Arthur: Você se ofendeu? — franziu a testa e Carla sorriu.Carla: Obrigada pela sinceridade. — esticou seu dedo fazendo um joia para ele que riu, aliviado por ela não ter se ofendido. — Mas por que você não toma? Acho que é a primeira pessoa que eu conheço que não gosta.
Arthur: Não posso tomar. — deu de ombros e ela fechou os olhos e deu um longo gole.
Carla: Não sabe o que está perdendo! — disse assim que engoliu o líquido. — Não quer nem um pouquinho? — colocou novamente na frente dele, dessa vez muito mais perto e ele começou a rir da insistência dela.
Arthur: Quer que eu perca meu emprego é? Deus me livre de ter que correr na Formula Indy. — se benzeu novamente e Carla fez uma careta.
Carla: O que é isso? — ela abriu um sorrisão e com toda sua simpatia perguntou, o que fez com que ele desse risada. Não era por mal, mas sim porque ela não sabia e não tinha vergonha de falar isso. Estava sempre disposta a aprender, por mais que não gostasse. — Não ria de mim, eu só não sei nada de corridas. — coçou sua nuca e ele sorriu.
Arthur: Isso eu já percebi. — assentiu ainda rindo e Carla cruzou os braços, fazendo um beicinho.
Carla: Eu vou te bater se não parar de rir, já bastou meus primos quando meu avô estava nas corridas eles riam de mim porque eu nunca entendia nada. — ao se lembrar de sua infância, seu coração se apertou e um sorriso bobo surgiu em seu rosto. Tinha muitas saudades daquele tempo que nunca mais voltará. Seu pai e seu avô ainda vivos, o sorriso no rosto de todos naquela casa. Hoje nada disso mais é igual.
Arthur: Você falou corridas do seu avô? — olhou surpreso para ela que assentiu.
Carla: É. Meu avô corria também, não na Formula 1, naquela de carros normais sabe? — tentou explicar para ele que ria da dificuldade dela com carros, não sabia nem ao menos o nome da categoria de carros que o avô fazia parte. — Por causa disso meu avô morreu. —!comentou com rancor ao se lembrar do final trágico do seu avô.
Ele sempre dizia que queria morrer onde mais gostava, ou seja, as pistas. Foi isso mesmo que aconteceu, ainda era uma criança, mas se lembra como se fosse hoje, a cena do carro capotando quatro vezes no ar, para cair todo amassado em um canto da pista. Naquele dia, foi a primeira vez que ela viu sua Avó Helena chorar e era um dia que ela gostaria nunca ter vivido, por mais criança que fosse, estava intacto em sua memória.
Arthur: Como era o nome dele? — ao ver os olhos dela com lágrimas tristes, ele tentou fazer o clima voltar ao normal.
Carla: Otávio Diaz.
Arthur: Não acredito! — um tanto boquiaberto, ele disse e Carla se assustou. — Seu avô corria muito Carla! Lembro que tinham propostas para ele ir para a Fórmula 1, mas ele disse que não era a dele.
Carla: Sério? — franziu a testa, não se recordando daquilo.
Arthur: Pai! — gritou pelo senhor que estava vendo o jogo de sinuca dos outros.
José veio até os dois sorrindo, gostava muito de Carla e ao contrario de Beatriz queria que o filho fosse feliz com quem ele escolher, seja lá Carla ou qualquer outra.
José: Olá! — educadamente ele se colocou na frente dos dois jovens.
Arthur: Pai lembra do Otávio Diaz?
José: Otavio... Otavio... Ah, claro que lembro. Ele era um dos melhores pilotos da Nascar.
Arthur: Ele era avô da Carla. — apontou para Carla que estava ainda um tanto aturdida por saber que seu avô era tudo aquilo que estavam falando.
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Arthur: O Piloto 🏎
Hayran KurguSinopse : Fórmula 1. Um mundo tão exclusivo, seletivo, luxuoso e nobre para poucos abastados e suas escuderias. Um mundo onde mulheres eram meras coadjuvantes. Para Arthur Picoli, o atual tri campeão mundial e queridinho do mundo, as corridas eram...