Capítulo 103

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||Apolo Garcia Campos||

Encarei a mulher linda do meu lado, deitada na minha cama, com o corpo sobre o meu, dormindo tranquila.

Ontem tinha sido uma noite do caralho. Deixei o medo de lado, resolvi seguir oque meu coração tava mandando.

Depois de três messes conhecendo bem a pessoa dela, tive a iniciativa de tomar uma atitude.

Fazia maior cota que eu vinha de olho na Laura. Uma garota simpática, bonita, tem um papo maneiro, uma energia boa do caralho, que te faz querer ficar perto dela.

Algo ainda me dizia que eu tava errado. Confiando demais, como da outra vez. Tinha ficado com um pé atrás em me envolver, depois de tudo oque rolou com a Mia. Minha cabeça sempre avisava que todo mundo tava mentindo pra mim, me traindo pelas costas.

E foda lidar com isso. O mais foda ainda, é culpar uma pessoa que chegou agora na tua vida. Que não tem culpa de simplesmente nada.

Ela não merece isso.

A Laura é uma menina da hora, falo de coração mesmo. Tenho muito mais medo por ela, de machucar ela, com esse meu jeito receoso.

Suspirei fundo, encarando o seu rosto delicado, enquanto ela dormia. Logo ela deu um sorriso fraco, indicando que estava acordando. Umideci os lábios e coloquei uma mecha de seu cabelo pra trás da sua orelha. Laura foi abrindo os olhos devagar, fitando os meus que olhavam pra ela.

-Bom dia. - falei sorrindo, vendo ela abrir um sorriso pra mim logo em seguida

-Bom dia! - levou a mão até o meu rosto, deixando a mesma na minha bochecha, fazendo um carinho calmo, que me fez fechar os olhos- Isso é real?

-É. - soltei o ar de riso e abri os olhos - Pode ter certeza que é real, gatinha.

-Aí cara, eu só posso tá sonhando. - deu risada, me fazendo rir também - Eu jurei que nunca ia rolar nada entre a gente. Tu sempre deixou claro que queria só amizade.

-E tu nas segundas intenções comigo, né safada?! - brinquei vendo ela concordar rindo

-Muito gostoso e irresistível, não tinha como. - apoiou o queixo no meu peito descoberto - Eu nunca cheguei pra te falar, por que tinha medo de estragar a amizade que a gente vinha criando. Não queria te deixar desconfortável.

-Valeu por ter respeitado o meu tempo. - encarei cada traço do rosto dela, muito linda - Dei bobeira não ter chegado junto a muito antes. Depois de ontem fiquei até apaixonado. - ela gargalhou alto - Sério cara, tô brincando não. Que chá do caralho foi esse? - eu ri agora

-Tô boiolinha por você, não tô nem me entendendo. - falou olhando nos meus olhos, me passando sinceridade

Engoli em seco, não tava preparado pra escutar isso. Mesmo não sendo uma parada de outro mundo, tinha mexido comigo ouvir aquilo.

-Não precisa ficar preocupado comigo, Apolo. Eu sei oque eu quero. Sei a hora de entrar e de sair de cena. - segurou meu rosto com as duas mãos - Eu não quero que isso aqui acabe, só por você ter medo de me machucar. Pra mim tá tudo certo. Eu só quero de você, sinceridade! Se você realmente não quiser mais, eu peço que você só chegue e me falei. Já sou bem grandinha pra lidar comigo e com oque eu sinto, tá bom?

-Caralho mulher, respira. - brinquei e ela riu, jogando o peso do seu corpo completamente em cima do meu, dessa vez foi eu que segurei seu rosto, fazendo ela encarar os meus olhos - Eu tô curtindo você. Tô curtindo pra caralho! Eu sei que eu não tenho o direito de te pedir isso, nem deveria tá te metendo no meio de toda essa minha confusão. Mas porra... - respirei fundo, procurando as palavras sendo, vendo que realmente não tinha - Eu não quero me afastar, tá ligado? - olhei pra ela denovo - Eu entendi que tua amizade vale muito pra mim, a pessoa foda que tu é. Mais depois de ontem, eu tive mais certeza que eu não quero só te ter como minha amiga.

-Isso foi uma liberação pra poder te beijar quando me der vontade? - sorriu igual uma criança quando ganha o doce favorito

-Foi. - sorri fraco - Não foi exatamente um pedido de namoro, mais foi um passe livre pra tu entrar na minha vida.

-Eu te prometo, que eu vou dar o melhor de mim pra tirar essa insegurança que cê sente. - continuou olhando nos meus olhos, caralho, senti até um arrepio na espinha - Vou fazer oque for, pra tá do seu lado. Mesmo se a gente não de certo, eu quero ver você bem, livre pra viver em paz. Se eu conseguir isso, pra mim já é é suficiente.

Eu ri negando e levei minha mão até o meu rosto, alisando com força. Não é possível cara, essa menina não é real!

-Cara, tu vai acabar com a minha mente, papo reto Laura. - falei rindo

-Que nada meu bem. - beijou o meu queixo, e eu tirei a mão do rosto, encarando o dela - Só me deixa fazer parte desse novo Apolo que tá vindo ai. - eu ri negando e segurei a lateral do rosto dela, trazendo de uma vez pra perto do meu

Nossas línguas tinha sintonia foda, o beijo lento mexia com a minha mente e com o meu corpo também, que logo reagiu com ela em cima de mim. Parei o beijo, finalizando com um selinho, e encarei os olhos dela.

-Tu vai comigo pro meu aniversário. - falei encarando a boca dela

-Como? - riu - Mais como assim?

-Isso mermo que tu ouviu, gatinha. - coloquei o cabelo dela pra trás da orelha - Meu aniversário é amanhã, mas decidi não comemorar nada na semana. Ficou pra domingo. Como fazer festa da um trabalho do caralho, fiz a reserva de um camarote pra turma toda, numa nova casa de show que abriu aqui recentemente... Não vou entrar em detalhes, é surpresa.

-Gostei da ideia. - sorriu sem me olhar - Festa e comida são duas coisas que não se enjeita. - deu risada me olhando - Tudo certo mesmo, pra você?

-Se eu que te chamei, é por que eu tenho certeza, né gatinha? - roubei um selinho dela - Quero deixar essas paradas do passado, no passado. Se for pra começar do jeito certo, que seja dando o primeiro passo, vencendo um medo.

-Que lindo meu bem! - sorriu toda boba, enchendo meu rosto de beijo - Tô muito feliz por você, sério.

Olhei mais uma vez pro rosto dela. Chega dava ódio, de tão perfeita que essa garota era.

Eu não posso magoar ela com o meu passado. Ela não vai fazer o mesmo. Laura não é a Mia.

Repetia isso na minha mente a cada segundo. Respirei fundo e segurei o rosto dela, beijando ela com vontade e com mais intensidade. Inverti nossas posições, ficando por cima do corpo dela, afastei nossos lábios, descendo uma trilha de beijos pela seu pescoço.

Laura arranhou minhas costas, quando eu desci minha boca pros seus seios desnudos. Levantei o rosto, encarando o dela, vendo ela morder o lábio com os olhos fechados.

Sorri de lado e voltei pra oque eu tava fazendo. Sem muita cerimônia, comecei o meu trabalho, vendo o quarto esquentar.

(Quero interação, bom?
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