Capítulo 111 :

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O caminho de volta para casa foi insuportavelmente longo e quando chegaram em casa estavam se beijando e se apoiando nas paredes. Carla o afastou, dizendo que tinha gente em casa e por isso era melhor subirem. Ele a agarrou novamente e ela jogou a bolsa e os sapatos em algum canto, subindo a escada de uma forma que nunca tinha sido tão prazerosa na vida. Quando finalmente chegaram ao quarto, ele já estava sem camisa e com Carla em seu colo. Ele tropeçou no tapete e os dois começaram a rir antes dele bater a mão no interruptor para ligar a luz.

Carla & Arthur: Aaah! — gritaram ao mesmo tempo ao acenderam a luz e viram uma pessoa sentada na cama lendo um livro. Está olhou calmamente para os dois e sorriu debochadamente.

Arthur: Mãe, o que você está fazendo aqui? — soltou Carla que olhava para a sogra sem acreditar no que ela estava fazendo.

Beatriz: Te esperando bebê. Você quase não falou comigo, nem conversamos! Agora vamos conversar. — olhou para Arthur que respirou fundo e começou a contar mentalmente para ficar calminho. — Por que não vai tomar uma aguinha querida? — mirou Carla que deu um sorriso falso e nem se moveu.

Arthur: Mãe, por que você não vai dormir? Está tarde e amanhã temos que acordar cedo. Ok?

Beatriz: Não estou com sono, já descansei. E alias você demorou. Estava aonde? — sentou novamente na cama e olhou para os dois à sua frente.

Arthur: Mas eu e a Carla estamos mãe. Amanhã eu tenho que acordar cedo, por favor.

Beatriz: Você fica insuportável quando está com essa menina. — apontou para Carla que revirou os olhos e cruzou os braços. — Ou ela te deixa insuportável assim como ela?

Carla: Sinto muito querida sogra, mas não vou novamente brigar com você. Não mereço fazer isso comigo mesma. — colocou a mão no ombro de Beatriz e sorriu cinicamente, assim como ela que também sorriu ao mesmo modo. — Com licença.

Beatriz: Espera um pouco! — gritou para Carla que estava indo em direção ao banheiro. Está que olhou para Arthur não entendendo absolutamente nada. — Não! Ah meu Deus! Não! — começou a se desesperar ao chegar perto de Carla e pegar na mão dela. — O anel da mamãe. Ah meu Deus! Eu vou... Eu vou... Ah desmaiar! — e caiu no chão. Carla olhou para Arthur que respirou fundo e foi até a mãe.

Arthur: Acorda mãe. — disse calmamente.

José: Está tudo bem aqui? — entrou no quarto após duas batidas. –– Beatriz! — exaltou-se ao ver a mulher no chão junto com Arthur e Carla olhando para os dois assustados. — O que aconteceu?

Arthur: Ela desmaiou. — olhou para o pai levantando uma sobrancelha e este apenas revirou os olhos e começou a chamar Beatriz que aos poucos foi "acordando".

Beatriz: Zé, ah meu Deus! O Arthur quer acabar com nossa família! O anel de mamãe está com ela. Ah meu Deus! Aonde eu errei? Aonde erramos com esse menino? Me diga! — levantou do chão fazendo um drama mexicano. Carla respirou fundo e sentou na cama, tentando ignorar os protestos de Beatriz.

José: Uma boa noite para você dois. — despediu-se do casal e foi puxando Beatriz e seu drama do quarto do filho.

Carla suspirou ao ver a porta sendo fechada, olhou para Arthur que deu um sorriso sem graça.

Arthur: Desculpa.

Carla: Estou me acostumando. — levantou da cama e entrou no banheiro.

Durante o banho a única coisa que seus olhos conseguiam enxergar era o anel que tinha acabado de ganhar. Meu Deus... Tinha acabado de ser pedida em casamento! O sentimento era tão louco que ainda não sabia o que fazer perante aquela novidade. Ela e Arthur nem se conheciam direito, mas sabia que ele era a melhor coisa que tinha acontecido em sua vida, ele a fazia se sentir viva. E ser pedida em casamento da forma que tinha sido, com o homem mais perfeito do mundo... Ela não tinha palavras.

Ao sair do banho pegou o celular e fez a coisa que queria fazer assim que recebeu o anel: Teclar os números de Sarah e esperar a loira atendeu. Demorou muito, talvez por ser quase manhã ainda no Brasil, mas assim que ouviu a voz da amiga, abriu um sorriso imenso.

Sarah: Carla, pelo amor de Deus, são cinco e meia da manhã! — reclamou um pouco e Carla quis rir da voz horrível que ela ficava quando acordava.

Carla: Ele me pediu em casamento! — falou baixinho e teve que conter a empolgação, já que Arthur estava do lado de fora do quarto.

Sarah ficou em silêncio alguns segundos, absorvendo a informação até entender que Arthur, casamento e Carla estavam na mesma frase!

Sarah: Minha Nossa Senhora! Você está brincando comigo? — berrou no ouvido de Carla que começou a gargalhar enquanto deixava as lágrimas escaparem. — Carla eu não acredito nisso!

Carla: Foi lindo! Foi maravilhoso... Eu estou em choque Sarah.

Sarah: Ai meu Deus do Céu... — continuou gritando. — E o anel, como é?

Carla: É perfeito, veio da família dele. — olhou para sua mão novamente e não conteve outro sorriso. — Só pedi que seja daqui algum tempo, nós nem nos conhecemos ainda.

Sarah: Minha filha, Arthur Picoli te pede em casamento e você pede um tempo para se conhecer? Me espera chegar ai amanhã e se case, garota! — continuou tagarelando e desejando estar do lado da amiga naquele momento maravilhoso da vida dele.— Carlinha, estou tão feliz por vocês dois! Você merece isso e muito mais, amiga. Assim como o Thur merece essa minha amiga maravilhosa, gostosa, com um coração enorme e esses peitos bonitos que você tem! — começou a chorar em meio das gargalhadas de Carla. — Acho que nunca fiquei tão feliz na minha vida!

Carla: Nem eu Sarah. Eu não tenho nem palavras para explicar o que foi aquilo...

Sarah: Já contou para sua mãe e para a Dona Helena? — perguntou o que fez Carla entrar em transe.

Como contaria aquilo para sua avó sem matar ela do coração?

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Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora