Arthur: Pisei no seu pé de novo né? Desculpa Carlinha! — colocou a mão no rosto dela e Carla começou a rir, dando um beijo nele.Carla: Já me acostumei bebê. — caiu na gargalhada novamente.
Arthur: Essa música não acaba. — disse impaciente. — eu só sei dançar forró. — os dois começaram a rir.
Carla: Ai Thur eu sei que você não gosta de dançar, mas não precisa me dar esse fora também. — escondeu o rosto no peito dele e Arthur olhou para ela, confuso.
Arthur: Não estou te dando fora amor, mas todo mundo está olhando para mim. — fez uma carinha de bebê chorão e Carla sorriu.
Carla: Sabia que eu te amo? — deu um sorriso encantador para ele que deu-lhe um beijo na bochecha. — Apesar de eu ainda achar que seu perfume está enjoativo demais. — fez uma cara feia e Arthur riu.
Arthur: Você não existe Carla. — beijou o topo da cabeça dela.
Bianca e Théo logo se despediram e foram rumo ao hotel onde passariam a primeira noite da Lua de Mel e logo pela manhã embarcariam para Paris, presente de casamento de Carla e Arthur para os noivos.
Carla: Oi mãe! — abraçou Mara que estava sentada na mesa sozinha, milagrosamente sem a presença de Boninho ao lado dela.
Mara: Oi amor. Cansou de dançar? — acariciou o cabelo de Carla que encostou a cabeça no ombro da mãe.
Carla: Cansei, minhas pernas estão doendo. — fez uma carinha de dor e Mara começou a mimá-la. — Mãe, posso te fazer uma pergunta?
Mara: Claro amor.
Carla: Por que o Boninho entrou com a Bianca? Por que ele não desgruda de você? É isso mesmo que eu estou pensando? — olhou para a mãe contendo um sorriso, Mara ficou em silêncio por algum tempo e Carla ainda continuava olhando para a mãe, esperando a resposta.
Mara: Depende do que você está pensando, meu amor.
Carla: Vocês estão juntos? — olhou para Mara sorrindo.
Mara: Não te agrada?
Carla: Pelo contrário! — começou a rir e segurou a mão da mãe. — Você está cansada de saber que eu sempre te falei que merece ser feliz e eu gosto do Boninho, ele é um cara legal. Eu estou muito, muito feliz mesmo mãe! Você merece ser feliz, você sabe. — abraçou Mara que já estava chorando. Realmente não esperava essa reação positiva de Carla.
Mara: Ai meu anjo, não sabe como estou feliz por você estar dizendo essas coisas. — beijou o rosto de Carla.
Carla: Eu amo você mamãe.
Mara: Também te amo meu amor. — sorriu e abraçou Carla novamente. — Não ficou brava mesmo?
Carla: Se isso acontecesse há uns seis meses atrás, quando eu não suportava o Boninho, iria sim ficar muito brava. Mas ele é uma pessoa especial e que eu gosto muito, então estou muito feliz por vocês.
Mara: Não sabe como eu estou feliz pela sua compreensão, amor. Obrigada filha. — abraçou Carla pela milésima vez e ela sorriu.
Carla: Ah mãe, você merece já falei. — beijou mais uma vez a face da mãe e deu um sorriso para o garçom que se colocou ao seu lado, com uma bandeja de doces. — Obrigada. — pegou um bem casado e se deliciou com ele.
Mara: O Arthur me falou que você não consegue comer comida salgada, só se enche de doces. — fez uma careta zangada para Carla que deu um sorriso amarelo para a mãe.
Carla: Ele se preocupa demais, já falei para ele que quando voltar para Milão vou ao médico, acho que minha gastrite atacou novamente. — revirou os olhos e bebeu um pouco de água.
Mara: Tem certeza amor?
Carla: Como assim mãe? Se não for gastrite vai ser o que?
