||Ana Luísa Sanches Almeida||
Sexta tinha chegado, e eu já tava mais doque pronta, indo em direção a Lapa com a Maya. Como eu sabia que iria estrapolar, decidi não vir de carro.
Sem contar que a Maya é uma fofa, se preocupa com todo mundo ao redor. Famosa mãezona do grupo! Insistiu pra vir me buscar em casa e eu aceitei de boas.
A gente chegou em frente ao bar que tinhamos marcado de encontrar a Kamila e o Jefferson, já que ambos eram daqui, eles que guardariam nossas mesas.
Maya encontrou uma vaga e estacionou o carro. Olhei pelo retrovisor, antes de descer, e vi o carro do Thomas parando logo atrás.
Respirei fundo e tirei o cinto, descendo do carro.
-Amiga, olha eles ali. - Maya apontou pra dentro do bar, onde a Kamila e o Jefferson estavam sorrindo, olhando pra gente
Dei a volta e a gente caminhou juntas, atravessando a rua. Assim que eu fui entrar no bar, esbarrei no Thomas, e só não cai de bunda no chão, por que o mesmo me segurou.
Como reconheci que era ele? Por dois motivos simples! Um, o cheiro dele, que ninguém tem igual. Dois, que só ele tem glaucoma pra tá esbarrando nos outros.
-Caralho! - mumurei me afastando dele, e o mesmo me olhou, de cara fechada
-Precisando de um óculos, bagulho tá feio. - mumurou tentando se afastar de mim, mais eu segurei o braço dele, fazendo o mesmo voltar e me olhar
-Vai fugir de mim até quando? - perguntei olhando nos olhos dele, e logo desviei, vendo a Maya comprimentando os dois na mesa
-Tô fazendo oque tu mandou, pô. Te decide! - ajeitou o boné na cabeça, cobrindo praticamente os olhos dele - Cê falou pra mim não te procurar, caso quisesse me afastar. Tô seguindo o papo que tu me deu!
-Eu mandei você não me procurar com a porra da sua insegurança, de quem uma hora quer, ou outra hora não quer. - continuei olhando nos olhos dele - A gente já superou essa fase de se odiar, e ignorar a presença de um ao outro nos lugares. Não vamos voltar pra estaca zero, por favor.
-Se eu não tenho direito de pedir nada, como tu deixou bem claro, tu também não tem. - falou frio, com os olhos presos nos meus - Sustenta teu b.o, segue com oque tu tem em mente.
-Thomas, por favor... - tentei argumentar mais ele me deu as costas, indo até a mesa
Respirei fundo e neguei com a cabeça. Vi que o Ryan tava se aproximando e esperei pelo mesmo, arrumando o boné que eu usava, na cabeça.
-Qual foi da gentileza de me esperar aqui, enquanto todo mundo já tá la dentro? - me olhou sem entender e eu revirei os olhos
-Só não tava afim de entrar sozinha. Posso ser gentil com os mais necessitados, não? Até onde eu saiba, você também tá sem companhia. - joguei sujo, e ele mandou a língua
-Vou ser legal só por que tu tá uma gata hoje. - colocou o braço no meu pescoço, me olhando de cima abaixo - Hoje só não, né Analuzinha, você é um monumento de beleza, gata todos os dias!
Gargalhei alto jogando a cabeça pra trás, e ele acabou rindo, umidecendo os lábios.
-Pequena deusa, fala ae. - continuou fitando meu corpo
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Do Nosso Jeito
Romance"...Quer saber? Que se dane esse povo todo, nosso amor não precisa de plateia. Do nosso jeito torto, fica tudo certo, ô povo curioso, deixa a gente quieto, uôô... Fazer o quê, se até as nossas brigas são perfeitas?..." Dois corações, Duas pessoas qu...