Capítulo 27

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||Pérola Sanches Almeida||

-Pérola faça o favor, saia da minha aula! - o Professor apontou pra porta - Ninguém tá aqui pra aturar deboche de aluno!

-Nem aluno tá aqui pra aguentar estresse de professor! - falei debochada - Seus problemas pessoais, você deixe ao pisar nessa porta. - apontei - Você se acha muito certo, por ter autoridade em sala de aula, mais não se engane querido, direitos iguais pra todos! Quer respeito? Dê respeito. - me levantei

-Direito pra direitoria, agora! - falou firme - Só entra na minha aula apartir de hoje, com um responsável do lado.

-Vou chamar a sua mãe pra vir comigo. - joguei o cabelo pro lado, pegando minha mochila na carteira, saindo da sala

Ih, eu hein! O querido vem de graça pro meu lado, achando que vai levar a melhor. Vai não meu amor, por que a bonita aqui não nasceu pra tolerar ignorância e arrogância de senhor ninguém.

Graças a Deus era meu último ano nesse inferno de escola particular! Falei diversas vezes pra minha mãe não me por nesse ninho de cobras, mais a dona Ayla me escuta? Correto, não!

"Você precisa de um ensino bom, lá é uma escola ideal pra você!", sempre a mesma falação no meu ouvido, não aguento.

Meu pai é outro, que não se fica atrás! Me empurrou de primeira pra esse muquifo, é cá estou eu, indo pra direitoria pela milésima vez no mês.

Meu dia já não tava bom, agora então, tá no azeite pra matar um.

Meu alvo agora é a diretora!

-Bom dia Pérola, oque faz aqui? - me olhou, já seria

Concerteza essa sonsa já sabia de tudo, mas como sempre, quer saber da minha boca.

Essa velha não vai com a minha cara!

-Creio que a senhora já está informada o suficiente sobre o assunto. - me sentei, olhando pra ela

-Pérola você já parou pra pensar, quantas vezes, só esse mês, você veio pra diretoria por ter arrumado confusão? - colocou as mãos sobre a mesa, me olhando

-Quero saber em quantas das vezes eu estive errada? - falei no mesmo tom

-Não me testa, eu não tô aqui pra brincadeira. - se sentou - Foi uma grande falta de respeito com o seu professor em sala. Acha certo falar esse monte de barbaridades pra um educador?

-Pra um educador que me marca como se apenas eu tivesse boca naquela sala, que leva os estresses pessoais dele pra sala de aula, sim, eu acho mais doque certo. - afirmei

-Vou falar com seus pais!

-Pode ser amanhã? Não faço questão de vir com eles, mais no momento, ambos estão ocupados, trabalhando. - fiz careta - Sabe como é, né? Exercendo o devido papel da forma correta, sem se achar melhor doque ninguém por ter um cargo bom.

-Oque você quis dizer com essa insinuação, Pérola? - falou ainda mais bolada

-Nada demais, direitora. Pense como quiser. - me levantei, jogando minha mocinha nas costas - Tenha um bom dia, passar bem!

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