Segurança: Por aqui, meninas. — o segurança abriu a passagem dos Vips para elas e Carla olhou para Sarah. Aquilo não acontecia muitas vezes na vida, ainda mais na boate mais badalada da cidade.
Sarah: Viu, é isso o que acontece quando se chega com uma Ferrari. — piscou para a amiga e a puxou para as escadas que dava acesso a boate.
Carla: Sar... — nem teve tempo de falar já que antes mesmo de terminar o nome da amiga já estava dentro da boate onde o som alto chegava a machucar os ouvidos.— Sarah! — gritou no ouvido da amiga que sorria vendo aquela multidão dançando.
Sarah: Que foi? — gritou de volta para ela. Era naquele tom o único meio de se falar ali.
Carla: Eu vou te matar!
Sarah: Vamos nos divertir! — berrou enquanto puxava Carla até o bar do local. — Duas tequilas duplas, por favor. — pediu ao barman. Carla olhou para a loira não entendendo nada, ainda mais porque Sarah sabia que ela não bebia.
Carla: Vamos embora!
Sarah: Por quê? A festa apenas começou!
Carla: Você tem namorado! — gritou mais forte ainda, tentando faze-lá lembrar de Luan.
Sarah: E você também! — deu um sorriso enorme para a Carla e assim pegou as duas bebidas que o barman estava segurando.
Carla: Louca! — começou a rir e pegou a bebida da mão de Sarah.
Sarah: Aos nossos namorados que estão ralando de trabalhar e nos duas aqui, se divertindo! — brindou com Carla e assim caíram na gargalhada.
Carla: Eca! — fez cara feia assim que virou a dose de tequila, como Sarah.
Sarah: Sua criança!
Carla: É você! — abraçou a loira que começou a rir.
Sarah: Vamos dançar pitchuca da tia Sarah. — puxou Carla para a pista lotada, onde todos se espremiam em busca de um metro quadrado para dançar ou talvez apenas se divertir, assim como aquelas duas loucas.
Carla sabia que todos estavam olhando, que estavam fotografando e o pior, filmando. Sabia que poderia estar encrencada por estar em uma boate com Sarah, sendo que seu namorado deve estar nesse momento em um avião voltando para o Brasil. Mas já que estava ali queria aproveitar, queria curtir com Sarah todos os momentos que tinham perdido enquanto estavam brigadas.
Naquele momento a única coisa que queria era voltar a ser a Carla de antes, uma que não era reconhecida, que não aparecia nas capas de revistas como a mulher mais sortuda do ano. Gostava de música, de festa, de multidão, de luzes, de todos a olhando. E agora sabia que era isso que faltava em sua vida. E não importava se estaria ou não sendo mal falada nas revistas de amanhã, se estariam questionando sua roupa, o sapato, o cabelo, o corpo ou o seu caráter. Estava sendo a Carla de sempre, a que todos conheciam, mas que não era conhecida.
Sarah: Para quem não queria vir até que ela está bem animadinha! — comentou para Adriana que estava ao seu lado junto de mais três meninas da agência, entre elas Daniela e mais alguns modelos também, vendo Carla dançar ao som de uma música agitada.
Adriana: Fazia tempo que não a via nessas nossas festinhas. — olhou para Sarah que sorriu.
Daniela: Nem sabemos o porquê. — revirou os olhos, irritada.
Carla: Que foi que todos estão me olhando? — chegou à mesa e Sarah e Adriana a sorriram para ela.
Adriana: Estava comentando que você tem andado sumida de nossas festinhas. — sorriu. — — Você e Sarah eram a que mais aproveitavam.
Sarah: Agora somos moças de família Dri, temos namorados e temos que cuidar deles para nenhuma baranga cair matando em cima. — olhou para Carla sorrindo.
Carla bebia uma dose fraca de alguma coisa a base de morango com alguma coisa alcoólica. O que ela estava fazendo bebendo se nem bebia? Começou a rir e olhou para Daniela que estava com um bico enorme.
Carla: Caiem matando mesmo! — reforçou o que a loira disse ainda mirando Daniela que bufou.
Adriana: Fazem bem! Badalação somente para as solteiras!
Carla: Mas uma festinha de vez em quando não faz mal a ninguém, não é?
Sarah: Eu tenho que fugir escondida baby! O Luan não gosta de nada disso! — revirou os olhos. Carla riu e sentou do lado de Sarah. — Por isso que eu digo que você é a pessoa mais sortuda do mundo.
Carla: Eu nunca vi o Arthur me convidando para ir a algum lugar que não seja um restaurante com música ao vivo.
Sarah: Ah! — olhou para ela e assim começaram a rir.
Ficaram ali na mesa por horas e mais horas, conversando sobre diversos assuntos, desde trabalho até as besteiras que sempre Sarah era a primeira a soltar sobre a vida sexual de todos ali presentes.
