Capítulo 90 :

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Carla : Claro. — deu mais um sorriso, vendo a loira sentando educadamente a sua frente.


Sophia: Está tudo bem com você?


Carla: Tudo ótimo e com você?


Sophia: Está tudo perfeito! — sorriu. — Oh, fiquei tão assustada com o que aconteceu segunda feira.


Carla: Ah... Acho que tenho que pedir desculpas, não imaginava que aquilo aconteceria. — — mordeu uma batata e viu a loira apenas assentindo.


Sophia: Não se preocupe com isso, a culpa não é sua. O Arthur não gosta do Luan, por isso deu aquele ataque. Ele só quer te ver longe das encrencas dos dois. — — revirou os olhos e Carla assentiu e deu uma mordida em seu lanche.  — Estou chocada de ver você comendo essa coisa. — apontou para o hambúrguer e Carla esticou o lanche para ela. — Não obrigada, faz anos que não como essas coisas. Sou vegetariana.


Carla: Nossa, meus parabéns. Eu não vivo sem carne.  — deu mais uma mordida e Sophia fez uma cara de nojo disfarçada.


Sophia: Não tem medo de engordar?


Carla: Todos nos vamos ficar feias, enrugadas e velhas. Por que não curtir um pouco enquanto temos dentes para mastigar? — deu de ombros e Sophia tentou sorrir, mas o resultado não saiu como o esperado.


Sophia: Belo pensamento. — deu de ombros.


Sophia se perguntou o que Arthur estava fazendo com aquela esquisita. Podia ser arrumadinha e ter uma bela comissão de frente, mas era pobre, comia carne como um canibal e se vestia de um jeito tão estranho que até a empregada de sua casa tinha um closet melhor. Ela não era nada parecida com Arthur.


Carla: Você conhece o Arthur? — olhou para a loira em meio a outra mordida em seu hambúrguer. Sophia desviou os olhos para ela novamente.


Sophia: Mais ou menos. — sorriu levemente. — Sou amiga do Luan e temos alguns conhecidos em comum. Vejo, ele em corridas e em festas, mas ao que parece ele não gosta muito da minha presença.


Carla: É... Percebi. — disse sem pensar muito.


Sophia: Ele te falou alguma coisa sobre mim? — olhou séria para Carla que estava tomando a coca cola pelo canudo.


Carla: Só falou para eu não me aproximar do Luan e de você. — afastou o canudo da boca quando se deu conta que já tinha falado demais. Droga.


Sophia: Ele é seu namorado ou seu pai? — gargalhou.


Carla: As vezes me confundo também. — deu um sorriso sincero para a loira que entendia muito bem esse jeito de Arthur, foi a mesma coisa com ela.


Sophia: Sabe, achei tão estranho essa história de você e a namorada do Viana serem amigas. Os dois são inimigos.


Carla: Ah... — sorriu. — Não tem nada a ver, somos amigas há muito tempo, mesmo antes de conhecer os dois e não é porque os dois são inimigos, que nós também vamos ser.


Sophia: Eu acho que ela e o Luan não combinam em nada. Ele é um tipo digamos que... Exigente. Não sei se os dois vão durar muito tempo.


Carla: Os dois se amam, isso basta.


Sophia: Ah não sei...


Carla: Eu e o Arthur também não temos nada a ver um com o outro. Eu por exemplo não gosto muito de corridas e ele... É piloto. — revirou os olhos.

Sophia olhou para ela querendo descobrir o que Arthur tinha visto naquela menina sem sal e que se quer gostava do que ele fazia.


Carla: E assim mesmo, estamos juntos e nos damos bem.


Sophia: É... Você tem razão. — deu um sorriso falso para ela que terminando de comer. — Já vai embora?


Carla: Vou sim, estou cansada. Passei a tarde inteira aqui com a Sarah.


Sophia: Eu também já estou indo. Vamos?


Carla: Vamos. — levantou da cadeira, pegou sua bolsa e as sacolas e foi caminhando com Sophia pela saída do shopping. Estava quase na porta de saída quando olhou para a vitrine de uma loja de animais e viu um único cachorrinho lá. Um Yorkshire preto e caramelo preto e caramelo e bem pequenininho, filhote ainda. — Ai tadinho. — correu até a vitrine para brincar com o cachorrinho. Sophia revirou os olhos e foi atrás dela.


Sophia: Deixa esse cachorro ai Carla.


Carla: Ele está sozinho, coitado. — olhou novamente para o filhote e decidiu entrar na loja, sendo atendida por uma vendedora sorridente. Sophia revirava os olhos e deu um espirro. — O — O cachorrinho da vitrine está sozinho?

