Capítulo 61 :

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Carla: Quero ir para casa. — deu um sorrisinho fofo para ele, por mais que o jantar com Beatriz ainda não saísse de sua cabeça.

Arthur: Eu te levo. — pegou a mão dela que ainda terminava de tirar o macacão e Carla para variar quase se estabacou no chão. — Equilíbrio mil hein?

Carla: Creio que não sou nenhum piloto de Fórmula 1. — revirou os olhos, mas logo começou a rir da cara dele. — Que foi?

Arthur: Criança.

Carla: Vamos logo. — puxou ele para o portão de saída do kartódromo.

Não saíram dali sem antes ele ter que dar autógrafos, fotos e dar beijinhos em crianças e adolescentes assanhadas, dessa última parte a Carla não gostou nenhum pouco.

Arthur parou o carro nada chamativo dele três casas antes da de Carla, desistiu da ideia quando Carla se jogou no assoalho do carro dizendo que era a casa da amiga de sua avó e ele já sabia muito bem o que aconteceria se mais alguém descobrisse. Arthur revirou os olhos e parou seu carro na esquina da rua dela.

Arthur: Pronto senhorita fantasma. — revirou os olhos enquanto tirava o cinto de segurança e virava de frente para ela.

Carla: Não começa. — sorriu. — E meu carro? — arregalou os olhos ao se lembrar que com a surpresa de Arthur acabou saindo da agência com ele e não com seu carro! Sua mãe poderia não perceber mais sua avó tinha a visto saindo com o carro pela manhã.

Arthur: É mesmo... — ficou parado pensando. — Me dá a chave, eu busco e você dá uma desculpa na sua casa.

Carla: Você vai matar meu carro! — suspirou ao imaginar Arthur dirigindo seu carro.

Arthur: Se ele não colaborar, pode ter certeza que sim. — sorriu para ela, que revirou os olhos e cruzou os braços. — É brincadeira, me dá a chave e me fala como ele é. Em duas horas ele estará aqui. — deu uma piscada e Carla o olhou, temerosa. Ele respirou fundo e vendo que ela não teria reação, puxou para cima, pegando a chave do carro que estava no bolso da calça dela.

Carla: Arthur! — berrou, assustada com ele. — Que isso? — olhou para ele que brincava com seu chaveiro de bonequinha cor de rosa. — Por favor, não maltrate meu carrinho. — juntou as mãos e fez uma carinha fofa, que ele ao ver abriu um sorriso no mesmo segundo. — Ele está dentro do estacionamento da Elite, é um fusquinha vermelho. — falou calmamente vendo-o assentir, até a parte que falou o modelo do seu carro.

Arthur: O que? Você tem um fusca? Isso ainda existe? — arregalou os olhos completamente chocado e ela cruzou os braços, irritada.

Carla: O que você tem contra carros velhos?

Arthur: Nada, desde que eles não apresentem risco a sua saúde. — deu de ombros e girou mais uma vez a chave em seu dedo.

Carla: Talvez eu seja retrô. — ironizou e ele a olhou, achando graça daquele comportamento abusado.

Arthur: Esteja pronta às oito, ok? Passo aqui para te buscar.

Carla: Tenho outra saída?

Arthur: Nenhuma! Até mais tarde. — inclinou-se para cima dela e lhe deu um beijo nos lábios.

Deus! Com certeza ele um dia a deixaria louca com aquele modo de beijar, aquela pegada, aquele jeito meio grosso, fofo e engraçado dele. Como ele podia ser tudo isso em uma pessoa só? Estava ficando louca por ele.

Arthur: Prometo que vou cuidar bem do seu carro, bem até demais. — deu um sorrisinho meio estranho que fez Carla ter se arrependido de ter pronunciado que tinha esquecido seu carro na frente dele.

Carla: Seja lá o que Deus quiser. — fez uma cara torturante e pulou para fora do carro. — Até mais tarde.

Arthur: Até. — piscou para Carla que foi caminhando para sua casa. Depois de vê-la entrar em casa ligou para Boninho pedindo para ir até a agência pegar o carro de Carla enquanto ele iria fazer uma surpresinha para a sua loirinha.

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Faltava um minuto para o horário que Arthur tinha marcado com ela, quando ela finalmente estava pronta. Ainda morrendo de dúvidas com suas roupas para aquele jantar. O que seria bom o bastante para impressionar Beatriz?

Estava com uma calça azul e branca xadrez combinando perfeitamente com a camiseta branca delicada e nos pés uma sandália de salto marrom de tiras.

Estava com uma calça azul e branca xadrez combinando perfeitamente com a camiseta branca delicada e nos pés uma sandália de salto marrom de tiras

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Naquele momento quis ter Sarah ali ao seu lado para ajudá-la naquela tarefa difícil, com a amiga ali ela com certeza não estaria naquele dilema.

Ao mesmo tempo em que queria agradar Beatriz queria ser ela mesma e ser ela mesma com certeza não iria agradar nenhum pouco Beatriz. Por que tudo era tão difícil? Retocou o batom pela milésima vez e agora um pouco mais confiante, olhou-se pela última vez no espelho e saiu do quarto quase correndo para não cair na tentação de trocar de roupa mais uma vez. Desceu a escada correndo, torcendo para tropeçar e torcer o pé, isso seria uma ótima desculpa para não ir nesse jantar!

Mara: Já sei! Vai sair! — gargalhou olhando a filha parada na ponta da escada.

Carla: Acertou! — sorriu. — Não demoro, está bem?

Mara: Manda um beijinho para meu genro.

Carla: Tá mãe, tá! — revirou os olhos e continuou caminhando para a porta da sala. — Cadê a vovó?

Mara: Jogando baralho.

Carla: Tchau. — saiu de casa ainda pensando se essa seria a roupa certa mesmo.

Estranhou quando viu na garagem apenas um carro, o de sua mãe. Cadê seu carro? Arthur não tinha prometido buscar seu carro e depois trazer para ela? O que ele tinha aprontado meu Deus? Foi caminhando em passos apressados para onde ele sempre ficava a esperando, umas cinco casas depois da sua e meio longe da casa da amiga de sua avó. Ele estava lá, encostado na lateral do carro mexendo no celular dele. Lindo e perfeito como sempre. Vestindo assim como ela uma calça quadriculada cinza que deixava as coxas dele deliciosamente marcadas e uma camisa de manga na cor branca.

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Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora