Arthur: O Piloto 🏎

Capítulo 158 :

Carla que naquele exato momento estava se perguntando porque tudo aquilo com ela? Por que tinha que ser assim? Porque os dois não poderiam ser pessoas normais, longe das câmaras, um casal normal como todos? Tudo seria tão fácil... Não conseguia olhar nos olhos dele sem chorar, sem ter ganas de começar a bater nela própria. Como tudo era tão perfeito e acabou daquele jeito?

Ambos se olhavam sem saber o que dizer, apenas deixavam as lágrimas escorrer pelo rosto. Mas sabiam muito bem que aquela poderia ser a última vez que se veriam como casal, como duas pessoas apaixonadas, como se conheceram, como Carla e Arthur. Ou como Carthur como Thaís os chamavam. Tudo seria diferente dali em diante.

Desabou de vez quando sentiu os braços de Arthur contornando ela, pode sentir o calor dele novamente. Era bom, confortante. Aquele abraço carinhoso e perfeito que somente ele sabia dar. Mas podia sentir o amargo gosto da despedida.

Arthur: Por que? — segurou o rosto dela, a obrigando a olhá-lo. Ainda assim, Carla conseguiu desviar. — Por que está fazendo isso Carla?

Carla: É o melhor acredite.

Arthur: Melhor? — soltou o rosto dela e deu uma risada irônica. — Tem ideia do que está fazendo comigo?

Carla: Me desculpe... — abaixou o rosto e limpou as lágrimas. Impossível. — Eu não queria que tudo acabasse assim... Não desse jeito.

Arthur: Mas eu não quero que acabe. — pegou a mão dela e a beijou e então olhou para Carla, está pode ver o desespero brilhando.

Carla: É o melhor que podemos fazer Arthur. Antes que tudo fique pior e se torne ainda mais doloroso.

Arthur: Mais doloroso que isso?

Carla: Foi perfeito Arthur... Mas enquanto durou. Vamos guardar boas lembranças e...

Arthur: Para com esse papinho Carla! Isso não é novela! Olha para nós dois, estamos sofrendo, eu não quero perder você... Nunca. Por favor, não faz isso comigo nem com você. Isso tudo é somente uma fase. Uma fase muito ruim. — segurou os braços dela e a sacudiu um pouco, obrigando-a a olhá-lo.

Carla: Para que? — deu um sorriso sarcástico. — Para voltarmos para nossa vidinha perfeita, com suas viagens, meu trabalho tão odiado por você, nosso puro romance enquanto tentamos manter tudo em equilíbrio? — deu outro sorriso para ele, ainda que as lágrimas caíssem automaticamente por seu rosto. — Não quero Arthur. Eu cansei de tudo. Você leu a carta, sabe tudo o que eu senti durante esses meses. Eu tentei, eu juro. Mas não dá, essa não é minha vida, estou vivendo em uma farsa.

Arthur: Então... Acabou o amor?

Carla: Não. — suspirou e virou para frente, mirando a noite escura à sua frente. — Eu ainda te amo.

Arthur: Então por que isso Carla? Vamos esquecer tudo isso que aconteceu. — pegou novamente as mãos dela e as beijou.

Carla: Eu não quero voltar com você para Milão e daqui um mês estar de volta, porque eu sei que vai acontecer isto. — deu um sorriso triste e então virou para ele. — Esses meses foram a melhor coisa que aconteceu em toda a minha vida, espero que para você também. Vamos deixar somente as lembranças boas Arthur. Não quero pensar na possibilidade de acabarmos nos odiando. Vamos ficar assim, por favor.

Arthur: Será que você não entende que eu não sei mais viver sem você? Eu não sei mais viver sem seu sorriso, sem sua voz, seu cheiro, seus gritos, suas loucuras. Por favor, não faz isso comigo. — começou a chorar na frente dela, nem se importando com nada. Apenas queria sua Carla de volta, somente isso. — O que eu tenho que fazer para te convencer Carla? Por favor...