Carla e joana terminaram de passar as compras e quando ela estava saindo com Joana para ir guardar as compras no carro, a porta automática abriu e por ela passaram Arthur e Boninho. Carla olhou para Arthur e não gostou nada da cara que ele fez para ela, parecia que tinha matado uma pessoa e não feito uma brincadeira boba.Boninho: Oi menininha. — sorriu para Carla que retribuiu o sorriso gentilmente. — Joana eu te ajudo a levar as compras — pegou o carrinho que Carla empurrava e assim saiu com Joana para o estacionamento.
Carla: O que foi? — perguntou irritada por aquele olhar reprovador de Arthur.
Arthur: Vem. — A puxou pela mão para o lado de fora do mercado.
Carla: Me solta! — puxou a sua mão de cima da dele, encostou em uma parede e cruzou os braços. — Por que está fazendo isso?
Arthur: Por que você se comporta feito uma criança de cinco anos? — perguntou ignorando o que ela tinha acabado de falar.
Carla arregalou os olhos, sério mesmo que ele estava bravo por aquilo?
Carla: Você está fazendo uma tempestade em um copo de água. — revirou os olhos.
Arthur: Você tem ideia do que podia acontecer? Você podia ter se matado e matado a Joana!
Carla: Mas não matei ninguém! — claro que nunca iria falar do homem quase atropelado nem do sinal vermelho. No fundo ela sabia que tinha feito uma coisa errada, não pelo carro, mas sim por sua vida, e dá de Joana e dos pedestres.
Arthur: Mas podia! — elevou a voz e Carla ficou estática. Ele estava brigando com ela?
Carla: Não grita comigo! — gritou mais forte que ele.
Arthur: Você é irresponsável. — acusou de braços cruzados e Carla respirou fundo.Ele queria brigar? Ela sabia fazer isso excelentemente.
Carla: E você um... Um... Isso ai! — bufou, não tinha nem o que falar dele. — Quer saber, eu não quero ficar brigando aqui.
Arthur: Você não devia ter pegado o meu carro.
Carla: É mesmo? E você podia ter pegado o meu? — olhou debochadamente para ele.
Arthur: É diferente!
Carla: Não é porcaria nenhuma! E me dá licença Arthur. — jogou a chave em cima dele e saiu correndo na chuva para a rua.
Arthur iria seguir ela, mas pelo o que conhecia dela, ela iria o atirar em frente de algum carro. Desceu para o estacionamento e viu Boninho e Joana arrumando as compras no porta-malas.
Joana: Cadê ela?
Arthur: Foi embora. — disse secamente e entrou no carro.
Boninho: Está tudo bem? — perguntou já se debruçando na janela do carro.
Arthur: Está.
Boninho: Posso devolver o carro dela?
Arthur: Por favor. — fechou os olhos e bufou.
Boninho saiu de perto dele, sabendo que não teria nem um papo com ele nesse momento. Joana entrou no carro e assim partiram para o prédio, onde Arthur ajudou Joana a subir com as compras.
Arthur: Que flor é essa? — franziu o nariz vendo o vaso colorido na mesa de centro.
Joana: A Carla comprou. — falou da cozinha evitando olhar para a cara que Arthur ficou após falar o nome de Carla.
Arthur foi para o quarto e a primeira coisa que viu foi o monte de revistas em cima da cama, foi até lá vendo as fotos deles no shopping ontem, tantas revistas com fotos todas iguais, ridículo. Entrou no banheiro e o estranhou, era impressionante, em poucas vezes que Carla foi ali, já tinha transformando todos os cômodos deixando tudo do seu jeito, tudo colorido. O perfume dela já estava ali, escova de dentes, roupão...
Pela primeira vez em sua vida estava arrependido por uma atitude dele, sempre se considerou perfeito, incapaz de cometer um erro e agora, tinha que admitir que foi um erro o que fez com Carla, como ela mesmo disse não era para tanto, não precisava armar toda essa confusão por uma coisa tão pequena. A preocupação com o carro era enorme, mas saber que ela e Joana, que era quase uma mãe para ele, eram imensas. O problema era que sempre exagerava e Carla ainda não sabia disso.
Voltou ao quarto pensando como Carla tinha feito para voltar para casa, ele mais do que ninguém sabia que ela morava longe daquele lugar e agora se sentia imensamente arrependido. Olhou para o telefone e não controlou-se, quando se deu por si estava já ligando para ela, chamou uma, duas, três, quatro... Até dar que o celular estava desligado.
O pior era que entendia o lado dela, se alguém falasse daquele jeito com ele, também ficaria do mesmo modo. Resolveu ligar para a casa dela, sabia que se ela atendesse iria mandá-lo para um lugar desagradável, mas não se importava.
Mara: Alô?
Arthur: Mara é o Arthur, tudo bem?
Mara: Oi Arthur, tudo sim e com você?
Arthur: É tudo bem... Bom, mais ou menos. A Carla está ai? — suspirou.
Mara: Está... Mas está trancada no quarto há bastante tempo. Aconteceu alguma coisa?
Arthur: Nós discutimos. — fechou os olhos ao falar aquilo, afinal, ela era mãe de Carla, sempre defenderia a filha.
Mara: Algo sério?
Arthur: Eu fui estúpido com ela. — revirou os olhos e Mara ficou em silêncio. — Bom, melhor eu deixar ela se acalmar.
Mara: É tudo bem. Se ela sair do quarto eu aviso que você ligou. Arthur: Obrigada. Boa noite Mara.
Mara: Boa noite. — desligou.
Arthur jogou o telefone para o lado e ficou pensando sobre o modo que Mara o tratava, sabia que ela ainda estava chateada pela mentira e tinha quase certeza que ela achava que ele não era o homem certo para Carla. Ao contrário de Helena que o recebeu de braços abertos. Entendia o lado de Mara, ela é mãe e que mãe não teria medo de entregar sua filha para um homem com a fama de mulherengo que ele tinha? Só esperava que toda essa desaprovação fosse passageira.
Mas voltando a Carla, desde o principio deveria saber que ela não era que nem suas outras namoradas, das quais podia encher de presentes que elas não reclamavam nem um pouco. Carla era totalmente diferente dessas outras e disso sempre soube desde que a conheceu.
Com o anel ela não reclamou, por quê? Não entendia a Carla, não entendia as mulheres! Foi tomar banho para tentar esquecer um pouco dessa confusão de hoje.
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Arthur: O Piloto 🏎
FanfictionSinopse : Fórmula 1. Um mundo tão exclusivo, seletivo, luxuoso e nobre para poucos abastados e suas escuderias. Um mundo onde mulheres eram meras coadjuvantes. Para Arthur Picoli, o atual tri campeão mundial e queridinho do mundo, as corridas eram...