||Thomas Garcia Campos||
Caralho, em toda a minha vida, eu nunca senti tanto medo de perder alguém, como eu tô sentindo agora.
Depois de ter visto a Ana Luísa desmaiada nos meus braços, sangrando...
Porra, eu tava muito atordoado!
Andava de um lado pro outro naquela sala de hospital enquanto a minha mente dava um turbilhão de voltas. Ela precisava ficar bem, a Júlia precisava ficar bem. Nenhuma das duas podiam me deixar!
Caralho, caralho, caralho...
Já tinham mas de meia hora que ela tinha sido levado pro quarto. A médica dela foi chamada pro hospital, assim que ela deu entrada aqui. Só deixaram entrar a médica e a Ayla, por ser mãe dela, e também médica.
A angústia tava estalada nessa sala de espera. Estavam todos em silêncio. Oque mais me matava...
Pietro tava ao lado do meu pai, de cabeça baixa. Guilherme estava com a Pérola, que chorava em silêncio abraçada com ele. No outro canto da sala, estavam a minha mãe e avó da Ana Luísa, as duas me olhavam.
-Filho, olha pra mim. - minha mãe entrou na minha frente, segurando os meus ombros, e eu neguei, tentando passar por ela - Andar de um lado pro outro não vai te fazer acalmar, Thomas. Respira! Quem vai acabar tendo um treco é você.
-Ficar parado também não, mãe! - falei sem paciência e respirei fundo, vendo seu olhar de repreensão - Desculpa. Eu tô sem cabeça pra tudo isso, papo reto. Só quero entrar na porra daquele quarto e saber que a minha mulher e a minha filha estão bem!
-Elas estão bem Thomas, confia nisso filho! - ela bateu no meu peito, enquanto me olhava - A Analu é forte, e a filha de vocês também. Ela conseguiu resistir a queda da escada, lembra? - concordei contra gosto - Então! Agora pensa, elas vão ficar bem.
-Eu quero acreditar nisso, mais porra... - soltei o ar enquanto negava com a cabeça
Minha garganta tava com um nó do caralho. Nunca tinha sentido essa parada antes. Uma angústia fudida, fora o medo que passava por todo o meu corpo.
Elas vão ficar bem.
-Vem cá meu amor. - minha mãe segurou na minha mão, me puxando pra perto dela
Me dei por vencido, sabendo que só aquilo me acalmaria, pelo menos um pouco. Abracei a cintura dela e inclinei o meu corpo, deitando minha cabeça na dobra do seu pescoço, recebendo seu carinho calmo nas minhas costas.
-Thomas, Mãe! - ouvi a voz da Deise e me soltei da minha mãe, vendo ela entrando na sala de esperada, seguida do Ph
Ela se aproximou correndo de mim, me abraçando apertado. Me permiti ser abraçado por ela. De qualquer forma, aquilo me passava um certo conforto.
-Elas vão ficar, tá? - ela falou se soltando de mim, encarando o meu rosto, e eu concordei
-Ae cara, vai da tudo certo. - Ph falou fazendo um toque comigo, me abraçando de lado - Eu conheço a minha irmã, sei que ela vai conseguir. A Júlinha também, confia parceiro.
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Do Nosso Jeito
Romance"...Quer saber? Que se dane esse povo todo, nosso amor não precisa de plateia. Do nosso jeito torto, fica tudo certo, ô povo curioso, deixa a gente quieto, uôô... Fazer o quê, se até as nossas brigas são perfeitas?..." Dois corações, Duas pessoas qu...