||Thomas Garcia Campos||
Uma menina.
Caralho a minha filha, eu vou ser pai de menina!
Sem condições alguma pra um bagulho desse, te falar mermo, tava torcendo pra ser um moleque, medo da dor de cabeça que tem por vir daqui a uns anos... Mais porra!
Saber que a minha mulher tá carregando a nossa filha, foi a melhor parada que aconteceu no meu dia, papo reto mesmo!
A minha filha.
Não conseguia de forma alguma conter o meu sorriso, e porra, nem sou de tá pagando essas simpatia toda, mais hoje não tinha como.
-Cara, parece um sonho juro! Ainda nem acredito que eu vou ter uma filha. - olhei pra Ana Luísa do meu lado no carro, que falava empolgada, enquanto eu dirigia - Tu tem noção que a gente vai ter uma menina? - me olhou - Porra cara, uma filha.
-Não sei se essa parada me deixa feliz ou preocupado. - fui sincero, rindo nervoso e ela gargalhou - Quero nem ver a enchessão de saco do Ryan quando souber dessa parada. - olhei de relance pra ela, podendo ver o brilho que tinha nos seus olhos azuis intensos
-A gente tem que pensar no nome! - murmurou jogando a cabeça pra trás, rindo igual uma criança boba - Mais pra isso, a gente vai fazer uma lista, tanto você, quanto eu. - olhei pra ela, vendo ela me olhar seria - Te conheço, e sei que tu vai levar na brincadeira! Vou logo avisando, não vem de graça pro meu lado, leva a sério, é o nome da nossa filha!
-Ih garotinha, nem falei nada. - levantei a minha mão livre pra cima e olhei pra ela, que revirada os olhos - A gente decide isso, relaxa.
-Só tenho mais duas semanas por aqui, tenho que voltar pra Gramado, resolver uma coisas que ficaram lá... - começou a falar e eu já fui logo respirando fundo, voltando a ficar atento no trânsito
Tava feliz pra caralho pra me estressar com essa parada da Ana Luísa de voltar pra lá. Porra, a mulher tá grávida, de um filho meu, e ainda quer me deixar longe?
Tenho nada haver se ela quer me evitar, foda-se, sou pai da filha dela, tenho que tá perto de qualquer jeito.
Pode ser sim, um motivo que me aproximei dela, mais tô nem aí também não, quero tá o tempo todo do lado, curtir essa parada na paz, já tem caô demais envolvido em volta da gente.
-Thomas, eu tô falando com você. - ouvi ela chamando minha atenção e olhei pra ela, colocando minha cara mais apropriada pro momento
-Qual foi? Nem ouvi cara, tô com a cabeça cheia. - falei com calma, e ela cruzou os braços, me encarando
-Mente com essa cara cínica, nem treme, palhaço! - começou a me xingar, e eu ri de lado, negando, e olhei pra frente, vendo o sinal fechar - Tô falando algo do teu interesse, tá bom? E sua filha! Eu não fiz com o dedo...
Perdi logo a paciência, mermão...
Tava me segurando a maior tempão, qualquer oportunidade que ela tem, vem jogar a mesma coisa na minha cara sempre! Como se eu tivesse pouco me fudendo pra gravidez dela.
-Minha filha sim, a merma que tu quer levar pra longe junto contigo, lá pra casa do caralho. - olhei pra ela, ainda tentando falar na calma, mais minha voz me entregou na hora - Não vem com essa piadinha toda hora que eu evito tá falando dessa parada, tu sabe bem o por que, não paga de doida nesse caralho por tu não é nenhuma criança, Ana Luísa! Tu que ta escolhendo ir, eu não posso fazer nada, e a tua vida, minha parte eu tô fazendo, não vem me fazer de otário.
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Do Nosso Jeito
Romansa"...Quer saber? Que se dane esse povo todo, nosso amor não precisa de plateia. Do nosso jeito torto, fica tudo certo, ô povo curioso, deixa a gente quieto, uôô... Fazer o quê, se até as nossas brigas são perfeitas?..." Dois corações, Duas pessoas qu...