Mara: Outra palavra que começa com G. — mirou Carla seria. Ela de princípio não entendeu e continuou com a careta confusa.
Carla: Não estou entendendo.
Mara: Ele me contou que você está implicando com o perfume dele, passou mal um monte de vezes, só dorme, fica cheia de dor de cabeça e ainda sua avó vem me falar que você está diferente. O que passa por sua cabeça com tudo isso?
Carla: Que eu posso estar com uma doença séria? — arregalou os olhos e olhou para a mãe com os olhos cheios de lágrimas.
Mara: Não Carla. A outra palavra com G é gravidez. Te explica alguma coisa? — olhou para Carla que simplesmente parou, congelou. Após trinta segundos daquela maneira começou a ficar preocupada com a filha que continuava congelada, sem dizer absolutamente nada.— Carla? Carla você está bem?
Carla: E-Eu grávida? — olhou para a mãe com seus olhos amendoados arregalados.
Milhares de coisas passavam por sua cabeça, desde roupinhas de bebê, passava por Arthur, por Beatriz, por Sarah e até mesmo uma escola infantil. Seria possível estar mesmo grávida?
Mara: Você está bem meu amor? Me desculpe, eu te assustei.
Carla: Sim você me assustou. — respirou fundo. — Você acha que isso é possível mãe?
Mara: Você vem perguntar isso para mim Carla? Você tem que saber se é possível ou não. — passou a mão pelos cabelos da filha que estava suando frio. — Os sintomas são claros... Mas pode ser outra coisa Carla.
Carla: Para estar grávida tem que estar atrasado... Certo. Vamos ver. — pegou seu celular na pequena bolsa que estava em cima da mesa e foi a parte do calendário. — Não mamãe, está para vir dia 2! — falou num tom despojado e aliviado, sorrindo jogou o celular em cima da mesa.
Mara: Mas hoje é dia 12 Carla! — falou um pouco mais alto, apavorada. Carla olhou para a mãe desesperada e a abraçou.
Carla: Não é possível! Como eu fui deixar uma coisa dessas acontecer? — bateu em sua própria cabeça e começou a fazer manha.
Mara: Carla, presta atenção. — segurou as mãos da filha e a obrigou a olhar para seu rosto. — Você pode ou não estar grávida, isso é um fato. Mas tem que agir como uma adulta que é, não é mais criancinha, entendeu? Seja lá qual for o resultado disso tudo você tem que ser forte meu amor e saiba que eu vou estar ao seu lado. E agora não adianta chorar.
Carla: Mãe... Eu não sei nem o que fazer. — colocou a mão na cabeça e olhou para baixo.
Mara: Não se preocupe amor, é muito fácil para tirar sua dúvida. Mas você tem que ficar calma e fazer isso em uma hora que esteja tranquila, não adianta se desesperar.
Carla: Ok... Tranquilidade. — respirou fundo. — Tenho que conversar com a Sarah. — deu um beijo no rosto da mãe e saiu correndo entre as pessoas que estavam dançando ou conversando.
Ainda que a suposta gravidez fosse uma coisa boa, estava confusa, como iria ser mãe de uma criança se nem ao menos sabia como cuidar sozinha de um apartamento? E como ficaria seu trabalho? E Arthur? Nem ao menos eram casados, não que isso importasse alguma coisa, mas uma criança traria boatos maldosos de sempre. Definitivamente estava confusa.
Avistou Sarah com Luan em uma mesa, junto de Arthur, Thaís e Rafael, todos rindo. Talvez não fosse uma boa hora para contar as novidades para a amiga.
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Arthur: O Piloto 🏎
FanfictionSinopse : Fórmula 1. Um mundo tão exclusivo, seletivo, luxuoso e nobre para poucos abastados e suas escuderias. Um mundo onde mulheres eram meras coadjuvantes. Para Arthur Picoli, o atual tri campeão mundial e queridinho do mundo, as corridas eram...