Capítulo 154 :

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Era capaz de ouvir as vozes conhecidas ao seu lado, apesar de não saber muito bem quem era. Sentia algumas pessoas mexendo nela, mas não sentia vontade de mexer algum músculo. Estava agradável aquela escuridão agradável, a fazia bem, sentia-se relaxada e feliz.

Arthur: Carla eu sei que pode me ouvir, por favor abra os olhos, por favor, meu amor. — suplicou Arthur, pegando a mão dela e a levando ate a boca, dando-lhe um beijo. — Por favor, abra os olhos. Eu sei que você consegue Carlinha. Sei que sou a pior pessoa do mundo, mas por favor, acorde, por mim. Por mim. — passou a mão sobre a testa dela, tendo gana de abrir os olhos dela a força, mas sabia que não obteria resultado algum.

Carla o ouvia muito bem, apesar de não querer, tinha que fazer algum esforço para abrir os olhos. Sentiu a mão de Arthur na sua e deu um leve apertão. Arthur quase pulou para trás de susto e então começou a chamá-la cada vez mais forte, até que conseguiu por fim abrir os olhos, piscando várias vezes com a claridade da luz forte sobre seu olho.

Arthur: Graças a Deus! — beijou a testa dela e começou a abraçá-la. — Não imagina o susto que você me deu Carla.

Carla: Eu... Onde eu estou? — olhou para ele confusa, de fato não conhecia aquele lugar.

Arthur: Está no hospital, mas agora eu vou chamar seu médico. Não durma novamente, eu já volto. — deu um beijo nos lábios dela e saiu correndo do quarto, deixando Carla ainda completamente confusa.

O que tinha acontecido para ela estar em um hospital? Caçou por sua memória até se lembrar da última coisa, a briga com Arthur e então outras cenas surgiram, como os perfumes quebrados e a dor em sua barriga e logo após a escuridão a chamando. Que raios tinha acontecido?

Dr. Oliver: Até que enfim a princesa deu sinal de vida. — disse bem humorado assim que entrou no quarto, com Arthur quase pulando ao seu lado. — Se lembra de mim, Carla?

Carla: Claro. — sorriu. — O que eu faço aqui?

Dr. Oliver: Jaja conversamos sobre isto, agora tenho que examinar a senhorita. — aproximou dos olhos de Carla com uma pequena lanterna e então partiu para alguns outros exames. — Seus sinais vitais estão ótimos, graças a Deus a falta de oxigênio não trouxe nenhum trauma ou dano para sua saúde.

Carla: Falta de oxigênio? — franziu a testa ao olhar para o médico.

Dr. Oliver: Arthur ira te contar tudo agora, ele achou melhor assim. Mais tarde volto para buscá-la para alguns exames de rotina e vou pedir para mandarem trazer alguma coisa para comer.

Carla: Obrigada. — sorriu para o médico e logo ele saiu do quarto, deixando os dois sozinhos e se olhando. — O que aconteceu comigo?

Arthur: Lembra de alguma coisa? — perguntou enquanto sentava na poltrona ao lado da cama.

Carla: Da briga... — fechou os olhos e respirou fundo. — Da banheira e só.

Arthur: Eu vou te contar tudo, mas quero que saiba que você tem que ser a mesma mulher forte e corajosa que eu conheço assim que terminar de contar tudo bem?

Carla: O que aconteceu Arthú? — perguntou de forma impaciente, já que seus pensamentos estavam todos direcionados ao bebê.

Arthur: Depois da briga, de você subir para quarto e eu me acalmar, subi para te procurar te encontrei no fundo da banheira, rodeada de água vermelha. Você estava lá embaixo, desacordada, quase se afogando. — parou de falar e olhou para Carla que mantinha a expressão firme.

Carla: Eu acho que eu tenho que te falar uma coisa.

Arthur: Tudo bem... — suspirou. — Ao te ver naquele estado Carla, você não imagina como me senti. Pensei que tinha tentando se matar ou algo do tipo, me senti o pior homem da face da Terra. E acho que eu sou mesmo. — olhou para o chão e suspirou mais uma vez. — E então liguei para uma ambulância e logo eles foram te pegar e te trouxeram para cá. Onde está dormindo há dois dias.

Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora