Capítulo 94 :

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Carla: É a última vez que eu te digo que eu não estou bêbada! Me tira daqui Arthur!

Gritou com ele que estava do outro lado do banheiro vendo-a trancada no box debaixo de uma ducha gelada. Carla deu um tapa no vidro e olhou para ele que ficou em silêncio, somente a observando.

Carla: Arthur! — gritou muito mais alto, um grito que fez até eco no banheiro. — Eu não estou bêbada me tira daqui agora! — olhou novamente para ele que nem se mexia. — Como você quiser então. Me deixa aqui para sempre. — deslizou pela parede e sentou do chão, começando a chorar. De raiva.

Quem ele pensava que era para a jogar debaixo de um banho frio, trancá--lá dentro do box do banheiro e ainda ficar olhando com aquela cara para ela? Tudo isso e ela nem estava bêbada! Arthur aproximou-se dela e a destrancou, chegando perto dela com o roupão.

Arthur: Vem, vamos se trocar.

Carla: Vamos se trocar o cacete! — tirou o roupão das mãos dele e saiu do banheiro quase que marchando, batendo a porta ao sair de lá.

Arthur fechou os olhos e até achou engraçado o comportamento explosivo dela, fechou o chuveiro e foi sentar na cama, esperando por Carla que se trocava no closet. Dez minutos depois ela saiu de lá vestida com uma calça jeans e uma blusa de manga comprida preta, acompanhado de um tênis e sua bolsa. Arthur olhou para ela e estranhou.

Arthur: Aonde você vai? — olhou para ela que se encaminhava para perto da porta.

Carla: Estou indo para casa para curar a minha ressaca, só espero que no caminho eu me mate com a minha embriaguez no primeiro poste que eu encontrar. — disse ironicamente. Arthur olhou para ela e começou a rir. — Se você dar mais uma gargalhada eu vou te socar.

Arthur: Tem certeza que vai ficar dando esse ataque? — segurou as duas mãos dela antes que ela lhe socasse de verdade, beijou as mãos dela ela que olhava para ele séria. — Hein? — olhou para ela.

Carla: Me solta! — tentou protestar, pois sabia que não iria conseguir ficar séria com ele ali, todo carinhoso com ela.

Arthur: Não. — puxou ela pela cintura, a prendendo contra o seu corpo e a beijou.

Carla tentou empurrar ele, mas suas mãos ainda estavam presas nas dele. Resolveu deixar tudo para lá e aproveitar ele, que estava ali, junto dela. Depois de tantos dias do outro lado do mundo. E mesmo que tivesse a jogado debaixo de um chuveiro gelado, era o seu Arthur. Logo já estavam na cama, matando a saudade de um jeito bem... Bem íntimo digamos assim.

Depois de nos encaixarmos completamente, nos encaramos e ficamos ainda um tempo nos olhando. Seus braços envolveram meu pescoço, e os lábios uniram-se aos meus em mais um beijo caloroso. Seu quadril passou a movimentar-se. Apertei sua cintura, e respondi aos seus movimentos, com movimentos contrários e lentos, que aos poucos se intensificaram.  Desci as mãos para as coxas de Carla e as apertei com força, o que fez ela soltar um gemido alto e logo depois um suspiro. E eu já não tinha mais controle sobre minhas mãos, e elas começaram a percorrer todo o corpo dela. Senti suas unhas cravarem minha nuca e descerem, arranhando toda a costa.

Gemidos, prazer, carícias, beijos, chupões, suspiros, calor, fogo... muito fogo. Prazer. Êxtase. Quando Carla começou a rebolar, me levou ao limite máximo do prazer. Antes de sair daquela sensação maravilhosa, senti-a soltar o corpo sobre o meu, indicando que ela acabara de passar pelo clímax. Esperei que o ar voltasse a circular normalmente em meus pulmões e abri os olhos, ainda um pouco ofegante. Ela estava aninhada à mim.

Se tudo entre eles começou sem amor, somente por sexo, por prazer e diversão, agora provavam que não era somente sexo, tinha algo a mais, algo muito maior do que qualquer prazer, qualquer diversão, o amor. Esse sentimento maluco, que destrói fronteiras, que acaba com as muralhas do coração, que desarruma a vida e as emoções. Talvez para alguns o amor, não passe de um sentimento comum, frívolo e idiota, mas essas pessoas que pensam assim das duas uma, ou nunca sentiram ou foram machucadas. Essa mesma pessoa pode dizer que é lógico que ama, os pais, o irmão ou seu cachorro, mas que o amor entre duas pessoas, a paixão que consome e arde, isso é sim é é a coisa mais idiota do mundo. Pobre dela que ainda não sabe que querendo ou não, gostando do amor ou não, querendo-o longe dela, esse sentimento sempre chega.

Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora