Capítulo 71

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||Maya Pinheiro Castro||

Chega um momento da vida, que de tanto as coisas da errado pra você, você se acostumar com a situação, chega a ser estranho quando tudo começa a dar certo.

Eu tava nesse ponto na vida.

Em depois um relacionamento tóxico, sem responsabilidade afetiva, traições... Viver algo com alguém, que nem a finalidade de relacionamento tem, é algo bizarro pra caralho!

Nesses últimos messes o Jefferson se fez muito presente, em todos os sentidos. Até nos meus dias mais insuportáveis, com a TPM no talo, quando tudo no trabalho da errado, ele esteve ali!

Comigo e por mim.

A gente vem se enrolando tem um tempo, mais de uns dias pra cá, pelo meu ponto de vista, tá bem mais sério. Parei de ficar com outras pessoas, por que pra mim não faz sentido, tá curtindo uma pessoa foda como o Jefferson, e ficar com outros...

Não tenho a mínima vontade de saber se ele fica com outras pessoas, pra falar a verdade, tenho até medo da resposta!

Fazia basicamente uma semana que a gente não se via, ele tinha viajado pra Angra, ver a avó que tava doente, mais hoje ele tava voltando, já planejando de sair com o pessoal.

Tava conversando com a Ana Luísa por mensagem, avisando pra ela que tava saindo pro escritório, e ela avisou que iria passar lá em casa.

Deixei o carro na garagem, assim que cheguei, e fui direito pro meu Apê. Tirei o salto, deixando no canto da porta e entrei fechando a porta, jogando as chaves em cima da mesinha de centro. Tirei meu blaser, ajustando as mangas da minha blusa social, e segui pra cozinha.

Peguei um copo no armário e enchi de água, bebendo logo em seguida. Coloquei o copo na pia e fui pra geladeira, peguei um resto de lasanha de ontem e coloquei a travessa direito no micro-ondas. Deixei esquentando e sai da cozinha, indo pro meu quarto.

Troquei de roupa, optando por um vestido soltinho e sai do quarto, amarrando o meu cabelo em um rabo de cavalo.

Já sabia que a essas horas a bonita ainda não tinha almoçado, por que pense numa criatura teimosa é aquela Ana Luísa! Coloquei dois pratos na mesa, e fui tirar a lasanha que já tinha esquentado, até ouvir a campanhia tocar.

Igual casa de mãe Joana, chega e já é liberado! Intimidade é foda.

-Aí, que saudade de você! - falei manhosa, assim que abri a porta, abracei a minha amiga apertado - Não cara, não vou guentar você morando lá na puta que pariu não.

-Que drama, que grude. - revirou os olhos e beijou minha testa, entrando na minha casa - Já falei pra você, pra minha mãe, pra todo mundo... - se jogou no sofá e eu cruzei os braços, encarando ela - Eu tô lá, mais eu moro aqui! Passar mais tempo lá não quer dizer que eu tenha abandonado o Rio. É o meu trabalho. Todas as minhas folgas eu vou brotar aqui!

-Acho bom mesmo. - mostrei a lingua e ela mandou o dedo do meio, fazendo careta - Que ridícula, hein?! Bora almoçar, tem lasanha.

-Tu que fez? - levantou e eu concordei, seguindo pra cozinha com ela atrás de mim - Que milagre é esse, cozinhando em casa.

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