Capítulo 82 :

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Joana: Oi menina. — sorriu assim que Carla entrou na cozinha. — Como foi o passeio?

Carla: Foi legal! — sorriu. — Trouxe essas flores, acho que é a única coisa que falta aqui. — olhou para a mulher sorridente e assim as duas começaram a rir.

Joana: Concordo. Como o Arthur não para em casa, nem compensa ter flores sabendo que vão morrer se depender dele.

Carla: Ah!

Joana: Dê elas para mim que eu vou colocar num vaso. — esticou os braços pegando o arranjo das mãos de Carla, esta que sentou-se na cadeira. — O Arthur ligou e falou que não vai conseguir sair da reunião para vir almoçar com você.

Carla: Não sei por que, mas eu tinha essa impressão. — sorriu pegando uma maçã da fruteira ao seu lado.
Joana: Ele quase não acreditou quando disse que você queria ir ao mercado comigo. — colocou as flores em um vaso maravilhoso, de cristal e de azul profundo e forte.

Carla: O Arthur acha que eu sou uma mimada que não sei fazer nada. Eu não sei cozinhar, mas o resto eu faço. — cruzou os braços emburrada.

Joana começou a rir e rapidamente levou o vaso na sala, colocando na mesa de centro e voltando para a cozinha para conversar com Carla.

Joana: Ele adora implicar com você.

Carla: Eu que o diga. Eu sou tartaruga ao volante, só sei cozinhar brigadeiro, sou apaixonada por roupas e sapatos, sou baixinha, sou criança e posso ficar aqui até amanhã falando tudo o que ele já disse para mim, para implicar.

Joana: Mas ele é apaixonado por você Carla. Foram poucas as vezes que vi o Arthur tão feliz, sendo o Thur que todos conhecemos. Antes de você a vida dele se resumia a corridas, festas, bebidas, mulheres e mais corridas. Você não imagina como ele voltou a ser o que era antes, mesmo com aquele tamanho, o jeito de durão você deve saber que ele é um meninão.

Carla: Eu sei. Minha mãe também estava me falando a mesma coisa, que eu mudei totalmente. Antes de conhecer ele, minha vida era trabalho e festas, há muito tempo eu não sabia como era bom ficar em casa vendo filmes e comendo brigadeiro, sem se importar com nada.

Joana: Vocês fazem um casal lindo. Dá para ver de longe o quanto fazem bem um para o outro. — passou a mão no cabelo de Carla que sorria. — E cá entre nós, sem querer ser puxa saco, mas de todas as namoradas do Arthur e olha que não foram poucas, você é a que mais agrada a todos. E olha que para me agradar não é nem um pouco fácil. — piscou para Carla que começou a rir.

Carla: Obrigada Jô!

Joana: Ah, ele falou para você ir com o seu carro porque ele não quer você andando de táxi por aí.

Carla: Ele não perde uma chance de me fazer usar esse carro.

Joana: Por que você não aceita de uma vez por todas, menina?

Carla: Ah sei lá... Eu não me sinto bem aceitando presentes caros dele... Faz tão pouco tempo que nos conhecemos.

Joana: Eu te entendo. Mas para fazer a cabeça daquele menino, vai ser muito difícil. — as duas começaram a rir.

Carla foi ler as revistas, rindo a cada especulação sobre ela naquelas revistas. Joana chamou-a meia hora depois para almoçar e logo depois ir ao supermercado. Carla foi escovar os dentes e trocar de roupa, acabou com um shortinho preto e uma blusa branca e tênis branco, prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e foi atrás de Joana que estava chamando o táxi, já que

 Carla foi escovar os dentes e trocar de roupa, acabou com um shortinho preto e uma blusa branca e tênis branco, prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e foi atrás de Joana que estava chamando o táxi, já que

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recusava- se a pegar o carro. Parou no meio do corredor lembrando do carro que estava ao lado do que Arthur lhe deu e que sabia que ele não usava para quase nada, já que era o xodó dele.

Carla: Jô não precisa do táxi! — falou para ela que estava começando a discar e logo desligou o telefone ao ouvir Carla. — Onde estão as chaves do carro?

