||Ana Luísa Sanches Almeida||
Acordei com meu alarme gritando no meu ouvido, e me levantei, indo me arrumar.
Escovei meus dentes, e sai do banheiro, após tomar um banho, e fui trocar de roupa.
Joguei a toalha na cama e fui só de conjuntinho de renda vermelha, procurar uma calça pra vestir.
-Posso entrar, Analu? - ouvi alguém batendo na porta, e logo reconheci a voz da minha mãe
-Pode. - gritei do closet
Vesti minha calça jeans e coloquei um cinto, mais acabei tirando, por não ter gostado da combinação.
-Queria conversar contigo, mais você chegou tarde ontem, eu já tava dormindo. - se encostou na parede do closet, e eu olhei pra ela
-Melhorou da gravidez, mãe? - brinquei cruzando os braços e ela revirou os olhos
-Tô menstruada, sua bicha insuportável. - falou bolada e eu gargalhei, já imaginando o trabalho que meu pai teve pra acalmar ela ontem - Oque ta rolando entre você é o Thomas, Ana Luísa?
-Sério mãe, esse assunto uma hora dessas? Eu tô praticamente atrasada, ainda tenho que tomar café e o meu dia tá completamente cheio. - mumurei tentando fugir do assunto, mais sabia que ela não ia deixar barato
-São seis da manhã, teu curso começa as oito. Tu não vai fugir de mim não, nem adianta. - negou com a cabeça e eu revirei os olhos - Te fiz uma pergunta, oque tá rolando entre vocês?
-Eu vou ser sincera com a senhora. - me virei, pegando uma camisa larga, preta, e vesti a mesma - A gente vem ficando a mais de dois messes, sem compromisso nenhum. Mais doque ninguém, a senhora sabe que pra nós dois, não existe uma lógica pra envolvimento, maior doque uma noite e só. - olhei pra ela
-Isso não é oque eu vejo quando eu olho pros teu olhos, eles me dizem totalmente ao contrário. - sorriu - O jeito que tu ficou nervosa ontem, quando ele tava aqui, te entregou muito mais doque você possa explicar pra mim.
-Não vem que não tem, mãe! - mumurei voltando minha atenção pro closet, procurando minha bolsa
-Não vem você, Ana Luísa! Te gerei por nove messes, te coloquei no mundo, te criei e te conheço mais doque ninguém. Talvez, até mais doque você mesma! - se aproximou, segurando meu rosto, me fazendo olhar pra ela - Tu tá gostando dele, Analu? Seja sincera, por favor.
-Eu não sei cara, não me pressiona! - bufei, batendo o pé - Eu nunca gostei de ninguém, não sei oque é isso. Meu rolo, era só pegar e não se apegar! Tá tudo muito confuso, mãe. Eu não sei oque caralho tá acontecendo. Eu só quero ele perto de mim... Eu não sei!
-Eu sei muito bem. - deu risada, negando com a cabeça - Quando eu conheci teu pai, foi exatamente assim. Me neguei no começo, mais fui de acordo com meu coração. Vi que tava na hora de me libertar, e me entender comigo mesmo! Sentimentos são assim, Ana Luísa. Antes de você gostar de alguém, você tem que se permitir sentir primeiro!
-O negócio é que aquele pau no cu, medroso do caralho, que tem mais medo de gostar de alguém, mais do que eu. - falei alto, já estressada, me lembrando da nossa conversa na noite passada
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Do Nosso Jeito
Lãng mạn"...Quer saber? Que se dane esse povo todo, nosso amor não precisa de plateia. Do nosso jeito torto, fica tudo certo, ô povo curioso, deixa a gente quieto, uôô... Fazer o quê, se até as nossas brigas são perfeitas?..." Dois corações, Duas pessoas qu...