega?


Arthur: Faz parte do meu charme. — gargalhou todo bem humorado.


Carla: Vai sair agora?


Arthur: Tenho um jantar com o presidente da Austrália.


Carla: Que chique.


Arthur: Chatice isso sim! Em todos os países é a mesma coisa e todos falam sempre a mesma coisa.


Carla: Renovei meu passaporte ontem. — deu um sorriso enorme. — Vai ficar tudo pronto na quarta-feira.


Arthur: Sério? — quase gritou de entusiasmo. —  Então Mônaco, ai vamos nós! — anunciou e não entendeu nada quando ouviu um grito meio abafado de Carla.


Carla: Você está brincando comigo? Mônaco?  — perguntou ainda sem acreditar que ele a levaria para Mônaco.


Aquele lugar era seu maior sonho de consumo sob a face da terra e obviamente ela achou que nunca chegaria a pisar ali, uma vez que não teria nem como pagar um almoço ou um hotel lá. E saber que talvez ela pudesse ter a chance de ir conhecer um dos lugares mais lindos do mundo em sua opinião, lhe deixou extasiada.


Arthur: Algum problema com Mônaco?


Carla: Não é nada. É só que... Meu sonho sempre foi ir para lá. — coçou os olhos para se livrar das lágrimas que ameaçavam cair.


Arthur ficou parado pensando no que ela tinha falado.   Como o sonho dela era ir para Mônaco e ela nunca tinha falado? Para ele era algo tão banal que nunca passou por sua cabeça que ela poderia gostar de lá. Talvez fosse isso que mais gostasse em CarlaCarla, ela trazia sensações que para ele já estavam banalizadas, como ir para Mônaco ou qualquer outra lugar. Ela sabia o valor das coisas.


Arthur: Vai ser a melhor viagem de toda sua vida, te prometo. — — falou seriamente e Carla sorriu. — Amor, tenho que tomar banho e ir aguentar o presidente tagarelar como demos lucro para o país dele. Você fica bem?


Carla: Claro que sim. Uma pergunta: A atriz de filme pornô vai com você?

Arthur: Ai Maria ciumenta! Lógico que não Carla.


Carla: Assim que eu gosto.  — abriu um sorriso.


Arthur: Eu te amo.


Carla: Estamos ficando muito melosos, mas eu também te amo. Bom jantar e até amanhã.


Arthur: Até, se cuida. — e então desligou.


Carla começou a suspirar feito uma adolescente e jogou o celular em cima da mesa de centro, ainda com os pensamentos em Mônaco.  Mônaco! Ela não conseguia acreditar. Quando parou de sonhar acordada levantou do sofá e deu de frente com Fernando.


Carla: Ai caramba! — colocou a mão no peito, por conta do susto.


Fernando: Quem diria, você namorando Arthur Picoli e indo para Mônaco. — falou e ela simplesmente não gostou de como as palavras saíram da boca dele. Parecia que ela estava fazendo algo errado. —  Bem que desconfiei que você arrumaria algum trouxa para fazer suas vontades.


Carla: Olha como você fala comigo, imbecil. — respondeu rispidamente assim que entendeu o que ele estava insinuando.


Fernando: É a verdade, Carla. Não acho que você estaria com ele se fosse algum pé rapado, mas admito que foi esperta, ele está alavancando sua carreira e te dando as coisas que você sempre quis. Esperta tenho que admitir que você é.


Carla: Eu ficaria com ele mesmo que fosse qualquer um e que me levasse para passear em qualquer lugar. Eu o amo pelo o que ele é, não pelo o que ele tem. Você devia aprender um pouco sobre isso. — já sem paciência alguma, tentou sair de perto dele, mas foi puxada pelo braço.


Fernando: E ele sabe de tudo o que aconteceu com nós? — olhou para Carla que deu um sorriso enorme, para a surpresa dele.


Carla: Não tenho nada a esconder dele. É lógico que ele sabe. Agora me solta! — puxou seu braço do dele e saiu apressadamente para a mesa.


Sarah: Vem comer esse bolo de cenoura! Está de lamber os dedos. — fez uma careta com o dedo já enfiado na boca.