Carla já estava cansando da música alta e dos assuntos variados ali da mesa, então pegou sua bolsa para pegar o espelho que tinha ali e esbarrou em seu celular que estava piscando, pegou para ver as horas e quase teve uma sincope quando viu que já era quatro e quarenta e cinco da manhã.
Tinha quinze minutos para ir buscar Arthur no aeroporto. Quinze. Deus do Céu e da Terra! Como tinha esquecido as horas assim? Arthur ia picá-lá em pedacinhos! Viu que o celular estava piscando, pois tinha duas ligações perdidas dele. Era a sua morte! A morte! Conseguia ver a tão falada luz!
Levantou da mesa rapidamente, despedindo-se de todos na maior pressa e saiu puxando Sarah pela mão, está que não entendeu absolutamente nada. Foi correndo até o estacionamento ainda puxando Sarah pela mão, jogou na bancada do manobrista o cartão do número do carro, uma nota bem alta de dinheiro que daria provavelmente para pagar mais três vezes o valor e pegou a chave no painel onde estava pendurada e assim correu novamente até o carro, jogando sua bolsa, os sapatos e Sarah no banco do passageiro.
Sarah: O que está acontecendo? — gritou desesperada assim que viu Carla acelerando pelas ruas vazias a exatos duzentos e cinquenta por hora.— Carla, Carolina — berrou mais uma vez a vendo passar pelo meio de dois carros que iam lentos pela velocidade dela.
Estava ficando zonza por Carla entrando em ruas que não fazia ideia da onde iria dar. Ela não tinha dito que não sabia dirigir aquela droga de carro? Fechou os olhos e somente os abriu assim que sentiu o carro parar em qualquer lugar do mundo. Olhou para o lado e Carla já estava do lado de fora, correndo. Desceu rapidamente e saiu correndo atrás dela ela que já estava entrando no saguão do aeroporto.
Sarah: Carla o que a gente tá fazen... — parou de falar quando viu a amiga pulando em cima de Arthur. — Está explicado. — revirou os olhos vendo os dois já se beijando.
Não acreditava que a amiga tinha a tirado de uma das festas mais incríveis que foi em sua vida, apenas por que tinha esquecido o namorado.
Carla: Que saudades bebê. — disse enquanto o abraçava quase o sufocando.
Se pudesse ficaria abraçando ele daquele jeito para o resto de suas vidas, mas sabia do jeito que estava o abraçando, ele cairia duro dali a cinco minutos.
Carla: Te amo, te amo, te amo, te amo, te amo, muito. — prendeu o rosto dele em suas mãos e o beijou novamente. Sarah que estava atrás dos dois começou a rir de tanta melação, mas logo se lembrou que com ela e Luan era bem pior.
Arthur: Eu também te amo. — sorriu para Carla que ainda o abraçava forte, forte até demais. — Carlinha me aperta um pouco mais fraco? Está faltando o ar. — olhou para ela que começou a rir e soltou o pescoço dele.
Carla: Ai minha vida, meu bebê, meu amor, que saudades. — começou a beijar ele de novo.
Sarah: Hey! Vamos parar por aqui ok? — tirou a mão de Arthur da cintura de Carla e puxou ela do colo de Arthur. — Como podem ficar se agarrando desse jeito cinco da manhã? — olhou para os dois como se fosse a pessoa mais correta do mundo.
Carla: Sarah Caroline vai procurar seu namorado que deve estar por ai vai beata.
Sarah: Está me expulsando é? Defenda sua cunhada Arthur. — cruzou os braços enquanto olhava para ele que ria da briguinha infantil das duas.
Arthur: Sarah Caroline? — Perguntou sugestivamente.
Sarah: Sim! O meu é Caroline e da Carla é Carolina. Sabia que nós nos tornamos amigas por causa dos nossos nomes parecidos?
Arthur: Parece filme clichê — Revirou os olhos sorrindo.
Sarah: Cunhado, você sabe do meu Lulu lindo?
Arthur: Eu preciso mesmo responder isso? — olhou para Sarah que lhe mostrou a língua.
Sarah: Seu mal educado! — brincou e assim os três começaram a rir. — Bom, já que ninguém me fala onde meu namorado foi parar eu vou ligar para ele. E ah! Cuida da Carla porque ela está bêbada, bebeu a noite inteira na festa da Elite. E quase que se atrasou para vir te buscar. Até mais pombinhos. — saiu jogando beijinhos para os dois que permaneciam chocados.
Arthur por Carla ter bebido e quase o esquecido no aeroporto e Carla, bom... Carla estava chocada por sua melhor amiga ter contado para Arthur. Iria matar Sarah depois dessa.
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Arthur: O Piloto 🏎
FanficSinopse : Fórmula 1. Um mundo tão exclusivo, seletivo, luxuoso e nobre para poucos abastados e suas escuderias. Um mundo onde mulheres eram meras coadjuvantes. Para Arthur Picoli, o atual tri campeão mundial e queridinho do mundo, as corridas eram...