Arthur: O Piloto 🏎

Capítulo 45 :

Sarah: O quê? What's? Como!? — simplesmente berrou no meio do restaurante em que ela e Carla estavam jantando.

Carla fechou os olhos, desejando ser teletransportada para um lugar bem longe de Sarah e seus escândalos. As pessoas olharam para as duas e Carla se arrependeu de ter contado sobre sua noite anterior para a amiga.

Carla: Cala a boca Sarah! — murmurou, corada de vergonha e a loira arrumou a postura, enquanto colocava na boca um tomate cereja. Estavam em um restaurante bem light e Carla se sentiu feliz por aquilo, pois queria algo bem natural após tantas calorias ingeridas nos últimos dias.

Sarah: Não importa... Mas Carlinha, falando muito sério agora, você está gostando dele não é? — abriu um sorriso enorme e Carla respirou fundo, exausta pelos últimos dias, pela sessão de fotos de hoje e também pela conversa com Sarah. Queria sua cama, apenas!

Carla: Não... Não sei. É claro que eu gosto de ficar com ele, gosto do jeito que ele me trata e ele é ele, não tem ninguém quem resista. Mas ficou bem claro que é uma coisa sem compromisso e com isso eu tenho medo de acabar me apegando, me apaixonando e ele agir como se isso não fosse nada. No fundo, eu sei que sinto algo por ele, mas tenho muito medo.

Sarah: Medo de que mulher?

Carla: De me machucar acreditando que podemos ter algo e eu não passar de mais um dos vários casos que ele tem. Ele deixou bem claro que vamos viver sem complicações e para mim isso significa que vamos ficar juntos quando der vontade, quando ele cansar das outras que ele deve viver na mesma condição. Eu tenho medo de confundir as coisas, me deixar levar pela história que na minha cabeça pode dar certo e acabar machucada e sem ele.

Sarah: Você é muito, muito estranha! Olha o Deus grego com quem você está. Pelo amor de Deus, Carla! Somente você não percebe que ele está caidinho por você?

Carla: Mas Sarah...

Sarah: Se ele quisesse te chutar, já teria chutado há muito tempo. — revirou os olhos e Carla deu um sorriso de canto. Ela tinha cumprido sua parte como amiga, restava apenas Carla entender o que estava acontecendo e não querer dar um passo maior que a perna.

Carla: E você e o Luan?

Sarah: Vou conhecer a família dele no final de semana que vem. — disse sorrindo e com os olhos brilhando. Carla sorriu ao ver a amiga daquele jeito, já estava passando da hora dela dar um jeito em sua vida.

Carla: Fico feliz por você Sarah. Você sabe que eu não me dou muito bem com o Viana, mas eu quero sua felicidade. Sei que está feliz com ele e não tem ideia de como estou feliz por isso.

Sarah: Você é a melhor amiga do mundo, sabia?

Carla: É lógico que eu sabia. — piscou e segurou a mão da amiga. Não havia pessoa mais especial no mundo que aquela loira escandalosa.

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Em Budapeste Arthur estava trancafiado na reunião com os engenheiros há mais de duas horas e via a noite iluminada pela parede de vidro do andar mais alto do edifício onde estavam hospedados. A velocidade, freios, aerodinâmica, curvas abertas e fechadas do circuito estavam sendo discutidas e ele tentava com toda sua boa vontade prestar atenção em Piero, mas era difícil, pois estava morrendo de sono, devido ao fuso horário e a chatice de ficar preso em uma sala de reuniões a horas, mas com certeza a outra coisa que o preocupava muito mais que as curvas perigosas da Hungria era Carla Diaz. Balançou a cabeça novamente, tentando pela milésima vez afastar a loirinha que estava do outro lado do mundo, fazendo sabe-se lá o que de sua cabeça.

Respirou fundo e tentou se concentrar, afinal ele tinha que ser profissional e realizar seu trabalho com perfeição e isso significa que tinha que ganhar com a ajuda de todos aqueles homens que estavam presentes na sala. Tinha que se concentrar e respeitar aquelas pessoas que davam duro para o ver no alto do pódio e fazer de tudo para chegar lá. Infelizmente pensar em Carla não o ajudaria em nada.

Boninho: Arthur, será que você pode pelo menos demonstrar que está prestando atenção? — sussurrou para Arthur depois de lhe dar um cutucão.

Arthur: Desculpa. — falou baixo e olhou agora para o diretor da escuderia e tentou mais uma vez prestar atenção. Aproximadamente vinte minutos depois a reunião foi encerrada e ele pode se levantar, esticando as pernas.

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