Capítulo 16

1K 45 16
                                    

||Ana Luísa Sanches Almeida||

Abri a porta de casa, com as sacolas nas mãos e fui entrando, olhando o celular.

Deixei as sacolas no chão e olhei pro sofá, vendo a Pérola deitada no peito do Guilherme, enquanto o mesmo fazia carinho no cabelo dela de olhos fechados.

-Boa tarde, né? - falei coçando a garganta

Pérola levantou a cabeça pra me olhar, e sorriu. Olhei pra ela, e em seguida pro Guilherme que também me olhava com um meio sorriso.

-Boa tarde, Lu. - Pérola disse se levantando devagar

-Boa, cunhada. - Guilherme disse se sentando

-Qual foi a de vocês dois ai? - caminhei até o sofá da frente e me sentei, olhando pros dois

-Seguinte Analu, sei que tu não me curte muito, embora a gente fosse bem parceiro antes de eu me envolver com a tua irmã. Não eramos melhores amigos, mais tu não pode negar que a gente tinha uma convivência maneira. - me olhou mais sério, vi que o bagulho tava avançado - Não sou moleque, não tô aqui pra brincar com os sentimentos da tua irmã. Eu curto essa garota demais pra não tentar ser o melhor possível pra ela! Vim aqui pra falar com teu pai, mais antes que queria mermo falar contigo. Posso namorar a tua irmã?

Ele olhou pra Pérola, que revirou os olhos, sorrindo em seguida.

-Olha Guilherme, não é questão de te curtir, é proteção! Não tenho nem nunca tive oque falar em relação a você, e se eu agi de forma que te fizesse pensar assim, me desculpa, eu só quero o melhor pra minha irmã. - falei, também seria, enquanto ele assentia com a cabeça - Isso não é uma escolha minha, de ser contra ou afavor. Eu não mando nas decisões da Pérola! Esse ano ainda ela fica maior de idade. Precisa caminhar com as próprias pernas, ter as próprias escolhas, tomar decisões sozinha! Eu amo a minha irmã, eu só te peço que você cuide dela! A Pérola não é qualquer uma, muito menos um brinquedo nas suas mãos.

-Jamais pensei que ela fosse, pô. - riu de lado - Essa garota é a minha preciosidade, ela sabe disso, preciso esconder de ninguém não! - olhou pra ela - Bagulho de amar mesmo. - sorriu vendo os olhos dela marejarem - Te dou a minha palavra de homem, que eu vou lutar sempre pra ter todos os dias, esse sorriso no rosto dela. - me olhou

-Posso confiar em você? - cruzei os braços

-Claro, pô. - entrelaçou as mãos com a da minha irmã

-Ótimo cunhadinho, tem a minha aprovação. - sorri e ele respirou alivado

-Amo essa garota, namoral. - Pérola falou se levantando, se jogando nos meus braços

-Sem grudar, por favor. - falei e ela nem me deu ouvidos, me abraçando mesmo assim

-Gatinha linda. - beijou minha bochecha, se afastando - Vai sair?

-Vou! - sorri - Tenho um encontro mais tarde, e agora vou ver o Apolo antes dele ir pra Angra.

-Quem tu vai encontrar, Ana Luísa? - perguntou cruzando os braços

-A mais nova aqui é você, amor. Não eu! Enverte os papéis não. - beijei a testa dela e me levantei

Catei minhas sacolas, me despedi dos dois, subindo as escadas, indo pro meu quarto.

Do Nosso Jeito Onde histórias criam vida. Descubra agora