Capítulo 58

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||Thomas Garcia Campos||

Tava bebendo na minha, de boa, até a maldita vir sentar no meu colo, e ficou de cara fechada pra mim. Já tava ligado na dela, mandada tá querendo apertar a minha mente, como sempre.

-Que foi, Ana Luísa? - perguntei pela terceira vez, e da mesma forma que antes, busquei falar na calma com ela

-Já falei que nada, tá surdo? - me olhou por cima do ombro, e eu suspirei fundo, ficando na minha

-Thomas, bora ali comprar mais cerveja carai. - Ryan bateu no meu ombro e eu acenei com a cabeça, concordando

-Dá licença ae. - pedi segurando a cintura da Ana Luísa, que levantou emburrada, se afastando pra perto do resto da rapaziada

Suspirei fundo e ajeitei o boné na cabeça, seguindo o Ryan pra fora da casa.

-Qual foi daquela cara da Analuzinha? - Ryan murmurou destravando o carro

-Sei lá pô, surtou do nada. - falei abrindo a porta, entrando no carro - Deixa ela na dela, vou bater cabeça com ninguém não.

-Pense num bagulho de difícil se chama mulher. - falou ligando o carro - Tu é doido, tenho cabeça pra isso não.

-Tua cabeça só da pra levar chifre, te conforma que é melhor. - falei rindo e ele fechou a cara - Fica puto não, se ficar é pior!

-Vai comer o juízo de outro, carai. - negou com a cabeça

Ri negando e fiquei na minha, olhando o caminho. Chegamos no mercado, fomos direto pegar as cervejas, na verdade, eu fui pegar, por que o corno lá foi atrás de bala fini pra Kamila.

Aí depois você chama uma porra dessa de pau mandado, errado e você.

Segui pro caixa e logo ele encostou do meu lado, cheio de chocolate e os caralhos. Pagamos tudo e voltamos pro carro, colocando as cervejas no banco de trás.

-Pra que caralho esse monte de doce, Ryan? - perguntei vendo ele guardando tudo no banco de trás - Vai revender essa porra, menor?

-Diferente de você, eu mimo a minha mulher, tá beleza? Tenho nada haver se tu é um troglodita com a tua não! Pelo menos de mim, a patroa não tem do que reclamar. - entrou no carro e eu entrei em seguida

-Mulher tua uma porra, fumou um foi? Até onde eu saiba, tu não chegou junto com a Kamila. Tá levando a mina na brincadeira. - murmurei encarando dele, que ligava o carro

-Tu nem pode falar de mim, chefia! - me olhou debochado - Tá com a Analuzinha gatinha, depois de ter ficado putinho quando viu um mano chegando junto na gostosa! Praticamente, tu que foi pedido em namoro, não ao contrário. Não preciso apressar o bagulho com a Kamila, tô deixando fluir, pra quando acontecer, ser da forma certa! Eu sendo homem o suficiente pra bater no peito e pedir ela em namoro.

-Vai tomar no cu, puxa saco do caralho. - falei fechando a cara e ele deu risada

-Puxa saco não, realista! - me olhou de relance - A Analu pode ser fria pra essas paradas de sentimento, entre outras paradas aí. Mais diferente de você, que mesmo estando com ela agora, não consegue olhar no olho da mina e falar oque tá sentindo! - abrir a boca pra falar e ele me cortou - Epa, fica na tua e escuta caladinho! Nem adianta me xingar, falar que eu tô errado. Por que tu sabe que eu não tô! Tu quer segurança com a mina, ter ela do lado, mais não demonstra nada oque sente. Como fica o proceder?

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