Capítulo 23 :

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Na praia Arthur se aproximou devagar de Carla que escutava musica em seu Ipod. Carla cantarolava alguma música de olhos fechados e sentia o bem estar daquele sol esquentando suas bochechas. Levou um susto ao sentir alguém assoprando sua bochecha, com o susto levantou rápido da areia e levou um susto ao ver Arthur ao seu lado, sorrindo como uma criança levada. Ele vestia uma bermuda preta daquelas para praia mesmo e estava sem camisa, deixando aparecer aquele peitoral definido dele que deixava qualquer uma louca, até mesmo Carla, que não conseguia falar nada por aquele motivo.

Carla: Que susto! — colocou a mão no peito, tentando controlar sua respiração que estava pesada. Não sabia se era pelo susto, ou se era por ter ele ao seu lado.

Arthur: Gosto de te dar sustos, você fica com uma carinha bonitinha. — sorriu de canto para ela que fica corada no mesmo segundo — E também quando você fica assim, vermelha feito um pimentão. — riu enquanto tocava as bochechas de Carla que ficaram mais coradas ainda depois do elogio.

Carla: Para de falar isso. Eu fico sem graça. — recuou, fazendo com que a mão dele caísse entre o vão que estava dos corpos dos dois.

Arthur: Por que está aqui sozinha? Lá na piscina tem um monte de gente.

Carla: Prefiro a praia porque gosto de ouvir o barulho das ondas, sentir essa brisa de praia, sabe? — sorriu e desviou o olhar para o mar cristalino da praia. Arthur sorriu e olhou na mesma direção que ela, sabendo exatamente do que ela falava.

Arthur: Também gosto de ficar aqui, me faz bem, por isso que amo tanto esse lugar.

Carla: É tudo muito lindo aqui. — olhou para tudo que estava à sua volta, os rochedos a alguns metros dali, algumas crianças correndo na praia e os pássaros sobrevoando o mar. — Se tivesse uma casa dessa não saia nunca mais daqui.

Arthur: Minha vontade também é essa, mas não posso. — suspirou e Carla percebeu

Carla: Gosta do que faz? — olhando séria para ele.

Arthur: Gosto, mas é bem cansativo todas as viagens, a tensão da corrida e principalmente a relação conturbada com o Viana. — deu de ombros e Carla assentiu, para logo depois abrir o bocão.

Carla: Não me fala desse ser, pelo amor de Deus. — revirou os olhos. — Só de pensar que segunda-feira vou ter que ver ele de novo... — cerrou os punhos e observou a cara que Arthur fazia para ela.

Arthur: Isso é amor? — arqueou a sobrancelha um tanto irritado e Carla não entendeu o porquê daquela cara.

Carla: Claro que não, Deus me livre... — se benzeu com uma seriedade que fez Arthur começar a rir dela. — Ele me estressou o dia inteiro, você devia fazer o favor de passar por cima dele com seu carro.

Arthur: Isso seria uma boa ideia, mas tem certeza que isso não te chatearia? — arqueou novamente a sobrancelha com a mesma cara de dez segundos atrás.

Carla: Se está querendo saber, não gosto dele, tenho um sentimento bem diferente por ele que se chama pena.

Arthur: Vou fingir que acredito então. — cruzou os braços e ela bufou.

Carla: Não diz isso, é sério, não gosto dele.

Arthur: Então gosta de outra pessoa? — olhou nos olhos dela e Carla ao sentir a indireta, engasgou.

Carla: Não... Não gosto de ninguém. — respondeu rapidamente, mas ao ver o sorrisinho besta dele, abriu outro logo em seguida. — Pelo menos por enquanto.

Quem esta na chuva é para se molhar não é? Já que ele soltava indiretas porque ela também não poderia? Afinal sabia muito bem que se acontecesse algo nesse final de semana com certeza na segunda-feira Arthur já teria esquecido dela e partido para outra conquista e ela poderia muito bem agir da mesma forma.

Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora