||Ana Luísa Sanches Almeida||
6 de dezembro - Quinta-feira
Acordei com uma trilha de beijos sufocantes pelo meu pescoço, em seguida deixei escapar um sorriso e resmunguei abrindo os olhos.
-Parabéns neguinha. - ouvi a voz rouca e baixa do Thomas no meu ouvido, seguido de um beijo deixado por ele na minha nuca - Só te desejo coisas boas. Tu foi um presentasso na minha vida, e tá ciente que eu te quero do meu lado sempre.
O meu sorriso apenas enlargueceu. Me virei na cama, ficando de frente com o seu rosto, segurei a lateral do rosto dele, deixando uma carícia calma em sua bochecha.
-Eu te amo pra caralho, garotinha. Por mais que eu ja tenho errado muito contigo, tu sabe o medo que eu tenho de te perder... O quanto eu sou capaz de tudo pela gente. - ele disse olhando nos meus olhos
-Isso não vai acontecer nunca. - eu afirmei sorrindo - Sabe por quê? Por que você mesmo sendo todo errado. - bati no peito dele, vendo o mesmo revirar os olhos - É o homem da minha vida! A pessoa que eu quero comigo, independente do momento, estando bom ou ruim. Foi o pai que eu dei pra a minha filha. O amor da minha vida.
-Eu te amo pra caralho, papo reto. - ele disse me encarando com os olhos brilhando
Sorri em sua direção, vendo ele se aproximando de mim com pressa enquanto segurava minha nuca, me puxando pra ele dando início a um beijo intenso, desde inicio com toda intensidade possível pra aquele momento.
Suspirei durante o beijo e arranhei a nuca dele, soltando um sorrisinho bobo logo em seguida.
O beijo foi perdendo o ritmo aos poucos, sendo finalizado por mim com alguns selinhos.
Thomas analisou todo o meu rosto em questão de segundos lentos, um sorriso de lado foi formulado em seus lábios. Neguei com a cabeça e me aconcheguei em seu peito, deitando a minha cabeça ali, esquecendo do mundo.
A paz que os batimentos acelerados do coração dele me acalmavam. Ele era a minha paz.
-Obrigada por tudo. Principalmente por ter me mostrando que eu posso ir muito além... - ele murmurou baixo, com a voz um pouco falha
Pensei em falar algo, mas antes da minha cabeça formular algo, respirei calmamente e levantei o rosto, olhando pros seus olhos.
Eu sabia o quão difícil o Thomas era de falar o que sente ou como se sente em relação a algo.
Mesmo sempre deixando claro, desde quando começou a rolar sentimento pra nós dois, ele ainda era muito fechado.
Eu sabia que ele conseguia ir além disso aqui, eu só precisava entender, apoiar e mostrar que é sim possível demonstra oque sente sem sentir um peso por isso.
Segurei em sua mão, tentando passar pra ele toda segurança possível. Thomas me olhou e em seguida fechou os olhos, respirando fundo.
-Pensei muito em ficar solteiro pro resto da vida, sempre achei que fosse o melhor pra mim. - ele disse sem me olhar - Mas papo reto, desde o dia em que tu entrou na minha vida, bagunçou a minha mente de cara. - me olhou do seu jeito todo marrento e eu sorri - Pior que a gente já vivia um na vida do outro, mas não se batia. Se detestava. Mal sabia, que quem eu tanto brigava, hoje iria virar a minha mulher e mãe da minha filha. Não merecia vocês duas, não mereço, mas sou egoísta pra caralho pra deixar vocês longe de mim.
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Do Nosso Jeito
Romance"...Quer saber? Que se dane esse povo todo, nosso amor não precisa de plateia. Do nosso jeito torto, fica tudo certo, ô povo curioso, deixa a gente quieto, uôô... Fazer o quê, se até as nossas brigas são perfeitas?..." Dois corações, Duas pessoas qu...