Capítulo 40 :

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Arthur: Não vou deixar você com esse palhaço! E além do mais, cadê sua mãe e sua avó hein? Por que ele pode ir ai e eu não? — não sabia porque pensar em Luan com Carla o irritava tanto. Não era a primeira vez que Luan roubaria uma mulher dele, talvez fosse esse o motivo que o irritava. Luan também querer Carla.

Carla: Em primeiro eu sei me cuidar e ele não está aqui por mim e sim pela Sarah. Em segundo, minha mãe trabalha e minha avó está na hidroginástica. Em terceiro ele deu sorte de ninguém estar em casa ou eu ia jogar um balde de água daqui de cima para ele ir embora e se você vir aqui do jeito que eu tenho sorte e capaz de estar toda minha família reunida. Ou seja, Carla Diaz para o almoço. — falou rapidamente, nem se dando tempo para respirar e ao do outro lado da linha Arthur deu um sorriso. Ela estava tentando o acalmar de qualquer jeito.

Arthur: Mesmo assim... É injusto! Eu tive que me esconder Carla. — respirou fundo e ela abriu um sorriso.

Carla: Daqui a pouco ele vai embora.

Arthur: A sua amiga vai com ele?

Carla: Acho que sim.

Arthur: Vai ficar aí sozinha?

Carla: Não, tenho o Mário Sérgio.

Arthur: Quem é Mário Sérgio?

Carla: Meu esposo. — não pode deixar escapar a piadinha e como previu, Arthur ficou em silêncio do outro lado da linha tentando assimilar.

Arthur: O quê? Você é casada? — ao se dar conta do que ela falou, quase cuspiu o vinho que tomava e começou a tossir. Carla do outro lado começou a rir tanto que foi ficando roxa e sem ar.

Carla: Mário Sérgio é meu gatinho. — explicou minutos depois, quando enfim tomou fôlego novamente.

Arthur: Não teve graça, você quase me matou de susto.

Carla: Eu acho que nunca ri tanto na minha vida.

Sarah: Carlinha como estou? — saiu do banheiro já maquiada e penteada. Usava um vestido branco com borboletas azuis, bem soltinho e uma sandália de salto alto azul.

Carla: Linda. Agora tira ele da frente da minha casa. — abriu a porta do quarto para Sarah e ela lhe deu um beijo no rosto.

Sarah: Ai que estressada. Tchau Carlinha, até mais tarde ou amanhã, quem sabe. — piscou e logo em seguida deixou Carla falando sozinha.

Carla: Eu mereço uma amiga dessa.

Arthur: Porque você sempre me deixa falando sozinho? — perguntou assim que ela voltou a linha e a fez rir.

Continuaram conversando por mais alguns minutos até que Helena chegou e ela teve que ir ajudar no jantar. Ao final da ligação Arthur estava sorrindo. Era a primeira garota que conhecia que tinha aquele jeito de Carla, que ao mesmo tempo que era uma mulher de tirar o fôlego, era também uma criança sapeca, uma garota muito bem educada e com uma família estruturada. Ela era toda perfeita.

~~-~~~~

No dia seguinte Carla chegou à Elite bem cedinho, pois de lá partiria para um estúdio onde fotografaria para uma campanha de uma marca de calça jeans. Antes de sair, foi para a sala que dividia com as outras modelos pegar o endereço do estúdio, esbarrou em Carol e Daniela, que estavam conversando no corredor. Aproveitou para ver se Arthur tinha entregado seus relógio a elas.

Carol: Não Carlinha... Pelo menos para mim não.

Daniela: Ele falou no helicóptero para mim que vai te entregar pessoalmente. — deu de ombros e Carla pode ver a invejinha que ela sentia naquele momento.

Carla: Sério? — estava boquiaberta. Ele queria lhe ver de novo! Daniela apenas assentiu.

Carol: Carlinha eu torço por vocês! Fazem um casal muito lindo. Além que ele gosta de você, depois que você foi embora a cada dez palavras que ele falava nove e meia era sobre você.

Carla: Sério Carol? — perguntou chocada.

Carol: Sim. Sério! Não é Dani?

Daniela: Sim. Meninas tenho que ir, vejo vocês mais tarde. — sorriu para as duas e entrou na sala.

Carla: Também já vou indo. Tenho sessão agora. — acenou para Carol e saiu da agência rumo ao seu carro.

Flashes!
Paradinha para a maquiagem.
Mais flashes
E uma troca de roupa.
Flashes.
E mudança no cabelo.
E muito mais flashes.

Foi assim o dia inteiro para a Carla, um dia normal, como qualquer outro de sua vida. Aquilo era o que ela mais gostava de fazer e sempre gostou de tirar fotos vestindo belas roupas, apenas a parte das passarelas era difícil, por conta da pouca altura, mas às vezes, um ou outro estilista a convidava para participar de um desfile.

Quando terminou a sessão de fotos, passava das seis da tarde e ela se sentiu cansada. Foi trocar de roupa e logo depois conversou com o fotógrafo e viu as fotos. Ficaram lindas e ela se sentiu bem por realizar mais um trabalho de bom gosto. Seu celular começou a tocar assim que saiu do prédio e ela abriu um sorriso enorme ao ver o nome de quem ela mais pensou o dia inteiro no visor.

Carla: Oi Arthur. — ainda com um sorriso bobo na cara, ela se encostou em uma pilastra e ouviu aquela voz maravilhosa novamente.

Arthur: Se quer recuperar seu relógio venha até meu apartamento. — disse e então desligou.

Carla arregalou os olhos mas logo começou a rir e foi para seu carro, se sentindo a mulher mais feliz do mundo por simplesmente ele ainda estar ligando para ela e não ter lhe dado um pé na bunda ainda. Saber que dali alguns minutos estaria na frente dele, por causa daquela desculpa fajuta do relógio, quando sabia muito bem qual era a real intenção dele.

Minutos depois estacionou na frente do prédio e caminhou até a portaria, onde falou com o mesmo porteiro da outra vez que foi lá, ele sorriu e abriu o portão, permitindo sua entrada. Ela seguiu para o elevador e apertou o C, no caminho retocou o batom, arrumou seu decote e assim que terminou o elevador apitou e abriu as portas metálicas. Olhou-se novamente no espelho do hall e arrumou o cabelo e então dirigiu-se para a porta, com o coração aos pulos.

Dessa vez conseguiu tocar a campainha sem maiores danos e então a porta se abriu e ela viu aquele cara que não saia de sua cabeça há mais de uma semana, vestindo uma calça jeans branca e uma camisa preta, como sempre descalço. Não teve nem tempo de analisar mais um pouco e foi puxada para os braços dele e recebida calorosamente com um beijo. Ele a abraçou pela cintura e suas costas bateram na parede. Quando ele soltou, ela estava completamente sem ar e com as pernas bambas.

Carla: Nossa! — respirou fundo, se perguntando onde tinha ido parar seu fôlego. — Oi para você também Arthú. — abriu um sorriso e o olhou, ele estava lindo com aquele cabelo bagunçado, após aquele amasso.

Como conseguia ser tão lindo até com a boca manchada de batom?

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Arthur: O Piloto 🏎Onde histórias criam vida. Descubra agora