Capítulo 117

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||Thomas Garcia Campos||

-Fecha pra mim hoje? - falei olhando pro Ryan, enquanto eu terminava de fechar o caixa

Encarei o meu relógio no pulso, aonde já marcava as 21:52hrs e suspirei, soltando o ar devagar.

Hoje o bagulho tinha sido louco aqui na loja. Muito cliente, muito dinheiro entrando e muita mercadoria saindo.

Do jeito que a gente gosta.

-Fica sussa chefinho, fecho tranquilo. - ele disse sorrindo

Acenei em concordância e coloquei meu celular no bolso, saindo de trás do caixa logo em seguida.

Fiz um toque com o Ryan e entreguei a chave da loja na mão dele, saindo da mesma logo em seguida.

Comecei a caminhar pelo shopping e parei em frente a um restaurante que tinha próxima a loja.

Pensei em já levar o jantar pra casa, como de costume eu já fazia, antes levava Mc Lanche, mas por conta da Júlia, parei.

Peguei meu celular no bolso e desbloquei, entrando no WhatsApp, procurando pelo contato da Ana Luísa assim que achei, comecei a digitar, avisando que estava saindo do shopping, perguntei se ela queria jantar ou se já tinha comido algum bagulho.

Passava o dia inteiro trabalhando e preocupado com ela sozinha em casa. Mesmo ela sempre me avisando sobre tudo oque acontecia no decorrer do dia, ainda fico de orelha em pé com ela sozinha lá.

Uma hora ou outra a Maya ou a Pérola apareciam por lá, mas cada um tem seus compromissos, não tem como ficar o tempo inteiro com ela.

Oque me tirava o juízo! A Ana Luísa é teimosa pra caralho. Mesmo sabendo de todos os riscos que ela corre, e os riscos que a Júlia corre, continua na teimosia sem fim dela.

Meu celular vibrou mostrando a notificação em resposta, encarei aquilo com um sorriso de lado, que logo foi desfeito pra minha expressão séria. Meu coração começou a acelerar a cada letra daquela mensagem de texto.

"Não tô com fome amor, tô com muita dor, vem pra casa."

Já fiquei como? Com a mente a milhão! Nem respondi mais ela, apenas bloquiei o celular e guardei de volta no bolso.

Apressei meus passos até o estacionamento e agradeci a Deus por ter vindo de moto hoje.

Tirei a chave do bolso e coloquei na ignição, subindo na moto logo em seguida, colocando o capacete e ligando a mesma, saindo do estacionamento.

O sinal fechou, me deixando ainda mais irritado. Minutos depois, o trânsito foi liberado, oque me fez pegar pesado no acelerador, cortando as vias mais longas que daria até o meu condomínio, pouco me fudendo pra nada.

Quinze minutos depois, cheguei em frente ao meu prédio. Meu coração tava acelerador pra caralho, conseguia sentir meu peito subindo e descendo por conta da minha respiração acelerada.

Desci da moto após colocar a mesma na garagem, tirei a chave e segui pro elevador, apertando o número do meu andar.

Respirei fundo passando a mão no rosto, me sentindo ainda mais agoniado pelos longos minutos que viraram uma eternidade dentro daquela caixa de metal.

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