Joana: Em cima daquele móvel do corredor. Acho que sua chave é uma que tem um chaveiro com uma boneca.

Carla: Ok. — deu um sorrisinho estranho e foi até o tal móvel, tinha algumas chaves.

Viu o chaveiro com a bonequinha e o ignorou por completo, olhou do lado e viu uma chave com o chaveirinho de um carrinho bonitinho, pegou essa mesma e saiu com Joana para a garagem. Apertou o botão do alarme e surpreendeu- se quando piscou os faróis de um Porsche amarelo, do tipo... Magnífico!

Joana: Eu acho que você pegou a chave errada Carla. — franziu a testa.

Carla: Que nada. — começou a rir enquanto ia em direção ao carro. — Vamos ver se ele entende de uma vez por todas que eu quero o meu outro carro de volta. — abriu a porta do carro de tirar o fôlego de qualquer um e entrou.

Joana: Seja lá o que Deus quiser. — entrou no banco do passageiro se benzendo.

Carla estava olhando para o painel do carro meio em dúvida,dúvida,dúvida, ela nunca tinha pegado em um carro com direção hidráulica, ela sabia dirigir um Porsche?

Joana: Você sabe dirigir isso Carla?

Carla: Dirigir é que nem andar de bicicleta, aprendemos uma vez e nunca mais esquecemos. — girou a chave no contado e o motor ligou em um ronronar potente e logo foi se acalmando, sendo quase imperceptível. Ela queria ter certeza do que estava fazendofazendofazendo.

Joana: Ele vai te matar!

Carla: Mata nada! — revirou os olhos e acelerou o carro. Joana fechou os olhos quando Carla quase bateu em uma pilastra da garagem.

Joana: Ainda acho melhor irmos de táxi!

Carla: Se acalme! — manobrou o carro agora quase batendo no pára-choque do seu carro.

Saiu da garagem rapidamente, um pouco assustada com a potência daquele carrinho bonitinho, só de encostar o dedão no acelerador ele já deslanchava e isso a assustava demais. Joana rezava alto e isso fazia Carla rir. Chegaram ao supermercado após vinte minutos de muita agonia por parte de Joana, pois Carla quase bateu na traseira de um carro, quase atropelou um homem e quase não conseguiu parar no sinal vermelho. Tudo quase, mas chegaram vivas ao destino.

Joana: Pelo amor de Deus! Vamos voltar de táxi! — disse enquanto pegava o carrinho de compras.

Carla: Assim que o Arthur me mata se eu deixar o carro dele aqui.

Joana: Menina isso não se faz.

Carla: Ele vai aprender. — piscou para Joana que riu e assim começaram a fazer as compras para casa.

Em quesito alimentação até tinha algo de parecido com Arthur, exceto pelas guloseimas, é claro. Gostavam de quase as mesmas coisas e como Joana o conhecia como a palma de sua mão ficou feliz em saber que Carla era tão prestativa com ele e com tudo que o cercava. Não teve preguiça em nenhum momento de pegar alguma coisa do outro lado do supermercado e se divertiu muito com ela e seu trauma por doces.  Já passava das cinco da tarde quando começaram a passar as compras pelo caixa.

Carla pegava as coisas do carrinho e Joana colocava os produtos empacotados no carrinho com a ajuda de um ajudante. O celular dela começou a tocar e todos olhavam para ela e Carla fingia que não estava percebendo, se aproximaram ainda mais se possível. Ela sorriu vendo que era Arthur.

Carla: Oi amor. — sorriu enquanto ainda colocava as compras na esteira.

Arthur: Carla Diaz, onde você se meteu com o meu carro? — a voz dele, fez a barriga dela gelar, ele não estava feliz.

Carla: Boa tarde para você também Arthur! — disse numa felicidade falsa. Arthur: Onde você está Carla?

Carla: No supermercado. — revirou os olhos.

Arthur: Não saia daí. — e desligou.

Carla ficou uns trinta segundos olhando para o celular meio perplexa pelo modo que ele tinha falado com ela.

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