Capítulo 51 :

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Carla: Arthur! — murmurou assim que ele a soltou, olhando para aqueles olhos completamente abobada.

Arthur: Oi para você também. — acariciou o rosto dela, afastando uma mecha do cabelo castanho dela.

Carla: O que faz aqui? — olhou para os lados se certificando que ninguém estava o vendo, ela podia ver a sombra de sua mãe e sua avó sentadas jantando.

Arthur: Quis lhe fazer uma surpresa.

Carla: Fazer minha avó ter um ataque cardíaco vai ser uma ótima surpresa! — o mirou com um sorriso um tanto sarcástico. — Arthur pelo amor de Deus!

Arthur: Ah, esqueci que só o Viana pode vir aqui. — revirou os olhos e Carla na mesma hora que ouviu o nome Viana desviou o olhar para a piscina ficando com os olhos cheios de lágrimas. As palavras daquele cara martelaram na sua cabeça novamente. — O que esse imbecil fez para você ficar assim? — olhou para ela que limpou os olhos com a costa da mão rapidamente.

Carla: Nada, ué.

Arthur: Eu posso não te conhecer a muito tempo, mas te conheço muito bem fisicamente e eu já percebi pela sua voz no telefone que alguma coisa tinha acontecido. O que foi?

Carla: Por favor... — suplicou. — Arthur aqui não é o melhor lugar para nós conversarmos, por favor, me entende.

Arthur: Podemos sair?

Carla: Há! Você é tão engraçado. — usou seu sarcasmo novamente e ele revirou os olhos. — Eu já estava indo dormir Arthur.

Arthur: E daí? Está ótima assim! — desceu os olhos para o decote dela que aparecia naquela micro camisola de seda, suas mãos tocaram as duas coxas dela, fazendo com que ela se aproximasse dele. Carla tentou evitar sorrir e tirou as mãos dele dali.

Carla: Você não bate bem, não é possível! Será que você não bateu a cabeça nessa última corrida não? — abaixou a cabeça dele para examinar e Arthur ficou sério e Carla entendeu muito bem o porquê. — Desculpa.

Arthur: Vamos jantar?

Carla: Mas eu já estava jantando...

Arthur: Ah, então tudo bem, eu janto com a sua família. — virou-se em direção da porta que levava ao interior da casa.

Carla: Tente Arthur Picoli. — cruzou os braços e olhou séria para ele que parou de andar e a encarou.

Arthur: Então vamos jantar juntos! — cruzou os braços e ficou na mesma posição que ela.

Carla: Essa sua insistência às vezes não é muito bem vinda.

Arthur: Vamos? — arqueou a sobrancelha e fez uma cara fofa a ela.

Carla: Tenho que me trocar primeiro.

Arthur: Te espero no carro! — abriu um sorriso encantador e deu uma piscada.

Carla: Como você entrou aqui?

Arthur: Acho que aquele portãozinho ali não está muito seguro não. Você tem dez minutos. — disse puxando ela pelo ombro e lhe beijou mais uma vez.

Carla sorriu e correu para dentro de casa enquanto ele caminhava lentamente até o portãozinho na lateral da casa. Ela passou correndo para dentro da casa sorrindo de orelha a orelha com toda aquela loucura. Droga... Ele tinha a procurado, novamente! O que Diabos aquilo significava? Toda aquela adrenalina do encontro e o medo de serem pegos a desviou do real significado. Ele estava ali por ela, sem ter pedido, sem ter motivo algum, estava ali porque queria estar.

Carla passou quase que correndo dentro de casa, sorrindo de orelha a orelha com toda aquela loucura. Todo aquele perigo de serem pegos, toda aquela adrenalina como se aquele encontro fosse a coisa mais proibida do mundo. Helena e Mara a chamaram enquanto ela passava em frente da cozinha. Subiu correndo para seu quarto com o coração na boca, fazendo uma bagunça enorme em seu guarda roupa que Arthur se surpreenderia e sairia correndo se visse o quanto era desorganizada.

O tempo lhe permitiu vestir apenas um vestido branco de cetim  com elástico na lateral  e um saltinho
vermelho, se maquiou da melhor forma que pode e deixou o cabelo como estava, ainda meio úmido do banho, pegou sua bolsa e saiu correndo pela escada. Mara e Helena estavam na sala quando ela passou afoita.

Mara: Onde pensa que vai? — gritou antes que ela saísse

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Mara: Onde pensa que vai? — gritou antes que ela saísse.

