||Ana Luísa Sanches Almeida||
Duas semanas depois...
Segurei pro alto um body roxo, com uma frase escrita "Eu sou da mamãe", me fazendo sorrir largamente. Levei com cuidado o body até o meu nariz, sentindo o cheiro de bebê, bem delicado, pela pequena roupinha.
Já imaginava ela vestida nele.
Funguei após sentir o meu rosto molhado, passei a mão em seguida, limpando as lágrimas.
Se me perguntarei oque eu mais fiz na minha gestação, nem precisava parar pra pensar, sem dúvidas foi chorar.
Nunca fui tão melosa em toda a minha vida. Pra falar a verdade, ser dramática nunca foi a minha praia. Mas agora, tá fora do comum.
Por tudo eu tô chorando, até por coisas sem motivo ou razão, é incontrolável.
Guardei o body na gaveta da cômoda da Júlia e olhei ao redor do quarto, encontrando um dos ursos da decoração, sobre a poltrona de amamentação.
Caminhei até a poltrona e peguei o urso, colocando de volta na prateleira, juntos dos outros bichinhos de pelúcia.
Levei minhas mãos até a cintura e olhei em volta, vendo o quarto totalmente pronto. As paredes já pintadas, com o desenho que eu tanto sonhei por dias, de um lírio na parede destacada do quarto.
Um pouco mais a frente o berço, também já organizado e montado, só esperando a dona dele pra ser usado. Acima do berço, o mosqueteiro rosa bebê junto de alguns bichinhos pequenos pendurados, que mais pra frente, serviria de brinquedo pra entreter a Júlia.
Tudo estava pronto, só estava faltando ela. Não via a hora de ter ela aqui comigo, ter ela em meus braços, sentir o aconchego de sua pele na minha.
Não me vejo mais sem a minha filha, mesmo ainda não tendo a conhecido, ela já tomou um espaço gigantesco na minha, só dela, que eu nem sabia que existia.
A Júlia em partes, foi a minha cura.
-Amor. - ouvi a voz do Thomas ecoando na entrada de casa
Respirei fundo e passei a mão no rosto, secando o mesmo.
-Aqui no quarto da Júlia. - gritei de volta, olhando pra porta
-Trouxe almoço pra gente. - Thomas parou em frente a porta do quarto, mostrando a sacola grande - Tu vai gostar.
-Comprou o restaurante todo, Thomas? - falei em tom divertido, olhando pra sacola e ele deu risada
Me aproximei dele, abraçando sua cintura enquanto as mãos dele seguravam o meu rosto, fitando cada detalhe meu.
-Como vocês estão? - ele murmurou baixo, levando a mão até a minha barriga
-A gente tá bem. - fiz bico, encostando meu queixo no peito dele - Oque cê trouxe pra mim? - perguntei curiosa e pisquei várias vezes, fazendo minha cara mais fofa possível
-Nem vem como esse teu olhar de cachorro abandonado por meu lado não, chantagista. - ele apontou e eu dei risada, passando os braços em volta do pescoço dele, ficando na pontinha dos pés
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Do Nosso Jeito
Romance"...Quer saber? Que se dane esse povo todo, nosso amor não precisa de plateia. Do nosso jeito torto, fica tudo certo, ô povo curioso, deixa a gente quieto, uôô... Fazer o quê, se até as nossas brigas são perfeitas?..." Dois corações, Duas pessoas qu...