Carla: Existem carros bem mais baratos que me deixariam segura do mesmo modo.Arthur: Você é teimosa. — gargalhou e puxou Carla pela cintura lhe dando um beijo.
Carla: Não adianta ficar me dando beijos Arthur. — cruzou os braços e fitou o novamente tentando parecer brava. Não estava desmerecendo o presente de Arthur, ao contrario, sempre foi um sonho ter um carro como esse, mas apenas não podia aceitar por motivos óbvios.
Arthur: Você está sendo infantil Carla. O que custa aceitar e ficar quieta? É um presente, não estou pedindo nada em troca. Bom, eu acho que uns beijinhos e...
Carla: Chega Arthur. — mirou-o brava novamente e ele começou a rir. Ela revirou os olhos e continuou quieta.
Arthur: Chega nada! Eu estou zelando pela sua segurança e você ainda reclama? Se você não aceitar o carro eu te enfio dentro dele e te obrigo me entendeu? — tentou parecer bravo, mas Carla olhou para ele levantando uma sobrancelha e riu ironicamente.
Carla: Nunca meu amor. Sou maior de idade, vacinada e dona do meu próprio nariz. Se nem minha mãe manda mais em mim, o que dizer de você? — gargalhou alto da cara de besta que Arthur ficou.
Arthur: Você está ficando muito mal educada. — fez uma cara feia para ela que começou a rir mais ainda. — Mas agora é sério, Carlinha... Poxa, eu fiquei a tarde inteira procurando esse carro. Foi difícil, viu. O que custa você fazer a minha vontade e aceitar? — fez cara de cachorro que caiu da mudança e Carla o olhou desconfiada.
Carla: Me diga uma coisa... — ele a olhou atentamente. — O que vou dizer para minha família quando chegar em casa com esse carro ao invés do meu fusquinha vermelho que ganhei há séculos do meu pai? Olha mamãe e vovó eu ganhei da rifa da igreja? — ironizou.
Arthur: Então é por isso que você ama tanto aquele carro? Por causa do seu pai? — olhou para ela que deu um sorriso triste de canto de boca.
Carla: Para você eu sei que não faz sentido, porque correr é tudo. Mas para mim o meu carro tem um valor sentimental e não importa que ele seja velho e que não corra muito. Eu gosto dele daquele jeito e é a única coisa que eu tenho do meu pai. Então por favor... — olhou para ele suplicante.
Arthur estava parado tentando processar tudo o que Carla disse, realmente ela era uma mulher totalmente imprevisível e indescritivelmente maravilhosa.
Carla: Não fica bravo, por favor. Eu não estou desmerecendo seu presente, eu adorei, sério. Mas agora não é a melhor hora para você me dá-lo.
Arthur: Eu entendo e me desculpe por ter feito isso sem a sua autorização. Eu só queria fazer uma surpresa. — deu um sorriso de canto para ela que alisou seu cabelo. — E agora eu tenho certeza que você é a pessoa mais incrível que eu já conheci em toda a minha vida.
Carla: Eu estou com você porque eu gosto de você, gosto de ficar junto contigo e não porque você é o piloto mais conhecido do mundo, milionário e desejado por muitas. Eu gosto do Thur que está bem na minha frente. Alegre, sorridente, simpático e engraçado e não do Arthur Picoli que você se transforma quando a data de ir correr se aproxima. Você sabe que eu nunca gostei de você... — ele arregalou os olhos e Carla sorriu, alisando agora as bochechas dele. — Nem do mundo onde você está acostumado a viver... E tive que engolir tudo para estar do seu lado. É isso que você fez do carro foi tentar me jogar para o seu mundo. O da velocidade e do luxo. E eu pelo menos agora, não quero entrar nele. — sorriu para ele que estava sem palavras novamente. — Mas muito obrigada pelo presente. Eu gostei só que agora não é necessário.
Carla não obteve resposta alguma. Pelo menos não falada. Arthur a puxou pela cintura e lhe deu mais um daquele beijo dele. Odiava ficar parecendo uma marionete nas mãos dele, uma adolescente boba cheia de tremeliques e com o coração acelerado.
Arthur: Chega de falar de carros. Vamos subir. — puxou ela pela mão em direção ao elevador novamente. — Agora você me surpreendeu.
Carla: Por quê? — o olhou curiosa.
Arthur: Pela primeira vez desde que você vem no meu apartamento não fica reclamando que tem que ir embora porque sua mãe está te esperando. — começou a rir novamente. Era impressão ou ele estava muito, muito feliz?
Carla: Ah, eu avisei ela que ia sair e demorar um tempinho para voltar. — piscou maliciosamente para ele que voltou a rir. — Queria ser feliz como você está hoje.
Arthur: Com uma loirinha dessas do meu lado, quem não ficaria de bom humor? — abraçou Carla pela cintura que começou a rir das besteiras que ele falava.
Carla: Bobo. — riu e voltou a beijá-lo.
Chegaram ao apartamento dele trombando em tudo quanto era lugar. Bateram na mesinha do telefone e derrubaram um vaso de vidro, na escada tropeçaram milhares de vezes, mas seguiram em frente, tropeçaram mais uma vez no tapete do corredor até chegar ao quarto e literalmente se jogaram na cama.
Ele a puxou mais pra si pelas pernas fazendo com que seu corpo se encaixasse perfeitamente no dela e assim ela podia senti-lo mais fundo, um gemido mais alto escapou da garganta dela quando essa começou a se agarrar mais a ele indicando assim que estava próxima.
Aos poucos ele foi deixando os movimentos mais lentos, queria prolongar isso ao máximo que pudesse, Carla soltou um gemido frustrado e franziu as sobrancelhas apertando os dois olhos que se mantinham fechados. Sentiu quando ele aumentou novamente os movimentos fazendo ela gemer satisfeita e se agarrar a ele novamente logo deixando que sua liberação viesse sendo seguida pela dele.
Amaram- se por horas, sentindo todo aquele fervor da paixão que lhe dominava por completo. Aquietaram-se quando o sol já invadia o horizonte. Carla dormiu rapidamente e Arthur ficou observando-a. As feições leves e angelicais, a briga dela com os fios de cabelos ue caia toda hora em seus olhos e o semblante calmo e engraçado. Como alguém podia mexer tanto com ele? O deixar todo besta por tudo que saia da boca dela? Como ela conseguia o fazer esquecer de todos os problemas que tinha em sua vida?
Ficou mexendo no cabelo dela até finalmente o sono vir e sabia que já era bem tarde... Ou bem cedo já que ouviu Joana chegando no apartamento junto com uma outra mulher que fazia a limpeza da casa.
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Arthur: O Piloto 🏎
FanficSinopse : Fórmula 1. Um mundo tão exclusivo, seletivo, luxuoso e nobre para poucos abastados e suas escuderias. Um mundo onde mulheres eram meras coadjuvantes. Para Arthur Picoli, o atual tri campeão mundial e queridinho do mundo, as corridas eram...