Na terça feira Carla e Sarah passaram um verdadeiro dias de amigas. Foram à manicure, passearam pelo shopping e fizeram compras, logo depois voltaram para casa e assistiram filmes, programas de moda e comeram besteiras. Era o dia de amigas, que faziam todos os meses. O celular de Carla começou a tocar quando ela estava na cozinha preparando um brigadeiro. Sarah rolou na cama e atendeu, vendo que o número era de Arthur.Sarah: Pois não. — fez uma voz diferente e ouviu o silêncio do outro lado da linha.
Arthur: É do celular da Carla?
Sarah: Não tem ninguém com esse nome.
Arthur: Sério? — franziu a testa, pois havia jurado que discou o número certo.
Sarah: Brincadeira é a Sarah. Ela já está subindo. — começou a rir e ele também.
Carla: O brigadeiro está pronto! — entrou no quarto segurando o prato. — O que está fazendo com meu celular?
Sarah: Falando com seu amor. — falou como se fosse a coisa mais simples do mundo. Carla arregalou os olhos e quase deixou o prato de brigadeiro cair. — Atende logo. — esticou o celular para ela e tirou o prato.
Carla tremia tanto que não se reconhecia por fazer aquilo. Ele ligou! Ele não tinha a esquecido! Seu coração começou a bater forte e aquela sensação boa a inundou novamente.
Carla: Oi. — a voz dela saiu baixinha e completamente tímida.
Arthur: Achei que pela demora tivesse desmaiado. — a voz dele apareceu rouca e linda como sempre e ela sabia que ele estava com aquele sorriso descontraído enquanto falava com ela. — Tudo bem com você?
Carla: Tudo bem e você, como está a viagem?
Arthur: Tudo ótimo. — sorriu ao perceber que ela estava nervosa. — Você esqueceu uma coisa comigo.
Carla: O que?
Arthur: Seu relógio.
Carla: Meu relo... — olhou para o pulso direito onde seu relógio sempre estava e viu que realmente ele não estava ali. — É mesmo. Você pode mandar pela Carol ou pela Daniela, por favor?
Arthur: Não sei... — fez uma pausa que deixou Carla ainda mais nervosa. — Talvez quem sabe.
Carla: Arthur é sério, ele é importante para mim.
Arthur: E quem disse que não é sério? — provocou ela, que bufou e revirou os olhos. E lá começava a implicância típica de pilotos — Como foi o comercial com o Viana?
Carla: Não foi... — ao lembrar daquele fato infeliz, ela sentiu o coração pesar de novo. Arraial e Arthur...
Arthur: Como assim?
Carla: Ele cancelou o comercial comigo porque queria fazer com a Sarah, como deixei meu celular parcialmente desligado durante a viagem, não vi as mensagens da minha chefe.
Arthur: Mas é um maldito mesmo. — a raiva dele era estampada para todos verem. Carla só não sabia se era por ela, ou por odiar Luan realmente. — O que esse pateta tem na cabeça? Se não fosse por ele, você nem teria ido embora.
Carla: É, mais a culpa foi minha de não ver as mensagens. Mas já passou, deixa para lá. — suspirou sentida e ele também. — Quando vai para a Hungria?
Arthur: Como você sabe?
Carla: Com uma avó como a minha, não há quem não saiba do calendário de Fórmula 1. — ao dizer aquilo, ela ouviu a gargalhada gostosa dele e realmente percebeu que estava com saudades. Que raios aquele homem tinha que a encantava tanto?
Arthur: Amanhã.
Carla: Hum... Boa sorte então! — tentou parecer normal, mas era difícil sabendo que ele estaria acelerando com tudo. Aquela imagem a preocupava tanto. Nunca tinha pensado nos perigos que ele corria quando não o conhecia, mas agora, alguma parte dela zelava por sua segurança.
Arthur: Vai me ver correndo?
Carla: Talvez... — Ela? Vendo corrida? Que piada Picoli!
Arthur: Poxa... — suspirou dramaticamente. — Só porque eu iria dedicar minha vitória para você, mas como você nem vai ver... — Porra! Já podia apertar ele até ficar vermelho?
Carla: Ah Arthú, até parece. — revirou os olhos. Ela, a modelo suburbana tendo uma corrida dedicada por Arthur Picoli.
Arthur: Que eu vou ganhar?
Carla: Que você vai dedicar a vitória.
Arthur: Não duvide de mim, mocinha. — que voz era aquela? Como ele conseguia fazer isso com ela? — E você, vai fazer o que esse final de semana?
Carla: Não tenho nada em mente, talvez sair com a Sarah, se ela não sair com o eca do Luan. — ergueu o olhar para Sarah que se lambuzava com o brigadeiro.
Sarah: Eu ouvi Carla Diaz! E não fale Eca para o Lú! Ele não é uma coisa nojenta.
Carla: Está bem Sarah... — revirando os olhos — Deixa um pouco para mim! — pediu e a amiga num gesto extremamente infantil mostrou a língua e enfiou uma colher enorme na boca.
Arthur: Também quero brigadeiro.
Carla: Não me diga que isso pode na sua dieta?
Arthur: Não! Mas eu gosto. — ao ouvir aquilo, ela não conseguiu deixar de sorrir.
Uma buzina na frente da casa atrapalhou seus pensamentos, mas mesmo assim prosseguiu com a conversa. Por mais três vezes continuaram buzinando e ela pediu para Sarah ir ver quem era, quando a loira saiu na varanda, voltou ao quarto mais branca que nunca.
Sarah: O Luan! O Luan! — chegou berrando dentro do quarto e Carla arregalou os olhos. Merda! Ele tinha que aparecer bem na hora que estava no telefone com Arthur? E como ele sabia onde ela morava? — Preciso de uma roupa maravilhosa! — entrou correndo para o quarto e abriu os armários de Carla atrás de roupa.
Arthur: Carla Diaz! — berrou e Carla ouviu de longe. Ui, ele estava bravo. — Que historia é essa de Luan na sua casa?
Carla: Não sei... Deixo ver. — levantou da cama e saiu na varanda, vendo Luan parado para fora da Mercedes prata dele. Caramba, ele era mesmo bonito.
Arthur: O que esse palhaço está fazendo ai, Carla? — o tom de voz dele deixava bem claro que ele estava bem bravo e aquilo era inédito para Carla.
Carla: Não sei. Ele deve ter vindo atrás da Sarah.
Arthur: Eles estão saindo?
Carla: Acho que sim.
Arthur: Eu vou para sua casa. — falou após alguns trinta segundos e Carla engasgou com a saliva. Oi?
Carla: Ficou louco?
Comentem

VOCÊ ESTÁ LENDO
Arthur: O Piloto 🏎
FanfictionSinopse : Fórmula 1. Um mundo tão exclusivo, seletivo, luxuoso e nobre para poucos abastados e suas escuderias. Um mundo onde mulheres eram meras coadjuvantes. Para Arthur Picoli, o atual tri campeão mundial e queridinho do mundo, as corridas eram...