Capítulo 165 :

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Dois dias depois Arthur estava tendo alta do hospital e Viana estava sendo encaminhado para um quarto normal.

Carla esperou os dois dias para ter certeza que Arthur estava bem, já Sarah foi para a casa dela e de Luan em Londres, para resolver algumas coisas e voltar para o Brasil. Pelo menos por enquanto tinha decidido que não ficaria ali, não enquanto as coisas não estivessem muito bem explicadas. Carla sabia o que ela sentia, não a dor da traição é claro, mas sim a da separação, estava ainda lutando contra ela.

Arthur: Acho que vou parar no meio da pista de vez em quando para baterem em mim. — disse muito bem humorado para uma pessoa que acabou de sair do hospital ao ver Carla parada na recepção, com Thaís ao seu lado.

José: Deixa de ser engraçadinho Arthur. — revirou os olhos e então ajudou o filho a entrar no carro e foram todos de volta ao hotel.

Arthur parecia que estava voltado de uma colônia de férias ao invés de um hospital e todos sabiam muito bem o motivo e não era nenhum braço engessado que o deixava daquele jeito.

Arthur: Quer uma carona? — ofereceu para Carla assim que a viu passar pelo saguão, duas horas mais tarde.

Estava fechando a conta do hotel e Carla saindo para o aeroporto. Ela parou e deu um sorriso sem graça.

Arthur: A comissária está com saudades dos seus olhares mortíferos.

Carla: Sei. — cruzou os braços e realmente não era uma má ideia, visando que não tinha nem uma passagem ainda.

Thaís: Vai conosco, Carlinha? — chegou puxando uma mala de rodinhas.

Carla: Vou. — deu de ombros e sentou na poltrona, esperando Arthur terminar e o resto das pessoas que iriam junto chegar.

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Fazia duas semanas que tinha acontecido o acidente com Arthur e Luan. Ambos já estavam bem, ainda que Luan precisasse de fisioterapia por um bom tempo. Mas o que importava era que estavam fora de perigo.

Sarah e Luan se afastaram de vez. Ela por magoa dele ter a traído com Sophia. Ele por não aceitar a falta de compreensão dela com uma coisa que foi há tanto tempo atrás. Enfim, tudo estava de volta como era antes. Sem pilotos, sem carros, sem viagens, sem morar em lugares maravilhosos.

Carla fazia de tudo para se manter longe de Arthur e se orgulhava por estar conseguindo tal feito. Somente não se isolava de vez de tudo o que acontecia com ele, por Boninho, que insistia em ficar falando sobre Formula 1 com sua avó Helena.

Arthur não tinha desistido de Carla, mandava flores todos os dias, estas que já tinham sido proibidas de entrar pela própria Carla, mas não desistia, continuava mandando todos os dias, apesar de saber que ela pedia para Fernando dar para qualquer pessoa que passasse na rua. Não desistiria, um dia Carla iria procurá-lo, nem que fosse para o obrigar a parar de mandar flores.

Estava com Thaís no sofá da sala, a menina estava o ajudando naqueles dias junto de Joana e agradeceu o acidente por ter feito Beatriz deixar que sua irmã ficasse na casa dele, uma vez que sabia que o ambiente que Beatriz proporcionava para Thaís, não era o certo para uma garota da idade dela.

Ela não devia viver em meio de tantas brigas, tantas pressão e era por isso que ainda não tinha saído correndo atrás de Carla feito um louco, implorando para que ela voltasse com ele, sua irmã o fazia sorrir.

Thaís: Acho que as flores já enjoaram. Mande outra coisa. — fez uma cara enjoada. Se nem ela não aguentava mais sentir o cheio de flor, imagine Carla.

Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora