Capítulo 143 :

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Não tinha outra palavra para descrever aquele desfile, outra que se não perfeito. Sem nenhum acidente, sem nenhum tombo, sem nada!

As roupas estavam lindas, as pessoas que assistiam aprovando tudo. Assim que entrou pela primeira vez na passarela pode ver Lucy na primeira fileira ao lado da dona da marca, sorrindo e deu um pequeno aceno com a mão para Carla. Assim que saiu de lá, Sarah a abraçou tão forte, mas tão forte, que teve vontade de chorar. A amiga realmente estava feliz por ela.

A segunda entrada foi tão perfeita quanto a primeira. No coquetel para convidados, em um outro salão, foi recebida calorosamente por Lucy e parabenizada pela dona da grife. De cada dez perguntas que lhe faziam, seis eram de Arthur e o namoro dos dois, mas ainda assim estava feliz.

Junto de Sarah se empolgaram um pouco demais e acabaram chegando em casa em plena uma e meia da manhã. Carla segurando Sarah que trançava as pernas de tão bêbada que estava. O apartamento estava uma escuridão e somente a luz da rua iluminava a sala, jogou Sarah no sofá e ligou a luz da sala.

Tirou a sandália da amiga e as suas, deixando junto de sua bolsa no chão e então foi novamente para a maratona de carregar Sarah até o andar de cima. Estava no terceiro degrau da escada e quase soltando ela quando a luz da escada acendeu-se e apareceu Arthur com uma bermuda de dormir e sem camisa, coçando os olhos inchados e bocejando.

Arthur: Carlinha? — arregalou os olhos ao ver Carla praticamente com Sarah no colo.

Carla: Thur me ajuda aqui, os ossos dela pesam! — os dois riram e Arthur desceu a escada correndo, logo pegando Sarah no colo e levando a loira para o quarto dela.

Arthur: O que aconteceu com ela?

Carla: Bebeu feito uma louca. — olhou para Sarah que ria dormindo. — Super normal dela.

Arthur: Que horas são? — bocejou novamente.

Carla: Er... Uma e meia. — virou de costas para ele e foi até Sarah, disfarçando.

Arthur: E ai, como foi lá? — perguntou, ignorando a resposta anterior dela.

Carla: Foi legal. Todo mundo perguntava de você. — revirou os olhos e ele sorriu. — Bom, eu vou dar um banho nela para ver se essa louca melhora um pouco. Pode fazer um café bem forte e amargo e pegar uma aspirina?

Arthur: Ok. Dá conta dela sozinha?

Carla: Dou sim. Já sou craque em curar as bebedeiras dela. — piscou para ele que novamente riu e saiu do quarto, deixando Carla empurrando Sarah para o banheiro.

Sarah: Carlinha, estou mal. — abraçou Carla e deu um beijo no rosto da amiga, que fez cara feia pelo bafo de bebida que ela estava. Amigas!

Carla: Quem mandou beber! — sentou Sarah no vaso sanitário e tirou a meia calça da amiga, logo depois o vestido, a deixando de lingerie.

Sarah: Eu acho que eu quero... — não completou a frase. Levantou cambaleando e puxou a tampa do vaso, caindo de boca lá, literalmente. Carla fez uma cara de nojo e começou a passar as mãos pelo cabelo de Sarah. — Eu estou bem...

Carla: Nunca mais beba.

Sarah: Não estou não! — falou rápido e voltou a enfiar a cara lá dentro. Carla franziu o rosto e colocou a mão na boca, deixando ela para sair correndo para a pia.

Arthur: Carlinha o café... — entrou no banheiro empurrando a porta devagar, arregalou os olhos ao ver Sarah jogada no chão e Carla vomitando na pia. — O que aconteceu? — largou a aspirina e o café em cima da bancada e saiu correndo para perto de Carla. — Carlinha o que aconteceu? — perguntou desesperado já.

Era óbvio que Carla não tinha bebido nada, estava sã e pelo o que sabia ela não tinha tão estômago fraco assim. Segurou os cabelos dela enquanto Carla lavava o rosto e escovava os dentes, pálida.

Arthur: O que aconteceu amor? — abraçou ela contra seu peito preocupado com a palidez dela.

Carla: Não sei. Meu estômago revirou, só isso. Acho que foi pela Sarah. — olhou para a amiga que estava encostada na parede, dormindo novamente.

Arthur: Deita um pouco Carla.

Carla: Não posso deixar a Sarah assim, ela está deplorável. — apontou para a amiga que agora abriu os olhos e cantarolava o Hino brasileiro. — Ela tá cantando o hino nacional? — os dois começaram a rir.

Arthur: Eu coloco ela embaixo do chuveiro, agora deita um pouco.

Ele levou Carla até a cama do quarto de Sarah e deitou ela lá. Voltou ao banheiro e enfiou Sarah debaixo de uma água morna, deixou ela sentada lá e voltou ao quarto, para ver Carla.

Carla: Ela vai acabar se afogando lá Thur! — começou a rir e ele saiu correndo para o banheiro, tirando Sarah de lá e a enrolando em uma toalha. — Eu troco ela.

Arthur: Ok, eu vou lá embaixo pegar um chá para você, é bom para o estômago. — olhou para ela que assentiu.

Ele saiu do quarto e Carla enxugou e trocou Sarah, enfiando ela debaixo do edredom. Tomou banho ali mesmo e colocou um pijama que Arthur levou para ela.

Arthur: Ai Deus, uma bêbada e uma doente. Era só o que faltava. — caiu na gargalhada ao ver Carla e Sarah deitadas na cama. — Melhorou?

Carla: Parece que estão pulando carnaval no meu estômago. — fez uma carinha de dor para ele que a abraçou.

Arthur: Quer ir ao médico? Ou eu posso chamar um aqui.

Carla: Não Thur, é só uma má digestão eu acho. Comi tanto naquele coquetel que deve ter sido isso. Não se preocupe.

Arthur: Toma seu chá. — entregou a xícara à ela e foi pegar o café de Sarah, acordando a loira e a fazendo sentar e tomar, junto da aspirina.

Sarah: Iiih, o que foi Carlinha? — viu a amiga ao seu lado, ainda pálida demais e tomando o primeiro gole do chá e novamente colocou a mão na boca e saiu correndo para o banheiro. — O que ela tem? — olhou Arthur que nem estava mais ali, seguiu Carla para o banheiro.

Cinco minutos depois ele estava com Carla no colo, ela quase dormindo nos braços dele.

Arthur: Você está bem Sarah?

Sarah: Estou com dor de cabeça. Mas está tudo bem.

Arthur: Vou levar ela para o quarto, pode ficar sozinha aqui?

Sarah: Claro. Não quer ajuda com ela?

Arthur: Se ela passar mal eu te chamo, ok?

Sarah: Tudo bem. Obrigada e desculpe por esta cena deplorável. — sorriu para ele, que deu um sorriso e caiu na gargalhada.

Arthur: Não foi nada. — sorriu e saiu com Carla do quarto.

Sarah no mesmo segundo caiu na cama, fechou os olhos e capotou. Arthur ficou uma boa parte da madrugada olhando para Carla que ressonava tranquilamente ao seu lado, ainda um pouco pálida.

Se entregou ao sono quando já estava perto das quatro da manhã percebendo que Carla já tinha voltado a sua cor normal e que provavelmente não passaria mais mal. E conforme o que tinha imaginado Carla passou a noite bem, dormindo seu sono adolescente de sempre, pesado até demais.

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Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora