Capítulo 19 :

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Depois de despistar Mara e Helena as duas foram até a garagem onde Carla entrou em seu carro e deu uma carona para Sarah que morava perto da onde ela iria. Durante o percurso, Sarah foi dando uns toques para ela, que apenas ria e afirmava enquanto olhava a paisagem do bairro do apartamento dele. Era um dos melhores e mais caros do Rio de Janeiro, era tudo tão maravilhoso ali.

Sarah: Boa sorte, Carlinha! — disse assim que parou no meio fio, próxima da rua onde Sarah morava. Ela dizia de um modo tão malicioso que Carla apenas ria. — Se cuidem, não quero ser titia não cedo!

Carla começou a rir e novamente ligou seu carrinho e dirigiu rapidamente até o tal prédio azul. Assim que estacionou o carro na rua e desceu do carro, ela fitou o imponente prédio azul bem a sua frente e ficou boquiaberta com o prédio maravilhoso. Atravessou a rua e timidamente chegou perto do porteiro, que cordialmente levantou e lhe deu um sorriso.

Porteiro: Carla Diaz? — perguntou ainda sorrindo e Carla arregalou os olhos assentindo com a cabeça. — Sr. Picoli pediu para você subir assim que chegasse. — abriu o portão para ela e Carla entrou, ainda assustada com tamanha cordialidade. Ele a acompanhou até o hall de entrada e a deixou já dentro do elevador.

Carla: Obrigada. — agradeceu ainda meio desnorteada.

Porteiro: Ele mora na cobertura. — apontou para o botão do elevador e Carla assentiu, para logo depois ver o senhor se afastar.

Carla: Ok. — sorriu gentilmente e apertou o último botão do elevador, que marcava a letra C.

Ela durante os poucos segundos do elevador ficou ainda mais nervosa, achando que ele parecia demorar horas para subir de andar em andar. Estava muito nervosa e já sentia seu suor na mão, enquanto estava com o dedão na boca, comendo o resto de suas unhas que até duas horas atrás estavam grandes. O elevador parou e logo ela saiu dando de encontro com um belíssimo hall de entrada pintando de vermelho e com uma bela decoração, ante a porta do apartamento dele.

Se olhou no espelho e deu graças a Deus por sua maquiagem ainda não ter se desfeito com tanto suor. Como iria o chamar? Picoli? Não, era tão sofisticado e institucional, só o viram chamando assim durante a corrida. Thur? Não, era como a família dele o chamava, coisa que ela não estava nem perto de ser. Arthur? É sim, bastaria.

Levantou a mão para bater na porta, mas se retraiu, quase desistindo. Se olhou novamente no espelho e respirou fundo, o que ela estava fazendo ali, afinal? Respirou fundo, deixando para depois sua pequena crise existencial e levantou novamente a mão pronta para bater. Mas, causando quase um ataque cardíaco, como mágica a porta se abriu e apareceu bem em sua frente, Arthur Picoli de calça preta aparecendo a beira da box branca, sem camisa, calçado apenas com uma meia branca e o cabelo todo bagunçado.

Carla segurou um gritinho de susto, que o fez sorrir e ela logo depois, olhou para aquele monumento bem a sua frente

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Carla segurou um gritinho de susto, que o fez sorrir e ela logo depois, olhou para aquele monumento bem a sua frente. Era sem dúvidas alguma o homem mais lindo que já tinha visto em sua vida, isso porque era modelo e via todos os dias homens de tirar o fôlego. O que era aquela barriga definida? Aqueles braços musculosos na medida certa? E os ombros largos? E aquelas tatuagens? Fechou os olhos e se xingou em pensamento por estar ali, por olhar daquele jeito para ele e principalmente por estar babando por quem ela jurou que nunca olharia. Ele só poderia estar brincando com o autocontrole dela.

Arthur: Oi, te assustei? — abriu um lindo sorriso que Carla imediatamente teve vontade de perguntar qual era o número do dentista dele. Como ele conseguia ter dentes tão lindos, tão brancos, que formava aquele sorriso que a deixou sem ação nenhuma.