 Vendedora: Sim, os irmãos dele foram vendidos hoje e só sobrou ele

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Vendedora: Sim, os irmãos dele foram vendidos hoje e só sobrou ele. Ele acabou de fazer um mês, é bem provável que vá para alguma feira, ou algo parecido.


Carla: Vou comprá-lo. — deu um sorriso enorme e a vendedora também sorriu. Era contra a venda de animais mais abriu uma exceção para o cachorrinho.
Era contra a venda de animais mais abriu uma exceção para o cachorrinho.


Sophia: Como assim? Deixa esse cachorro ai Carla.


Carla: Ele vai morrer se ficar sozinho. — disse a Sophia que revirou os olhos.


Sophia: E o que você tem a ver com isso?


Carla: A vegetariana daqui não é você? Defenda os animais então. — deu um tapinha no ombro da loira e olhou novamente para a vendedora. — Vou levá-lo.


Vendedora: Vou buscá-lo. — sorriu, saindo de trás do balcão.

Carla saiu de perto de Sophia e foi até onde tinha algumas roupinhas e brinquedos, escolheu algumas roupinhas fofas, brinquedinhos bonitinhos e pratinhos para ração e água, além de uma coleira que achou a coisa mais linda do mundo.


Vendedora: Aqui senhora. — entregou o cachorrinho para Carla.


Carla: Own bebê, tudo bem? — falou com uma voz fofa com o cachorrinho que a cheirava.


Vendedora: Ele está com as vacinas até agora em dia, aqui tem o o cartão de vacinação que tem de ser seguido rigidamente para seu animal ser saudável.


Carla: Tudo bem.


Vendedora: Já tem um nome?


Carla: Não... O pai dele que vai escolher. — sorriu.


Sophia: Você vai dar esse bicho para o Arthur? — apontou para o cachorro que estava no colo de Carla.


Carla: O que tem de mal? — olhou para ela.


Sophia: Li em uma revista que ele não gosta de animais em casa.


Carla: Ele tem uma cadela, Sophia.


Sophia: Em uma casa de praia. — deu um sorriso para Carla Carla que parou na hora, olhando para ela.


Carla: Como sabe?


Sophia: Li na revista. — sorriu.


Saíram da loja com o cachorrinho já na coleira e com sacolas exclusivas dele. Carla despediu-se de Sophia no estacionamento e assim entrou em seu carro, deixando Sophia com uma cara de tacho quando viu o carro que ela tinha. Ela era completamente fora dos padrões!


Colocou o cachorrinho sem nome ainda ao seu lado no banco do passageiro e assim foi direto para sua casa.

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"Se eu ganhar vai ser para você"". Foi o que Arthur disse, horas antes nono telefone antes de correr.


Carla fechou os olhos assim que o narrador anunciou que em breve começaria a corrida. Helena e Mara estavam sentadas no sofá, Carla no tapete ao lado do cachorrinho que dormia, imune ao nervosismo que sua dona passava para todos ali presente.


Helena: Carla está tudo bem, você vai ter um ataque daqui a pouco.  — acariciou o cabelo dela, que roía a unha do dedão.


Carla: E se der alguma coisa errada?


Mara: Carla pelo amor de Deus, ele faz isso há anos.


Carla: Eu estou nervosa. Ele quer muito ganhar hoje, tenho medo do que ele pode fazer.


Helena: Seja lá o que for, ele não é suicida meu amor. Está acostumado.


Carla: Vai começar! — olhou fixamente para a televisão onde passava o grid de largada, onde Arthur estava na primeira posição, seguido de Fernando Alonso e logo depois Luan Viana.


Largaram. Arthur manteve--se na primeira posição, saindo ileso de uma confusão que se sucedeu na largada. Alonso e Viana brigavam feitos malucos pela segunda posição e Carla pode sentir o nervoso que Sarah estava passando na casa de seus pais. Logo começaram as paradas do pit stop e Arthur foi de primeiro para sexto.


Carla: Ai santo Cristo! — passou a mão na testa já toda suada.


Helena: Carlinha você deve estar mais nervosa do que o Arthur. — abraçou a neta que a essa hora já estava no meio da mãe e da avó. — Se acal... — foi interrompida pela campainha. — Ué, quem será?


Mara: Não sei, vou lá ver. — levantou do sofá assim que Helena e Carla deram um grito de felicidade, por Arthur ter ultrapassado um carro e ficando em quinto.


Helena: Essa é dele! — sorriu enquanto Carla batia palminhas, mais animada que a equipe de Arthur que pulava dentro do box, a cada ultrapassagem.


Xxx: Oi vó! — disse uma voz ao lado de Helena, que olhou para onde vinha o som e viu quem menos esperava ver, pelo menos naquele dia. Fernando.


Carla arregalou os olhos e entrou num estado de choque que nem a quarta posição de Arthur a fez sair de seu transe.

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