Capítulo 127 :

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Rafael: Vem cá. — puxou Thaís pela mão, abrindo a porta de entrada da casa e sentou na pequena escada. Thaís sentou ao lado dele e apoiou a mão no rosto, desanimada.

Thaís: Meu irmão me cansa! — bufou.

Rafael: Ele tem ciúmes de você. — olhou para ela sorrindo, Thaís revirou os olhos, mas começou a rir também. Não tinha como ficar brava com aquele ciúmes bobo de Arthur.

Thaís: Como se tivesse muitos motivos para ter motivos de mim. — riu e corou ao ver Rafael quieto, a deixando em um completo vácuo.

Rafael: Acha que ele não tem mesmo? — olhou para ela sério. Thaís fechou o sorriso e franziu a testa.

Thaís: Como assim? — fez uma careta engraçada para o garoto e teve que se controlar para não engasgar ao ver ele se aproximando para cima dela e segurando seu rosto. — O que está fazendo? — deu um sorriso sem graça e ele também sorriu.

Rafael: Eu acho que eu estou meio atrasado até. — falou e puxou Thaís, para mais perto e a beijou.

De princípio Thaís ficou parada, contendo algum impulso como começar a rir ou sair correndo. Ele desencostou os lábios e olhou para ela, confuso.

Rafael: O que foi?

Thaís: Isso é... Estranho. — fez uma careta confusa. — Éramos amigos não? Ainda somos? E ah, ok você me confundiu. — colocou a mão na cabeça ainda confusa, Rafael riu e a abraçou.

Rafael: Sempre vamos ser amigos, mas não é de hoje que o meu sentimento por você é muito mais que amizade. — olhou para ela que começou a tossir e se abanar. — Você está passando bem?

Thaís: Acho que sim, creio eu. — arregalou os olhos e ele começou a rir novamente. — Não ria!

Rafael: Ok... Mas e o que você diz sobre tudo isso?

Thaís: Eu estou confusa Rafael, não sei... Eu gosto de você, de um jeito especial. E ah, eu não sei explicar. Casal meloso é a Carla e o Arthur e eu não sei falar igual eles. — revirou os olhos. — Mas eu não sei... Você é irmão do Luan e eu do Thur... E... — desembestou a falar deixando Rafael meio que desnorteado.

Rafael: A briga é entre eles, não com a gente.

Thaís: Mas você acha que se por um acaso... — fez uma pausa e começou a corar novamente. — Sabe, se acontecer alguma coisa entre nós dois, os dois vão aprovar? O Thur gosta de você como meu amigo, não como outra coisa.

Rafael: E daí? O que tem se eles não aprovarem? — deu de ombros.

Thaís: Isso é o que você pensa, eu não sou assim. Minha família, mesmo sendo um pouco estranha, é a melhor coisa que eu tenho. — abaixou a cabeça. Rafael suspirou ao seu lado e olhou para a rua.

Rafael: Mas ainda assim eu gosto de você.

Thaís: Também gosto de você. — sorriu.

Rafael olhou para ela e a beijou novamente e dessa vez sendo correspondido pela loirinha que chegava a tremer de tão nervosa que estava.

Carla, da sacada do quarto de Victor, sorriu ao ver os dois tão fofos daquele jeito. Pocah ao seu lado, segurando Victor também sorria e comentava baixinho como os dois eram fofos. O bebê começou a resmungar e entraram para dentro do quarto, antes que o casalzinho feliz as vissem.

Pocah: Arthur vai ter um ataque! — sorriu e colocou Victor no berço, olhou para Carla que estava sentada em um poltrona e ela revirou os olhos.

Carla: Já até imagino.

Pocah: Ainda mais com o irmão do Luan. Ai Jesus. Aposto que irá sobrar para você! — as duas riram.

Carla: E você acha? — sorriu. — Na hora que apertar a Thaís vem me pedir para ajudar a convencer o Thur, já até conheço as peças.

Pocah: Família complicada não é? — olhou para Carla sorrindo.

Carla: Até demais!

Victor começou a chorar e Pocah decidiu fazer ele dormir, Carla resolveu deixá-los sozinhos e saiu do quarto do menino, ainda naquela áurea infantil que a cercava. Era tão bom conviver com crianças, uma pena que seus sobrinhos estejam tão longe. Mas agora tinha Victor! Seu afilhado.

Sophia: Boa tarde Carla. — falou com Carla, que estava chegando perto da escada enquanto Sophia subia.

Carla olhou para ela e revirou os olhos, tentando passar por ela sem nem ao mesmo falar.

Sophia: Já vai tão cedo? Nem falou comigo, amiga.

Carla: Saia da minha frente, que tal?

Sophia: Essas suas frases já estão tão manjadas... — deu um sorriso diabólico. — Assim como você!

Carla: Creio que então somos duas querida. A historinha da ex que quer fazer mal ao casal feliz já está bem manjada também. — deu um sorriso falso para a loira que deu um tapinha no ombro de Carla e recebeu de volta um puxão na mão.

Sophia: O que você não sabe é que independente de tudo eu sempre ganho. — e sorriu novamente, empurrando com seu ombro Carla que por pouco não se desequilibrou na escada.

Dito isso, virou e foi para o quarto de Victor, deixando Carla completamente nervosa, perplexa e com vontade de amassar a cara de Sophia. Desceu a escada segurando-se no corrimão indo para a cozinha onde as duas empregadas se ofereceram para lhe servir algo, pediu um copo de água e logo saiu dali, indo até a sala onde sentou e começou a beber a água, pensando no que Sophia tinha lhe falado. Será mesmo que no final de tudo, ela não iria mesmo ganhar?

Arthur: O que aconteceu? — estranhou ao ver Carla sozinha na sala, de cabeça abaixada e os olhos mareados. — Amor? — sentou ao lado dela e levantou o rosto dela. — O que aconteceu?

Carla: Nada amor, só estou pensando. — forçou um sorriso e Arthur franziu a testa.

Arthur: Certeza?

Carla: Certeza. — sorriu e apertou a mão dele.

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