Carla: Sair com uns amigos. — Disse e logo em seguida bateu a porta, fazendo Mara fechar os olhos e prender a respiração.

Carla estava se tornando um problema... Novamente. Pensou Mara.

Arthur: Meu Deus... — assoviou quando Carla parou na sua frente, sorrindo. Carla era uma das mulheres mais lindas que já tinha visto em toda sua vida e já estava cansado de ficar escondendo ela de todos. — Me diz uma coisa... Você se machucou quando caiu do céu? —  abriu um sorrisinho e segurou a mão dela, a obrigando a dar uma voltinha em frente dele.

Carla: Vai se ferrar Arthur! Que cantada mais ridícula. —  revirou os olhos e começou a rir enquanto olhava aquele homem parado do lado de fora de uma Ferrari magnífica do meio daquela ruazinha de um bairro popular com casinhas humildes em comparação a tudo que ele estava acostumado.

Arthur: Era brincadeira! Você está linda.

Carla: Que nada.

Arthur: É sério. —  apertou ela pela cintura e ao se aproximar do pescoço dela, sentiu o agradável perfume de Carla. Aquela mulher realmente existia?

Carla: Então obrigada. Você também não esta nada mal. — sorriu para ele que colocou as mãos na cintura.

Arthur: Admite que eu estou maravilhoso. — deu um sorrisinho metido para ela que revirou os olhos. — Ou melhor, que eu sou maravilhoso.

Carla: Isso alimenta seu ego? — arqueou as sobrancelhas.

Arthur: Claro.

Carla: Você sabe muito bem o que é.

Arthur: Impressionante, você não admite nem sob tortura.

Carla: Pois é. Mas então, aonde vai me levar?

Arthur: Não sei! A senhorita que decide.

Carla: Eu já jantei, não tenho mais fome, sério.

Arthur: Mas eu não. — olhou para ela que sorriu. Arthur percebeu o rosto dela mesmo sorrindo com um brilho de tristeza. — O que você tem hein? — acariciou a maça do rosto dela e Carla sorriu de canto e fechou os olhos, sentindo a caricia dele.

Carla: Vamos sair daqui, por favor.

Arthur: Como quiser... — abriu a porta do carro para ela que sorriu e entrou rapidamente no banco do passageiro ele entrou logo depois e antes de ligar o carro olhou para ela. — Não vai mesmo falar aonde quer ir?

Carla: Não sei mesmo. Você que está com fome, você que escolhe.

Arthur: Já sei!

Carla: O que?

Arthur: Vamos à casa da minha mãe! Acho que com as bonecas da Thaís você fica feliz.

Carla: Haha, a parte das bonecas era para rir? — Disse sarcástica.

Arthur: Ah não fica brava. Era só para te animar. Mas então, quer ir?

Carla: Nos dois sabemos muito bem que sua mãe não gosta nem um pouco de mim. — cruzou os braços fazendo uma careta estranha que fez Arthur sorrir.

Arthur: Não é assim.

Carla: É assim sim! Não precisa tentar amenizar a situação, eu sei que ela não gosta mesmo.

Arthur: Meu pai gosta de você e a Thais nem preciso dizer. — Disse olhando para ela que ficou em silêncio. — Ok, vamos a uma cantina italiana que eu conheço. É ótima! Tudo bem?

Carla: Ok. — colocou o cinto de segurança e viu Arthur fazer o mesmo para logo em seguida ligar o carro, seguindo em direção a cantina.

Chegaram lá em menos de quinze minutos e Arthur deixou o carro nas mãos do manobrista e entrou com Carla de mãos dadas na delicada cantina. Ela sorriu com o ambiente alegre e calmo, olhou em volta e a cantina estava praticamente lotada, todas as pessoas felizes conversando, comendo ou dançando no som de musicas tipicamente italianas que uma banda estava tocando. Olhou para Arthur que conversava com uma mulher pedindo uma mesa, olhou para ela e a viu em poucos segundos tendo um ataque cardíaco por estar na frente de Arthur, olhou novamente para ele que jogava seu charme em cima da mulher somente para conseguir uma mesa, Carla revirou os olhos, ele podia até ser um homem das pedras que praticamente todas as mulheres se derreteriam por ele, nem precisava todo aquele fingimento só para conseguir uma mesa.

Arthur: Vamos? — olhou para Carla que balançou a cabeça saindo de seus pensamentos.

Carla: Ah sim, vamos. —  pegou na mão dele que estava estendida para ela.

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