||Ana Luísa Sanches Almeida||
-Me fala ae, cês são daqui mesmo? - Jefferson perguntou olhando pra geral que tava na mesa
Já tinha desanimado de beber, ia ter que voltar dirigindo, então tinha dado uma parada de leve, tava só bebendo água e comendo uma bala fini que o Jefferson anjinho tinha buscado pra mim.
Gostei desse garoto, gente...
-Todo mundo do Rio mesmo. - mumurei dando um gole na minha água, fechando a garrafinha em seguida - E tu, e daqui mesmo?
-Sou do Rio também, pô. - sorriu de lado - Minha família mora praticamente toda aqui, fora uns manos meu, tá ligada? Curto bastante aqui, mais mada me faz trocar minha Lapa não.
-Pera ai, eu ouvi direito? - Kamila arregalou os olhos - Tu é da Lapa?
-Nascido e criado. - olhou pra ela - Conhece lá?
-Cara, que mundo pequeno! - colocou a mão na boca - Sou de lá, irmão! Tu não tá lembrado de mim não? Cacheadinha, pô.
-Mentira! - Jefferson deu risada e ela assentiu - Caralho, quanto tempo! Te vi crescer, garota. Do nada tu sumiu de lá, esqueceu os parceiro das antigas.
-Esqueci nada, viado! - negou com a cabeça - Minha vida mudou da noite pro dia, além da correria, tu tá ligado como é, né?
-Entendo pô, mais me fala, como tá dona Fátima cara, numa mais tive notícias dela, desde que vocês sairam de lá. - Jefferson citou avó da Kamila
-Cara, ela tá bem! - coçou a cabeça - Teimosa que só vendo. - ela riu - Tô morando com ela hoje em dia.
-Tu não tinha ido pra São Paulo, maluca? - cruzou os braços
-Tinha, mais não deu certo e voltei. Não tive escolha, tive que voltar a morar com a minha vó. Quando eu cheguei, ela já tinha se mudado da Lapa. - mumurou deitando a cabeça no ombro do Ryan, que tava de braços cruzando, prestando atenção na conversa dos dois
Me arrisco em dizer, que o mesmo estava com ciúmes. A cara fechada enquanto olhava pro Jefferson, que tinha uma animação tremenda por rever a amiga de infância, o Ryan não tava muito fã dele não.
Prendi o riso enquanto olhava pro Ryan, e desviei o olhar, olhando por cima do Jefferson, vendo o Ph conversando ou discutindo com o Thomas mais a frente.
Respirei fundo, e olhei pro Jefferson, que ainda conversava animado com a Kamila.
-Vou ali no meu irmão, daqui a pouco eu tô aqui de volta. - mumurei no ouvido dele, enquanto passava minhas unhas devagarinho na nuca dele
-Fechou, gatinha. - apertou minha coxa e eu afastei meu rosto do ouvido dele, encarando os olhos dele, que sorria olhando pra mim
Dei um selinho nele e me levantei, caminhando devagar até o Ph e o Thomas.
-A Deise não é as mina que tu come não, Pedro Henrique! Tu não vai fazer minha irmã de otária não. - Thomas falou bolado, enquanto o Ph mantinha sua postura séria e calada de sempre
-Primeiramente irmão, tu tá me pedindo respeito, coisa que tu nem tá tendo por ela. Presta atenção nas coisas que tu fala, deixa de ideia errada. - Ph falou olhando pra ele, com a mãos no bolso - Em momento nenhum falei que ela era qualquer uma. Sou moleque não, sei das minhas ações! Quem descidi ou não se quer um bagulho, é ela e não você.
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Do Nosso Jeito
Romansa"...Quer saber? Que se dane esse povo todo, nosso amor não precisa de plateia. Do nosso jeito torto, fica tudo certo, ô povo curioso, deixa a gente quieto, uôô... Fazer o quê, se até as nossas brigas são perfeitas?..." Dois corações, Duas pessoas qu...