Carla sentou ao lado da amiga com um olhar triste. Aquela discussão com Fernando não tinha lhe feito bem, uma hora ou outra as pessoas jogariam na cara dela que ela poderia estar com Arthur por interesse, Beatriz já tinha feito, agora Fernando. Seu medo era que mais alguém lhe acusasse daquele fundamento sem sentido algum.


Durante o dia ela e Sarah ficaram juntas e lá pela tarde ela foi convencida pela loira de irem para uma festa da Elite. Carla sinceramente não queria ir, pois sabia que teria que acordar pela madrugada para buscar Arthur, mas Sarah lhe pediu tanto e disse que elas tinham que dar as caras e promover para futuros contratos que Carla acabou concordando.


Depois de um dia na piscina, lá pelas onze da noite estavam prontas. Sarah estava deslumbrante como sempre, com aquele bronzeado que tinha ganhado na tarde na piscina e um vestido todo de paetês vermelho e um sapato da mesma cor altíssimo.


Carla enquanto se vestia se deu conta de quanto tempo fazia que não se arrumava para ir para a balada, na verdade se sentia até mal com aquelas roupas que não diziam mais nada dela. Ela não tinha percebido muito até agora, mas realmente Arthur tinha mudada sua vida totalmente. Ela que adorava uma festa, agora se sentia meio incomodada com aquele vestido curto e brilhoso, com recortes na cintura e um decote generoso. Fez escova no cabelo e terminou de amarrar a tira da sandália.

 Fez escova no cabelo e terminou de amarrar a tira da sandália

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Sarah: Estamos lindas. — riu ao ver o reflexo das duas no espelho.


Carla: Sempre estamos.  — deu uma piscada e virou para pegar sua bolsa em cima da cama. — Vamos logo. — puxou Sarah pelo braço e saíram do quarto. Na garagem enquanto Carla abria o portão, Sarah, entrou no carro de Arthur.  — Mas nem por cima do meu cadáver! Pode sair daí, nós vamos com o seu carro.


Sarah: Eu nunca andei numa Ferrari. — fez cara de cachorro que caiu da mudança.


Carla: Eu não sei dirigir direito esse carro Sarah e se alguma coisa acontecer com ele, nem vendendo minha alma eu consigo pagar. Por favor, não faça isso comigo.


Sarah: Nós vamos devagar, vai! Não vai acontecer nada. — abraçou a cintura de Carla e começou a balança--lá.


Carla: Sarah não!


Sarah: Please my best wonderful! — fez cara de criança enquanto já pulava no banco de couro do passageiro.

Tradução: Por favor minha melhor maravilhosa


Carla: Não vai sair coisa boa! — suspirou desistindo de fazer Sarah desistir da ideia de não usar o carro de Arthur. Nunca iria conseguir isso de sua amiga mesmo.


Sarah foi falando o caminho para onde deveriam ir, Carla obedecia com todo o cuidado possível com o carro do namorado, pois afinal, era loucura o que estava fazendo! Principalmente sabendo que estava sozinha com Sarah, em uma Ferrari na rua tarde da noite e indo para Deus sabe onde!


Logo começou a reconhecer o caminho e concluiu indo para a parte mais badalada do Rio de Janeiro. Carla quis socar Sarah, porque ali era onde havia o maiores índices de furto de carro, mas sabia que agora não tinha mais nada para fazer. Totalmente a contra gosto, deixou o carro no estacionamento e a pior parte foi quando teve que entregar a chave para o manobrista.


Sarah: Solta a chave Carla! — puxou a amiga que segurava a chave forte e do outro lado estava o manobrista, não entendo nada e apenas fazendo o seu trabalho.


Carla: Ai meu Deus do Céu, eu vou morrer nas mãos do Arthur! Ele vai fazer justiça com as próprias mãos.


Sarah: Solta Carla Carolina! — puxou ela forte e Carla soltou as chaves de vez.  — E agora vamos.


Pegou o cartão do número do carro que o manobrista lhe estendia e saiu puxando Carla para a escada que dava acesso à entrada da boate. Carla olhou para trás e viu o manobrista sumindo com o carro, respirou fundo e olhou para frente, vendo que todas as pessoas que estavam na fila olhavam para elas.

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