Capítulo 62 :

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Arthur: Oi loirinha! — olhou para Carla que sorriu. Ele guardou o celular no bolso e praticamente se jogou em cima dela em um abraço de urso que fez Carla estranhar toda aquela felicidade dele. — Está linda, cheirosa, gos... Melhor deixar para lá.

Carla: Eu sei que sou gostosa. — gargalhou, enquanto o segurava pelo rosto.

Existia homem mais cheiroso que aquele? A melhor parte de estar com Arthur, era mesmo quando estava longe, sentir o perfume que ele deixava em suas roupas.

Arthur: Depois eu que sou convencido. — revirou os olhos. — Você está linda, cheirosa e gostosa. — deu um sorrisinho safado para Carla que riu.

Carla: Onde está meu carro? Vai dizer que você o matou? — sentiu seus olhos ficaram úmidos somente de imaginar o que Arthur poderia ter aprontado com o carro.

Arthur: Calminha! Está tudo bem com ele, mas eu tenho uma surpresa.

Carla: Que surpresa? — disse lentamente, tentando se  controlar e não matar ele com suas próprias mãos!

Arthur: Vamos para a casa dos meus pais e depois eu te mostro seu carro.

Carla: Onde ele está?

Arthur: Na minha garagem.

Carla: É sério Arthur, o que você fez com ele? — cruzou os braços e olhou seriamente para Arthur.

Arthur: Nada ué. Agora vamos, ou dona Bia vai comer nos dois no jantar.

Carla: Você está me assustando mais.

Arthur: Desculpa. — puxou ela pela cintura e a beijou, novamente daquele jeito. Carla sentiu que poderia ficar ali até sabe lá Deus quando. Ficar com Arthur era algo inexplicável, somente a presença dele já era algo contagiante. Depois de alguns minutos separaram-se pela falta de fôlego. — Melhor? — sorriu para ela que revirou os olhos.

Carla: Vamos?

Arthur: Vamos. — abriu a porta do carro para ela que sorriu para ele e se acomodou no banco de couro, esperando por ele que dava a volta no carro.

Os vinte e cinco minutos que passaram dentro do carro foram agradáveis, exceto pela velocidade de Arthur que nesse tempo atravessou a cidade inteira indo para um canto mais afastado e bem caro da cidade, tempo que qualquer pessoa sendo ou não lerda que nem ela, leva no mínimo quarenta minutos para chegar. Ele diminuiu a velocidade conforme chegava perto da portaria de um condomínio luxuoso, um bem conhecido no Rio de Janeiro e um dos mais caros do Leblon.

Claro, isso não era de se esperar, pai piloto, filho piloto e mãe socialite, iriam morar aonde mais? Arthur passou rapidamente pela portaria e pisou fundo novamente indo feito um jato entre as ruas cheias de casas belas. Menos de cinco minutos depois parou em frente há uma casa que era literalmente de tirar o fôlego. Santos Deus! Sabia que eles moravam em uma casa grande, mas não uma tão grande e linda. Arthur estacionou seu carro ao lado de incontáveis carros em uma garagem gigante para somente uma garagem e os carros também eram totalmente hipnotizantes.

Assim que ela desceu do carro, pode olhar com atenção para aquela digníssima propriedade. Bem em frente dela, havia um lago enorme, que chamava a atenção ainda mais pela fonte luminosa que ficava no meio dela jorrando água para o alto. Arthur a segurou pela mão e ela pode olhar para a fachada da casa. Era um estilo europeu, com três andares e janelas enormes por todos os lados. Como era possível morar em casas tão grandes e não se perder?

 Como era possível morar em casas tão grandes e não se perder?

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Arthur: Meus pais são um pouquinho exagerados. — sorriu enquanto caminhava com Carla até a porta de entrada.

Carla: Nem tinha percebido. — gargalhou divertida e Arthur abriu a porta de casa e não ouviu nada demais a não ser uma música estranha vindo de algum lugar acima da cabeça dos dois.

Arthur: Você está tão gelada, fica calma, nenhum bicho vai te morder. — a abraçou que mesmo assim não ficou nem um pouquinho mais calma.

Carla: Não começa. — o fuzilou com o olhar.

