Capítulo 156 :

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Carla: Você pode falar tudo de mim, mas não venha me falar que a melhor coisa foi eu ter perdido o meu filho... — berrou para ela após sair correndo do quarto e a puxar pelo braço antes dela entrar no quarto dela. — Seu filho e você poderia não querer aquele bebê, mas eu queria e muito. Gritou.

Carla: E não vou suportar que uma qualquer que se acha com o dinheiro que tem, o marido e suas plásticas mal feitas, fale mal do meu filho. Para mim Beatriz você não existe, é pior do que um animal minúsculo, você não vale nada, não merece o José, não merece a Thaís nem o Arthur, não merece a vida que tem. Fala de mim, mas é o ser humano mais sujo e mais nojento do mundo. A única coisa que eu sinto por você é nojo e desprezo, você não merece nada mais do que isso. Nem meu ódio.

Olhou para Beatriz que se mantinha calada e olhava para Carla perplexa, não esperava por tudo aquilo vindo da boca dela.

Beatriz: Vagabunda. — levantou a mão para Carla, está que deu um sorriso enorme e sarcástico para ela e então sentiu a mão pesada de Beatriz atingindo seu rosto. Cobriu a bochecha vermelha e quente com a mão e então olhou para Beatriz, ainda sorrindo.

Carla: Víbora. — e assim como Beatriz fez em seu rosto, fez a mesma coisa com a "sogra" com toda a força que conseguiu juntar, fazendo ela até mesmo cambalear para trás.

A única coisa que aconteceu depois foi Beatriz a segurar pelo cabelo e a balançar, gritando coisas completamente sem nexo.

Carla: Me solta!. — gritou com ela e a empurrou para trás, fazendo-a  bater com as costas na porta de madeira. — E eu não me importo se este apartamento é meu ou do Arthur, eu quero você fora daqui agora mesmo! Saia! Suma daqui agora sua velha plastificada! — deu as costas para Beatriz e então saiu correndo para seu quarto, caindo no choro no mesmo instante que trancou a porta.

Não podia ter agredido Beatriz, Arthur nunca iria aceitar isso, mas estava apenas se defendendo. Não aceitaria apanhar e ficar calada, nunca. Muito menos deixar ela falar aquelas atrocidades à ela, sem motivo algum.

Olhou para uma foto sua e de Arthur em cima da cômoda, assim que a pegou as palavras de Beatriz voltaram a ecoar por sua cabeça, junto de vários momentos com Arthur. Todas as palavras ditas, os sorrisos, as gargalhadas, as noites conjuntas, o olhar dele sobre ela, esses foram os momentos mais que bons que passou com Arthur e logo sua mente vagou para os gritos, as brigas e suas lágrimas destinadas á ele. Será que tudo o que ela tinha lhe falado não era verdade? Já não era a hora de dizer adeus e acabar com todo esse conto de fadas às avessas?

A resposta era sim.

Tudo o que Beatriz lhe falou, ela já sabia há muito tempo. Sempre soube que lidando com Arthur, nada seria fácil, nunca seria igual a ele, nunca seria quem ele queria que ela fosse. Mas sempre se agarrou a ideia dele gostar assim, daquele jeito. Mas não. Com esse tempo com ele pode ver que tudo não passou de um romance e que mesmo com muita insistência não poderiam se dar bem jamais. E todos sempre lhe avisaram disto.

Em sua vida nunca pensou que chegaria a este ponto com Arthur. Para começar nunca tinha se quer imaginado viver com alguém como ele. Desrespeitou completamente seus princípios, seus pensamentos. Assim como ela não era o que Arthur esperava, ele não era o que ela esperava.

Quando Beatriz bateu a porta da sala indo embora assim como tinha gritado à ela, suas malas já estavam sendo fechadas, com algumas roupas e seus pertences. A única coisa que desejava era sair dali, com Arthur sabendo ou não, tudo iria dar nisso, na separação. Ainda que restasse um pouco de esperança, após tudo isso com Beatriz só estava poupando tempo para o que em breve aconteceria.

Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora