||Mia Pinheiro Castro||
Cresci com meus irmãos recebendo mais atenção da minha mãe do que, acho que isso e uma boa porcentagem de culpa, de eu ser quem eu sou hoje.
Não culpo a minha mãe por tudo, a vida dela sempre foi muito corrida, cuidar de trigêmeos, ainda por cima, de mais uma cria pequena, quando o Guilherme veio.
Mais sabe quando você sente, que sua ama mais os seus outros irmãos do que você? Exatamente assim que eu sempre me senti.
E hoje em dia, eu sinto ainda mais! Não tenho mais uma boa relação com a minha mãe, sempre que a gente se encontra, tem discussão.
Na cabeça dos meus pais, eles sempre trataram os quarto igualmente, mais pra mim não.
A Maya sempre deu muito orgulho pra eles, sempre foi a filha certinha, as melhores notas na escola, fez faculdade, se formou em arquitetura e mora sozinha, dona da própria vida, e futuramente, do próprio escritório.
E eu, sou oque? Uma filha da puta que nunca deu certo em nada na vida!
E foda ver todos subindo na vida, e eu ficando pra trás, como sempre!
Como nada nunca deu certo pra mim, tentei conquistar na marra. Pra alguns, do jeito errado!
Fiquei com o namorado da minha irmã, não por gostar dele, tinha muito ranço da cara dele! Fiquei por uma questão de um simples incômodo, de tanto ver a minha mãe gostar dele com a Maya.
Sempre sentia nojo daquilo!
Quando eu falo que nada nunca deu certo pra mim, eu não tô brincando!
Até os meus namorados, ficantes, e os carai.. Não duravam muito tempo comigo, sempre eu acabava estragando a situação, mesmo gostando da pessoa pra caralho.
Com o Hugo não foi diferente! Ele namorou a Maya por um ano, e eu era a única que não via amor naquele namoro dos dois.
Não vindo da parte dela, por ela sim gostava muito dele, mais ele não.
A primeira vez que a gente ficou, ele me confessou que se envolveu com a Maya, pra ter aproximadade comigo, essa sempre foi a intenção dele, desde o começo.
Mais quem levou a culpa toda depois? Pois é, eu mesmo!
Isso foi pra mim um combustível pra entrar de cara naquela relação doida com ele. Passamos cinco messes ficando escondido, até que um certo dia, a princesa boazinha e santinha do caralho, pegou a gente no flagra, por puro deslisse do otário do namorado dela.
Me senti bem pra caralho de ver ela perdendo o namorado, ainda por cima, por minha culpa!
A fingida saiu de casa depois disso, e fez o maior escândalo pra minha mãe, oque também me causou a saída de casa. Tive que deixar minha vida no conforto de lado, pra ir atrás das minhas coisas.
Não me arrependo de nada do que eu tenha feito. Tenho consciência de que tudo foi errado, mais eu precisava fazer e faria de novo, quantas vezes fosse preciso!
Todo mundo daquela família perfeita, sempre deram mais atenção pra Maya e pra chata da Ana Luísa, do que pra mim! Sempre foram as mais perfeitas, as mais santinhas, as de futuro melhor!
Sempre passaram por cima de mim em tudo! Mais isso nunca ninguém viu, nem muito menos deram importância.
Comecei acabando com o namoro perfeito da minha irmã, chegou a vez da Ana Luísa me pagar por tudo oque me fez passar durante todos esses anos.
Comecei tirando o melhor amigo dela, o Apolo, que virou um brinquedinho nas minhas mãos, fazendo tudo oque eu quero.
Até que ele é gostosinho, mais é muito grudento, tanto que chega a me dar nojo! Posso nem reclamar muito, por que ultimamente, ele que vem bancando meus luxos, depois que eu perdi o meu emprego.
Meu foco sempre foi o Thomas. Desde bem novinha tive uma queda por ele, mesmo ele sendo um ano mais novo do que eu, sempre babei na postura dele.
Que homem é aquele, meu Deus do céu!
Como nada na minha vida vai pra frente, ele deu moral pra insuportável da Ana Luísa! Mais oque eles não sabem, e que a felicidade dura pouco, e se depender de mim, a deles nem vai existir.
O Apolo vai ser a minha ponte de acesso ao Thomas. Pode demorar o tempo que for, mais o momento certo vai chegar, eu sei esperar! Eu vou acabar com esse cabarézinho dos dois, num piscar de olhos.
Na hora certa, vou atacar de surpresa.
-Gatinha, cheguei. - ouvi a voz do Apolo vindo da sala, e junto dela, o barulho da porta sendo fechada
Revirei os olhos e respirei fundo, colocando o meu melhor sorriso na cara, pra olhar pra ele.
-Tô no quarto bebê. - falei e logo ele apareceu na porta do quarto - Por que não me avisou que iria vir hoje? Tinha preparado nosso jantar, amor. - falei manhosa, andando até a ponta da cama
Ele se aproximou ficando em pé na minha frente e me abraçou, cheirando meu pescoço e em seguida grudou nossas bocas em um beijo calmo.
-Decidi vir de última hora. Resolvi algumas coisas lá na loja, e pensei em vir te ver, matar a saudade...- sorriu, beijando a minha testa
-Poxa, tirasse um tempinho pra me mandar mensagem, gatinho. Como que fica agora? - acaricie a bochecha dele, enquanto ele apertava a minha cintura, deixando mais um selinho na minha boca
-A gente pede alguma coisa pra jantar aqui, ou você se arruma e a gente sai pra jantar, você que escolhe, meu bem. - falou deixando um tapa na minha bunda
-Você saiu de Angra só pra me ver, além de ter trabalhado o dia inteiro amor! Pede aqui mesmo, aproveita pra descansar. - falei me soltando dele e sai da cama, amarrando meu cabelo em um coque alto
-Por mim tanto faz, preta. Tendo você como companhia, pra mim tá ótimo. - se aproximou segurando a minha cintura, encostando nossos corpos
-Você é o melhor, sabia? - fiz bico e ele sorriu, beijando minha bochecha - Vai pedindo aí que eu vou tomar banho. - dei mais um selinho nele - Aproveita e procura um filme pra gente assistir.
Ele concordou e deixou mais um tapa na minha bunda, indo fazer o pedido do nosso jantar no celular.
Ele perguntou oque eu queria, e eu deixei ele escolher oque ele quisesse pra nós dois.
Me direcionei até o banheiro e me olhei no espelho, encarando o fracasso que eu sou, mais não vou continuar sendo pro muito tempo!
Respirei fundo e tirei minha roupa por completo, entrando no box em seguida.
Terminei meu banho e saí enrolada na toalha, dando graças a Deus por o Apolo não estar no quarto, e fui me vestir.
Depois de um tempo ele voltou com nossa comida nas mãos, ele tinha escolhido sushi pra gente, sorri toda bobinha ao ver meu prato favorito, e comecei a comer junto com ele, enquanto a gente assistia o filme.
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Do Nosso Jeito
Romance"...Quer saber? Que se dane esse povo todo, nosso amor não precisa de plateia. Do nosso jeito torto, fica tudo certo, ô povo curioso, deixa a gente quieto, uôô... Fazer o quê, se até as nossas brigas são perfeitas?..." Dois corações, Duas pessoas qu...