Thaís: Carlinha! — desceu correndo a escada gritando feito uma louca. — Aaah, pensei que você não viria! — abraçou Carla, que fez uma carinha de dor ao sentir o abraço de urso da garota.

Carla: Ai meu tímpano. — sibilou para Arthur que começou a rir.

Arthur: Eita menina escandalosa.

Thaís: Oi maninho. — piscou para Arthur que riu. — Ainda bem que vocês dois chegaram. Eu estou com fome e não aguento mais ouvir a mamãe ouvindo Mozart no último volume pelo protesto dela.

Arthur: Protesto? Protesto de que? — perguntou para Thaís e logo depois para Carla que parecia não estar entendendo nada, também.

Thaís: Contra o namoro de vocês. — revirou os olhos. Carla olhou para ela brava e Thaís começou a rir.

Arthur: Ê dona Beatriz. — balançou a cabeça rindo. A mãe não tinha jeito mesmo! — Vou lá em cima. Carlinha já volto ok? — disse a ela que fez que sim com a cabeça. — Cuida da sua cunhada Thaís. — piscou para a irmã que sorriu e pulou em cima de Carla novamente.

Carla fingiu que nem escutou e concentrou-se em tentar segurar Thaís o máximo de tempo que conseguia ou se não iriam as duas para o chão e isso seria extremamente constrangedor na primeira visita a casa dos "sogros". Mirou Arthur que já estava no topo da escada provavelmente indo ter uma das milhares de conversinhas com Beatriz.

Carla: Thaís eu vou te derrubar. — gargalhou para a garota que ainda estava pendurada nela.

Thaís: Ah qual é? Estou voltando aos velhos tempos... — saiu de cima de Carla que revirava os olhos brincando com a loirinha.

Carla: Pulando em cima de mim? — cruzou os braços. — Eu mal consigo carregar minha sobrinha de um ano, imagine você Thaís.

Thaís: Me chamando de gorda é? — fez uma carinha feia na brincadeira para Carla.

Carla: Gorda não, mas você é quase do meu tamanho. Como quer que eu te carregue loira? — perguntou, achando graça da cara de confusa que ela fez.

Thaís: Todo mundo é mais alto que você Carla. — deu risada com a cara de brava que Carla fez ao escutar isso.

Carla: Engraçadinha. — murmurou e logo depois passou a mão pelo cabelo dela, se dando conta do quanto gostava daquela garotinha.

José: Que festa é essa e ninguém me chama? — entrou na sala sorrindo para Carla e Thaís que com toda a brincadeira acabaram não percebendo as altas gargalhadas. E ele, que estava no escritório ao lado da sala, tinha ouvido tudo e ficado satisfeito com o carinho que Carla parecia sentir por sua filha.

Thaís: Oi papito. — olhou para o pai que já estava parado em frente às duas.

Carla: Boa noite José. — sorriu um tanto sem jeito pela presença dele ali.

José: Seja bem vinda Carla! — abraçou Carla que sorriu e agradeceu. — Onde está Arthur?

Thaís: Foi tentar acalmar a mamãe. — revirou os olhos ainda ouvindo o barulho infernal agora de uma Ópera ensurdecedora.

José: Só ele mesmo para acalmar a louca da Beatriz. — fez uma careta estranha. — Carla pode ir se acostumando... O povo dessa casa não muda nunca. Bom, eu acho que a Bia não muda nunca. Eu mesmo já desisti dela, é um caso perdido. — deu uma gargalhada vazia.

Carla percebeu que ele falava triste, mesmo com o jeito de Beatriz podia se notar de longe que ele amava a mulher muito e o que ela faz deve deixá-lo triste, muito triste.

Carla: Vou me acostumar. — assentiu e tentou apaziguar a situação estranha que se criou ali.

Thaís: Papi vamos mostrar a casa para a Carla! — agarrou o braço de Carla e começou a pular animada.

José: Boa ideia. Vamos. — foi ao lado de Carla, deixando-a no meio dele e de Thaís.

Começaram o tour pelo térreo, deixando Carla mais uma vez de boca aberta com a decoração perfeita e luxuosa que tinha dentro da casa.

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