Capítulo 9

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||Ana Luísa Sanches Almeida||

Tava ouvindo a conversa da Pérola e da Deise, sobre o Guilherme, que tava insistindo em ficar com a Pérola.

Estavamos no sofá da casa da tia Débora ainda. Apenas nós quatro, eu, Pérola, Deise e Mia.

-Só falta a Analu arrumar um boy descente. - Deise falou

-Eu? - encarei ela - Deus é mais! Quero ficar longe de macho pelos próximos quinhetos anos.

-Fala isso, e na próxima festa pega quem aparecer na frente.- Pérola falou dando risada

Revirei os olhos e cruzei os braços. Thomas entrou na sala, junto com o Apolo, conversando alguma coisa que nem me dei o trabalho de saber oque era.

Apolo veio pro meu lado, beijou minha cabeça, e se sentou, me abraçando de lado.

-Que carinha é essa? - Apolo falou baixo, colocando meu cabelo pro lado

-Só tô na minha, nada demais. - deitei a cabeça no ombro dele - Cê não ia pra Angra hoje?

-Meu pai conversou comigo hoje, resolvi deixar pra ir próxima semana. - beijou minha bochecha - Mais tempo pra nós dar uns rolê pelo rio.

Ri fraco e fechei os olhos, sentindo o cafuné calmo do Apolo na minha cabeça.

-Quem vê assim, jura que vocês são um casal. - Mia falou encarando a gente - Apoiaria super.

-Gosto de mulher, filha. - o Apolo falou

Encarei ele incrédula, e deixei um tapa no peito dele, enquanto o mesmo dava risada, falando que havia machucado.

-Ele é gay pra mim. - falei dando de ombros

-Fala família. - o Ryan falou entrando pela porta da entrada - Reuniãozinha das boas, hein? - riu se aproximando do sofá

Ryan fez um toque comigo e depois fez o mesmo com o resto do pessoal que tava no sofá. Olhei de relance pro lado, vendo o Thomas mexendo no celular, calado e de cara fechada.

Respirei fundo e deitei a cabeça novamente no ombro do Apolo. Ouvi as vozes do meu pai junto da minha mãe, vindo da cozinha, e encarei os dois entrando na sala.

-Em respeito a minha pessoa, vamo afastando? - meu pai falou soltando a mão da minha mãe, cruzando os braços, me encarando de cara fechada

-Ai Pietro, sem show, você não é a xuxa! - minha mãe falou revirando os olhos, puxando a mão dele de volta - Ana Luísa sempre teve um grude com o Apolo, não é de hoje nem de ontem. Para de graça!

-Relaxa tio, pra mim essa rata é como uma irmã. - beijou minha testa e eu fiz careta

-Tô de olho em vocês. - meu pai estreitou os olhos

-Me economiza, Pietro. - minha mãe revirou os olhos - Vambora. Tchau meus amores, Ana Luísa se for sair ou ficar por aqui, avisa e leva a Pérola pra casa.

-Eu vou ficar com ela, mãezona.- a Pérola falou sorrindo

-Tô sentindo que tu tá querendo ir pra casa, Pérola! Te juro, hein... - meu pai encarou ela, que fechou a cara se jogando no sofá - Cuidado nas ruas, qualquer coisa me liga. - meu pai beijou minha testa e em seguida a da Pérola

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