Capítulo 136 :

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O táxi parou em frente de um prédio de cinco andares, em uma rua onde existiam praticamente as mesmas construções, prédios não muito altos e nenhuma casa. As pessoas passavam apressadas pela calçada, mulheres com sacolas de lojas famosas era o que mais podia se ver. De menos de cinco minutos que ficaram ali junto do taxista retirando as malas do carro, cinco pessoas pararam para tirar fotos com Arthur, fora o taxista que pediu um autografo. Gostava do carinho que as pessoas tinham com Arthur, em qualquer lugar do mundo , menos as fãs assanhadas ou quando ele voltava todo roxo para casa, bom isso era um caso a parte.

Entraram no prédio e pegaram a chave com o porteiro, eufórico com o novo morador. Fez questão de subir com os dois até o apartamento no quinto andar, explicando como funcionava a trava do elevador em seu devido andar de noite. O elevador parou no andar e o porteiro se despediu, deixando os dois no corredor pequeno onde havia uma única porta ali.

Carla teve a impressão que seu coração iria sair pela boca quando Arthur abriu a porta pela primeira vez do apartamento. Não sabia explicar o que de verdade estava sentindo naquele momento, só sabia que estava feliz. Feliz. Aquela era sua nova casa. Sua nova casa com Arthur.

Arthur: Como manda o figurino. — falou perto do ouvido dela.

Carla não compreendeu muito bem já que estava mais ocupada naquele melodrama que fazia em sua cabeça, só foi entender quando se viu nos braços de Arthur adentrando pelo hall com cheiro de flores campais que estavam presente ali em um vaso maravilhoso em uma mesa de madeira bem ao meio do cômodo.

Arthur: Acho melhor largar de ser modelo e se dedicar à decoração. — sorriu e pôs Carla no chão, virando as costas para ir pegar os animais e as duas malas que vieram.

Deixou tudo ali no hall mesmo, abrindo a gaiola dos bichinhos, Mário Sérgio estava dormindo ainda sob os efeitos dos calmantes já Júnior saiu de lá ainda meio grogue, trombando em uma parede. Arthur riu e foi procurar Carla, está que estava na sala, imóvel e em silêncio observando tudo o que tinha conseguido fazer em tão pouco tempo ainda lá do Rio de Janeiro, abraçou ela pela cintura e deu um beijo no pescoço dela.

Arthur: Ficou tudo lindo. — disse enquanto olhava a ampla sala, dois sofás branco posto no meio da sala, cortando as cores mais fortes como o vermelho e o preto que eram presentes ali.

Tudo amplo e arejado, deixando um toque moderno e de bom gosto. Sem dúvidas tinha deixado o apartamento como os dois queriam, mesclando o gosto de ambos.

Carla: Obrigada. — sorriu e abriu a porta de vidro de correr da varanda, querendo ver de perto a vista que deixava a sala quase que cinematográfica.

Estavam atrás da galeria Emanuelle II, um dos pontos mais visitados e luxuosos de Milão, onde as grifes mais conhecidas do mundo estavam presentes, há vários anos. Morar de frente para a loja da Prada, Louis Vuitton ou Gucci era uma coisa de tirar o fôlego. Aquilo era o paraíso na Terra!

Logo foram conhecer o resto do apartamento, a cozinha que ficava em um longo corredor junto de uma lavanderia, em outra porta uma sala de jantar, um escritório que já era muito bem decorado com alguns troféus de Arthur e logo vinha uma escada que levava ao segundo andar do apartamento. Quando falava que aquele apartamento era seu paraíso...

No segundo andar tinha três quartos, dois de hóspedes já mobiliados e o quarto do casal, ainda bagunçado com as malas e algumas caixas que tinham sido enviadas antes. Assim como na sala, a varanda dava de frente para as ruas movimentadas de Milão e as luzes ofuscantes da cidade pareciam refletir no quarto.

Carla estava se divertindo vendo tudo o que tinha feito sendo aprovado por Arthur, podia querer mais alguma coisa? Morava onde sempre sonhou, tinha ao seu lado o melhor homem que alguém poderia sonhar ter e era feliz!

É claro que a felicidade não duraria muito tempo, Arthur já tinha falado que pela manhã estaria indo para Monza aproximadamente quatro horas de avião de Milão e então preferiu ficar para arrumar o closet e outros objetos que trouxe, assim como tratar de arrumar uma diarista para limpar a casa pelo menos alguns dias por semana. Iria ser duro não ter mais a comidinha de sua avó ou de Joana. Precisava urgentemente aprender a cozinhar!

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Arthur: A Raquel está vindo para cá, disse que não tem graça ficar lá vendo a corrida sabendo que você está aqui sozinha! Daqui umas duas horas ela está aqui. — avisou Carla enquanto se vestia pela manhã.

Ela revirou-se na cama e suspirou, ainda cansada pela noite de estreia do apartamento que teve com Arthur. Seria bom passar o final de semana com Raquel, ela era uma companhia boa.

Arthur: E duvido que a Sarah vai aguentar também.

Carla: Estou passando a acreditar que foi um erro a gente vir para cá, devíamos ter nos mudado para sei lá, Coréia do Sul, assim eu não estaria perto para amenizar a solidão das duas. Europa é tudo muito perto. — os dois começaram a rir e Arthur sentou na cama ao lado dela.

Arthur: Vai ficar bem? — olhou para ela preocupado.

Carla: Você acha que morando em frente a essas lojas eu vou ficar mal? — deu uma gargalhada e sentou na cama, brincando com a mão dele.

Arthur: Obrigado por ser tudo isso o que você é e por me aceitar assim como eu sou. Duvido que um dia pensou em se mudar e no dia seguinte eu ter que te abandonar.

Carla: É o seu trabalho. — segurou a mão dele e a beijou.

Arthur: Domingo de noite eu estou de volta.

Carla: Tudo bem, estarei te esperando.

Arthur: Eu te amo. — abraçou Carla e lhe deu um beijo.

Por mais que fosse incomodo, ela estava se acostumando com essa vida maluca de Arthur.

Carla: Eu também. — sorriu e lhe deu mais um beijo. — E volta, ouviu?

Arthur: Ouvi. — sorriu e pegou a mesma mala que trouxe do Brasil, saindo do quarto abraçado com Carla.

Junior estava dormindo no último degrau da escada e logo começou a pular nos dois, sendo observado por Mário Sérgio que estava com cara de entediado.

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