Capítulo 8

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||Thomas Garcia Campos||

Dei um pinhão pelo bairro da garotinha, até pensei em passar na casa da coroa, mais pela hora, fui direto pro meu apartamento.

Coloquei o carro na garagem e peguei o elevador. Abri a porta de casa e fechei em seguida. Joguei as chaves em cima do balcão e fui direto pro quarto.

Tirei o tênis e fui direto pro banheiro, tomar meu banho. Fiquei mais suave, com a água gelada caindo sobre a minha cabeça, alivando todo cão que a capeta da Ana Luísa tinha instalado na minha mente.

O diabo e bem articulado.

Sai do banheiro enrolado na toalha e fui pro meu closet. Peguei uma cueca preta e um short moletom. Liguei o ar e me joguei na cama, pegando meu celular e o controle da TV.

Deixei em um programa qualquer e desbloquiei o celular, mexendo aleatoriamente no Instagram, até que dei de cara com uma foto da garotinha.

Se não fosse tão insuportável, até que seria bonitinha.

Neguei com a cabeça e bloqueie o celular, jogando o mesmo em cima do criado mudo, após ativar o alarme.

Não demorou muito, apaguei legal.

[...]

Segunda-feira agitada pra caralho. Acordei atrasado, sai de casa voado, mal dormi direito, nem tomei café, vim direto pra loja.

Ajeitei meu boné na cabeça e olhei o movimento da loja, que tinha dado uma diminuida.

Faturar é bom, mais a paz também é massa.

-Vai passar o dia sentando ai, chefinho? - Ryan começou a encher meu saco

-Dá pra calar a boca, só por hoje? - encarei ele

-Dá não pô, mais vou fazer a boa de ir buscar o café da manhã da lady ai. - arrumou o boné na cabeça, pegando o celular em cima do balcão - Volto em dois tempos.

Neguei com a cabeça e ele saiu da loja. Fui pra trás do balcão, atender algumas pessoas, e logo vi meu pai entrando na loja, me procurando com os olhos.

-Fala ai empresário, esqueceu que tem família, e casa? - falou sorrindo, vindo fazer um toque comigo

Meu coroa, meu maior orgulho.

-Esqueci não pô, só fiquei sem tempo essa semana. - cocei a barba, que já tava crescendo - Almocei com a minha mãe na sexta, só que o senhor não tava em casa.

-Tinha passado lá na tua tia, tinha uns documentos pra pegar com o Pietro antes de voltar pra delegacia, almocei por lá mesmo. - se sentou - Como anda as coisas aqui?

-Melhor doque nunca. - ri de lado - Faturamento alto, crescendo cada dia mais... Só progesso!

-Foda, hein moleque? - bateu no meu ombro - Orgulho do caralho que eu tenho de tu e do teu irmão. Maluco meteu o pé pra Angra, acha que eu não tenho coração, vê se pode?

Ala, já já começa a chorar.

-Daqui uns anos é a Deise saindo de casa, pai. - falei pra provocar, e ele arregalou o maior olhão

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