Carla: Um pouco. — sorriu de canto, um tanto irônica, ressentida pelo mini ataque cardíaco que quase teve há trinta segundos.

Arthur: Não foi minha intenção. — piscou e continuou sorrindo. — Vem, entre. — abriu a porta um pouco mais e deu espaço para Carla entrar.

Ela entrou e logo percorreu com os olhos o ambiente, tudo muito bem decorado e bem organizado. Arthur a guiou até a sala onde ela viu dois sofás de couro preto de muito bom gosto, combinando totalmente com a mesa de centro e a estante, assim como o tapete felpudo branco que seus pés acabam de tocar. Ela olhou para frente e viu que na gigante televisão de plasma, passava um jornal estrangeiro. O ambiente era um pouco fechado, pois as cortinas deixavam o local escuro.

Arthur: Quer sentar?

Carla: Ah claro. — sentou no sofá e quase foi ao paraíso ao sentir o couro geladinho em sua pele, como algo podia ser tão confortável?

Olhou para Arthur que estava bem em sua frente, sorrindo ainda sem camisa e ela desviou os olhos, um tanto constrangida com a atração aparente pelos músculos da barriga dele. Vendo o olhar dela indo para outro lado, ele disse que iria colocar uma blusa e sumiu da sala, voltando minutos depois com uma blusa pólo azul, ainda sem sapatos e sem pentear os cabelos. Mesmo daquele jeito, não havia meio de ficar feio.

Arthur: Pensei que você não viesse mais, já estava até cochilando. — sentou-se no outro sofá, em uma distância bem segura, que deixou Carla mais confortável com a situação.

Carla: Desculpa pelo atraso, mas minha amiga acabou me atrasando enquanto escolhia essas roupas. Ela é muito enrolada! — abriu um sorriso e ele também sorriu, abaixando os olhos para a bela blusa que ela vestia.

Arthur: Valeu a pena o atraso, você está linda. — abriu um sorriso, completamente galanteador e Carla engasgou com a saliva pelo elogio dele. — Bebe alguma coisa? — levantou do sofá e caminhou para a cozinha, que ficava separada da sala por uma bela bancada de mármore. Abriu a geladeira e esperou a resposta de Carla.

Carla: Pode ser uma coca cola.

Arthur: Isso é veneno! — disse, levantando a cabeça por cima da porta, Carla sorriu e balançou os ombros.

Ao contrário de boa parte da população mundial, ele odiava esses venenos em forma de refrigerante, para o azar ou sorte de Carla, Thaís também era viciada em coca cola e por isso tinha um pequeno estoque da bebida em sua geladeira. Pegou uma lata para Carla e para ele um energético.

Arthur: Nunca vi nenhuma modelo tomar coca cola. — entregou a lata para ela, que rindo abriu e tomou um longo gole antes de novamente olhar para ele, que a fitava completamente chocado.

Carla: Os tratamentos estéticos para celulite estão por ai, além da academia no caso de que eu fique gorda. — deu de ombros e Arthur riu, por mais que achasse loucura. Qualquer dia contaria os estragos que faria para ela, além de celulite e gordura.

Arthur: Isso que eu chamo de amor. — olhou para ela que assentiu e tomou mais um longo gole, assim como ele fez com seu energético.

Aos poucos foram ficando em silêncio Carla um pouco tensa por estar frente a frente com Arthur, pois naquela hora, tinha se dado conta que estava na frente do piloto mais famoso do mundo, do ídolo de muita gente, que estava bem na sua frente tomando energético e descalço, não parecia o mesmo Arthur que conheceu naqueles dias no autódromo, lá ele parecia tão frio, inabalável dentro do seu carrinho vermelho e agora estava de frente para um homem risonho, que fitava as notícias de economia como se fosse algo muito interessante para desviar os olhos do decote da bela loira ao seu lado. Era divertido e seus olhos eram carinhosos. Eram duas pessoas completamente diferentes.

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Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora